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'E teve boatos de que estava na pior': Conheça Luna, shih-tzu que ficou famosa por viver o melhor da vida

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em Comportamento

Uma shih-tzu chamada Luna redefiniu o conceito de "vida boa" e se tornou uma sensação na internet. Em meio a uma onda de calor intenso em Presidente Prudente, interior de São Paulo, a cadela não pensou duas vezes.

Ela encontrou a solução perfeita para se refrescar. Um mergulho na piscina de casa. O momento foi registrado por sua tutora, Erika Leonel Marin, e rapidamente ganhou destaque nas redes sociais.

O vídeo, que captura a essência da alegria canina, mostra Luna em seu habitat preferido. A água. A gravação começa revelando o pátio da casa. Logo a câmera se move e encontra a protagonista da história.

Luna já está dentro da piscina. Ela flutua tranquilamente no canto. Suas patas dianteiras estão apoiadas na borda. Ela parece completamente à vontade.

A tutora se aproxima. A voz de Erika demonstra uma mistura de surpresa e diversão.

"Luna!", ela chama. "Não acredito, Luna!". A cadela, de pelos molhados e uma expressão relaxada, olha para a câmera.

A tutora continua a conversa. "Já nadando logo de manhã, Luna?". A fala sugere que a cena é recorrente. "Eu não acredito nisso. Vamos! Sai".

Apesar da ordem, Luna não demonstra nenhuma intenção de deixar seu oásis particular.

A tutora então conclui. "Ai Jesus amado, vem. Olha aí se eu aguento um negócio desse". A cena termina com Luna curtindo seu banho.

O vídeo foi publicado na plataforma TikTok em 30 de setembro. Na legenda, Erika Leonel Marin brincou com a situação. "Essa minha cachorra acha que é peixe! Luna ama piscina!!!".

A publicação gerou engajamento imediato obtendo mais de 910 mil visualizações, 93 mil curtidas e 938 comentários. Muitos usuários se encantaram com a independência de Luna.

“Uma sereia kkkkk olha o cabelão dela”.
“E teve boatos que ainda disse que estava na pior”.
“Primeira vez q vejo shitzu q gosta de água”

A surpresa tem um motivo… a imagem de um shih-tzu curtindo uma piscina não é comum.

Assista:

O portal Amo Meu Pet buscou contato com Erika Marin para obter mais informações sobre os hábitos aquáticos de Luna e aguarda retorno para atualizações.

A história de Luna é cativante, mas ela também levanta uma dúvida importante para muitos tutores.

Afinal, shih-tzus sabem nadar? A resposta é complexa. Embora muitos cães possuam um instinto natural para a natação, a raça shih-tzu enfrenta dificuldades específicas. A anatomia desses cães apresenta desafios significativos dentro da água.

Especialistas em comportamento e fisiologia canina, como os ouvidos pelo canal Shih Tzu Educado no YouTube, explicam o porquê.

O primeiro e principal obstáculo é o formato do focinho. shih-tzus são cães braquicefálicos. Isso significa que possuem o focinho curto ou "achatado".

Essa característica anatômica já dificulta a respiração em situações normais. Muitos cães braquicefálicos roncam ou têm respiração ruidosa. Quando estão na água, o problema se agrava.

Para manter o nariz fora da superfície, o cão precisa inclinar a cabeça para trás. Esse movimento, essencial para evitar a ingestão de água, acaba dificultando ainda mais a passagem de ar.

A posição força as vias respiratórias. O cão se cansa muito mais rápido que um cão de focinho longo.

Além da questão respiratória, a estrutura corporal do shih-tzu não é ideal para o nado. Eles possuem um corpo robusto. As pernas são curtas em proporção ao tronco.

Isso reduz a eficiência da propulsão na água. Eles precisam bater as patas com muito mais frequência e força. O esforço para simplesmente se manter flutuando é grande.

A pelagem é outro fator complicador. O pelo do shih-tzu, seja ele longo ou curto, é denso. Quando molhada, a pelagem absorve uma grande quantidade de água. Isso aumenta o peso do animal.

O movimento se torna mais difícil. O cão fica mais pesado. A combinação de respiração difícil, pernas curtas e pelo pesado aumenta o risco de fadiga. A exaustão pode levar ao afogamento.

Por isso, a cena de Luna, embora adorável, deve ser vista como uma exceção e um alerta. Especialistas são unânimes quanto à segurança que deve ser a prioridade absoluta. Tutores de shih-tzus que desejam introduzir seus animais à água precisam de cuidados redobrados.

A supervisão constante é a regra número um. Um shih-tzu nunca deve ser deixado sozinho perto de uma piscina. Mesmo que a piscina tenha escadas ou bordas. O risco de queda e cansaço é real.

O uso de um colete salva-vidas específico para cães é indispensável. O acessório é fundamental. Ele ajuda o cão a flutuar reduzindo o esforço necessário para manter a cabeça fora da água.

Com o colete, o animal pode aproveitar a experiência sem o risco iminente de exaustão.

Para tutores que querem apenas refrescar o animal, existem alternativas. Montar uma piscina rasa no quintal é uma opção segura. O cão pode brincar. Ele pode se molhar. O risco de acidentes é praticamente nulo.

Caso o tutor decida ensinar o cão a nadar, a introdução deve ser gradual. O processo deve respeitar os limites do animal. Forçar o cão a entrar na água pode gerar trauma.

A associação da água com medo e estresse é o oposto do objetivo. A natação para o shih-tzu deve ser sempre encarada como uma atividade recreativa. Ela exige atenção extra.

A saúde e o bem-estar do animal devem estar sempre em primeiro lugar. Luna, a estrela de Presidente Prudente, parece ter encontrado seu equilíbrio.

Ela nada em um ambiente controlado. Ela demonstra estar sob supervisão. O vídeo dela traz alegria. Mas também traz uma lição importante sobre responsabilidade. Luna, de fato, vive o melhor da vida e o faz com segurança.

Beatriz é jornalista formada pela Universidade de Passo Fundo, com especialização em Escrita Criativa e Editoração pela Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera. Apaixonada por narrativas envolventes e pelo universo pet, ela também possui certificação em Storytelling para Marketing Digital pela Santander Open Academy, o que complementa sua habilidade de transformar histórias reais em conteúdos informativos e inspiradores. Dedica-se à produção de reportagens que valorizam a convivência ética e afetiva entre humanos e animais de estimação, promovendo empatia, informação de qualidade e o respeito aos animais.