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Patinho órfão lutava para andar, então os socorristas fizeram sapatos minúsculos para ele

Por
em Aqueça o coração

No início de junho, em Massachusetts, nos Estados Unidos, um motorista presenciou uma cena revoltante.

Enquanto uma família de patinhos tentava atravessar a rua, o carro da frente passou por cima da mãe pata intencionalmente.

O motorista não conseguia acreditar no que tinha acabado de ver. Mas, apesar da indignação, ele sabia que precisava agir rápido.

Segundo o site especializado Life Is Just Ducky, os patinhos não sobrevivem por conta própria por mais de um ou dois dias.

Por isso, o bom samaritano recolheu os bebês e os levou até o centro de reabilitação de vida selvagem Newhouse.

‘Tem algo errado’

Receber e cuidar de patinhos órfãos já faz parte da rotina de Jane Newhouse. Mas quando essa nova família chegou, Jane notou algo fora do comum.

Enquanto acomodava os filhotes em uma chocadeira aquecida, ela percebeu que um deles mancava, tropeçava e apoiava-se sobre os nós dos dedos em vez de caminhar com as patas. Algo claramente estava errado.

“Seus dedinhos estavam curvados para dentro”, contou Jane ao The Dodo. “Parecia muito desconfortável.”

Talvez por falta de algum nutriente no ovo, o patinho nasceu com má formação nas patas. Ele precisava de intervenção, caso contrário, os dedos permaneceram curvados.

Foi aí que Jane usou a criatividade para improvisar uma ‘mini bota ortopédica’, com a tampa de um recipiente plástico e um pouco de esparadrapo.

Happy Feet, o patinho

A princípio, o patinho pareceu desconfiado, mas rapidamente começou a caminhar com mais agilidade e, principalmente, mais alegria. Foi aí que a equipe começou a chamá-lo de Happy Feet (pés felizes).

Os sapatos eram trocados todos os dias para manter a higiene. E, em apenas três dias, após avaliação veterinária, os pezinhos estavam perfeitamente alinhados. Happy Feet passou a andar normalmente.

"Ele não teria sobrevivido na natureza", disse Jane. "Se a mãe dele não tivesse sido atingida, ele nunca teria recebido a ajuda de que precisava. É uma reviravolta estranha, mas deu a ele uma chance."

O que fazer ao encontrar patinhos órfãos?

Segundo o Life Is Just Ducky, a primeira recomendação ao encontrar um patinho (ou patinhos) sozinho é verificar se ele está, de fato, órfão. A mãe, talvez, pode estar nas proximidades e retorna em breve. Portanto, mantenha distância e observe por um tempo.

Se for confirmado que os filhotes estão sozinhos, ou, como no caso da história, a mãe estiver morta, é hora de agir.

1. Muita calma

O transporte deve ser feito com muito cuidado. Patinhos são sensíveis e podem se assustar.

Coloque os patinhos em uma caixa forrada com toalha (eles fazem muito cocô), fale em voz baixa e evite movimentos bruscos. Lembre-se de que você parece um predador gigante para eles.

2. Forneça calor

Como não conseguem regular a temperatura corporal sozinhos, os patinhos precisam de uma fonte de calor constante. Uma bolsa térmica é uma boa alternativa emergencial.

3. Hidrate e alimente com cautela

A próxima prioridade é garantir acesso à água, mas nunca tente colocar os patinhos para nadar, pois isso pode resfriá-los demais. Apenas ofereça um recipiente raso para beber.

Para alimentar temporariamente, aveia umedecida, ovos mexidos resfriados e até ração de gato podem ser usados até que uma dieta apropriada esteja disponível.

4. Entre em contato com um órgão ambiental

Antes de se animar com a ideia de ser um ‘pai’ ou ‘mãe’ de pato, é importante lembrar que nem todas as espécies são permitidas como animal de estimação.

Segundo o IBAMA, apenas os patos das espécies Carolina (Aix sponsa) e Mandarim (Aix galericulata) são permitidos como pets, além de aves como marrecos, cisnes-negros e algumas espécies de gansos.

Por isso, é fundamental entrar em contato o quanto antes com um órgão ambiental, como a Polícia Ambiental, Controle de Zoonoses, Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, ou alguma instituição de pesquisa para ter informações sobre a espécie e como você deve proceder.

Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.