Mulher ouve uivos nas paredes do banheiro e o que os socorristas encontram deixa todos atordoados
Por Larissa Soares em GatosHá alguns dias, uma mulher notou um som estranho vindo do banheiro. Desconfiada, ela encostou o ouvido na parede e sentiu o coração disparar.
Não era o encanamento, nem um inseto aprisionado. Eram... uivos. Miados finos, insistentes, que pareciam pedir socorro de dentro das paredes.
Assustada, ela fez o que qualquer amante de animais faria e ligou para a Fundação Kirkland, uma instituição de resgate localizada na Califórnia, nos Estados Unidos.
O relato era um tanto curioso: “Tem gatinhos chorando dentro da minha parede.” E, por mais estranho que parecesse, não era a primeira vez que isso acontecia.
Miados na parede
O socorrista Joey Phipps saiu às pressas e, pouco tempo depois, recebeu reforço de Brandi e Sydney Sherman, do grupo Fresno TNR.
Ao chegarem, os três perceberam que a história lembrava outro caso recente em que um gato havia ficado preso atrás da parede do banheiro de uma loja de roupas.
Mas dessa vez, o som vinha do banheiro da casa da mulher, um cômodo que, até então, parecia perfeitamente normal.
Depois de ouvir com atenção, o grupo concluiu o impensável. Aparentemente, dois gatinhos haviam caído do sótão e escorregado por uma abertura entre as paredes, ficando presos atrás do vaso sanitário e da pia.
Só havia uma saída: literalmente, fazer uma nova saída.
Marteladas e miados
Ninguém gosta da ideia de ver seu banheiro sendo perfurado por ferramentas. Mas, diante dos miados desesperados, a dona da casa cedeu.
Com cuidado, Phipps começou a abrir a parede. Um buraco, dois, três... até que, finalmente, um pequeno focinho cinza apareceu entre a poeira.
O primeiro gatinho foi retirado do buraco, assustado, mas aparentemente saudável.
O segundo, um pouco mais teimoso, estava preso atrás da pia. Foi preciso abrir mais um pedaço da parede e lá estava ele, coberto de pó, mas com os olhinhos brilhando de curiosidade.
A equipe suspirou aliviada. O banheiro estava irreconhecível, mas os filhotes estavam a salvo.
“Assim que a dona da casa percebeu a necessidade de uma reforma inesperada, Joey fez os buracos, retirou os pequenos e os entregou para limpeza”, relatou a Fundação Kirkland nas redes sociais.
Da parede para o colo
Depois do resgate, os filhotes foram levados até a sede da Fundação Kirkland, onde passaram por uma avaliação feita pela cofundadora Su Kim.
Felizmente, os dois estavam bem. Eles precisaram apenas de água, comida e uma boa soneca, pois ser resgatado de dentro de uma parede é uma aventura exaustiva.
Agora, eles estão sob os cuidados da equipe e devem ser colocados para adoção assim que estiverem prontos.
“Os pequenos agora estão seguros, confortáveis e chorando em outro banheiro (o meu)”, brincou a Fundação em um post.
Gatinhos e seus esconderijos impossíveis
Quem convive com gato, sabe: se existe um buraco, o felino vai tentar entrar. E se não existe, ele provavelmente vai tentar abrir um.
Os gatinhos são curiosos por natureza e é justamente essa curiosidade que os torna tão adoráveis... e, às vezes, um perigo ambulante dentro de casa.
De acordo com a Richey Animal Clinic, cuidar de um filhote felino é como lidar com uma criança em idade pré-escolar: ele quer tocar, cheirar, subir e provar tudo. Por isso, a segurança é essencial.
Como evitar que seu gatinho se meta em confusão
- Elimine esconderijos perigosos: verifique frestas, buracos e aberturas em sótãos, atrás de armários e sob pias. Lugares que parecem inacessíveis para nós podem ser um convite irresistível para um gatinho aventureiro.
- Mantenha o vaso sanitário tampado: gatinhos muito pequenos podem cair e não conseguir sair.
- Cuidado com eletrodomésticos: máquinas de lavar, secadoras e até geladeiras abertas podem virar armadilhas.
- Reforce telas de janelas, especialmente se você mora em apartamento.
- Cuidado com plantas tóxicas: algumas plantas como lírios, tulipas, azaléias e samambaias, podem causar desde irritação até intoxicação grave se ingeridas.
- Cuidado com objetos pequenos: elásticos, botões e fios devem ser mantidos fora de alcance, já que muitos gatos têm o hábito de mastigá-los.
Em vez de tentar conter a curiosidade, o ideal é redirecioná-la para opções seguras, como brinquedos, prateleiras seguras, arranhadores altos e caixas de papelão.
Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.
