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Descendo rio de boia, adolescente sente algo encostar em sua mão e acaba resgatando uma vida

Por
em Aqueça o coração

Um adolescente transformou um passeio de verão em uma história de resgate no Canadá. Durante uma descida tranquila pelo Rio Cowichan, na Colúmbia Britânica, ele percebeu que havia algo diferente na correnteza.

Ao estender a mão, encontrou um filhote de castor em perigo e o gesto rápido garantiu que o pequeno animal tivesse uma nova chance.

O episódio aconteceu quando a família Belanger aproveitava um dia de lazer. Liz, a mãe, contou ao The Dodo que ficou intrigada ao ouvir um som vindo da água.

“Era um grito muito diferente, não parecia apenas barulho de rio, parecia um pedido de ajuda”, lembrou.

Logo em seguida, Connor, de 16 anos, que descia em uma boia logo atrás, também percebeu os sons.

“Quando vi aquele filhote tentando se manter na correnteza, só pensei em segurar ele antes que fosse tarde”, disse o jovem.

Sem hesitar, Connor colocou a mão sob o corpo frágil do animal. O castorzinho reagiu instintivamente, se segurou e logo se aninhou junto ao peito do adolescente.

A cena surpreendeu toda a família, que percebeu a confiança imediata do filhote e a urgência de socorrê-lo. Durante a primeira hora, Connor manteve o bebê nos braços.

“Eu não queria soltar, parecia que ele precisava sentir que estava seguro”, afirmou.

Foram quatro horas de convivência até que o grupo conseguisse levá-lo em segurança até a Associação de Recuperação da Vida Selvagem da Ilha Norte, organização responsável por cuidar de animais órfãos e feridos na região.

Nesse intervalo, o pequeno castor permanecia aconchegado, fechando os olhos e emitindo sons suaves.

“Cada vez que ele abria os olhos, voltava a se encolher em nós, como se confiasse totalmente”, disse Liz.

Os especialistas que receberam o bebê confirmaram a fragilidade do animal. Batizado de Timber, ele tinha apenas uma semana de vida.

“Ela chegou com frio, desidratada e completamente exausta. Sem a mãe, a sobrevivência na natureza era improvável”, explicou Joanna Smith, integrante da equipe de reabilitação.

De acordo com a associação, os filhotes de castor dependem intensamente da mãe por pelo menos um ano.

Isso significa que Timber permanecerá em reabilitação até que desenvolva as habilidades necessárias para viver sozinha.

“Ela é determinada, confiante e curiosa. Mesmo tão jovem, já mostra uma presença forte e vontade de sobreviver”, acrescentou Smith.

A história também evidencia a importância da atuação de centros de reabilitação de fauna.

Sem a estrutura oferecida por organizações como a NIWRA, muitos animais resgatados não conseguiriam sobreviver.

Além disso, reforça o papel da população em acionar ajuda especializada sempre que um animal silvestre for encontrado em risco.

Para a família Belanger, a lembrança do dia no rio permanecerá como uma experiência marcante.

“Foi emocionante ver a forma como ela confiou em nós desde o primeiro momento”, disse Liz.

Já Connor, protagonista da ação, resumiu a experiência de forma simples.

“Segurar aquele filhote e sentir que ele estava mais calmo foi uma sensação que nunca vou esquecer.”

Agora, o destino de Timber está ligado ao acompanhamento da equipe da associação, que continuará cuidando dela até que esteja pronta para o retorno à natureza.

A expectativa é que, quando esse momento chegar, ela volte ao mesmo habitat em que foi resgatada e possa contribuir para a preservação da espécie.

O papel ecológico dos castores

Segundo o site Mundo Animal os castores têm grande importância para o equilíbrio ambiental.

Suas barragens criam áreas alagadas que servem de abrigo para inúmeras espécies e funcionam como filtros naturais, retendo sedimentos e poluentes presentes na água.

Além disso, esses ambientes ajudam a reduzir riscos de enchentes, já que armazenam grandes volumes de água durante períodos de chuva intensa.

Curiosidades sobre os castores

  • Comunicação eficiente: utilizam sons e movimentos para se expressar. Um dos mais conhecidos é o bater da cauda na superfície da água, usado como alerta contra ameaças.
  • Vida longa: apesar de serem roedores, podem viver até 24 anos em condições favoráveis.
  • Especialistas em natação: conseguem permanecer debaixo d’água por até 15 minutos, habilidade essencial para sua sobrevivência.

Engenheiros da natureza

A capacidade dos castores de transformar rios e lagos em novos habitats mostra o quanto eles influenciam o ambiente em que vivem.

Cada barragem construída garante benefícios não apenas à espécie, mas a diversos animais que dependem dessas áreas.

Conhecer melhor esses comportamentos ajuda a entender por que é fundamental preservar os castores e os locais onde vivem, assegurando sua presença nas próximas gerações.

Beatriz é jornalista formada pela Universidade de Passo Fundo, com especialização em Escrita Criativa e Editoração pela Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera. Apaixonada por narrativas envolventes e pelo universo pet, ela também possui certificação em Storytelling para Marketing Digital pela Santander Open Academy, o que complementa sua habilidade de transformar histórias reais em conteúdos informativos e inspiradores. Dedica-se à produção de reportagens que valorizam a convivência ética e afetiva entre humanos e animais de estimação, promovendo empatia, informação de qualidade e o respeito aos animais.