Mulher encontra pequeno túmulo no quintal da casa nova e promete cuidar para sempre
Por Larissa Soares em NotíciasAo se mudar para uma nova casa, a americana Angie Kukacka teve uma surpresa comovente.
Enquanto limpava o jardim de sua nova residência em Minnesota, ela descobriu uma pequena lápide meio encoberta pela terra.
Ao se aproximar, leu a inscrição:
“Se o amor pudesse ter salvado o mundo, você teria vivido.”
Era o túmulo de um animal de estimação deixado pelos antigos moradores. A cena, de partir o coração, deixou Angie profundamente emocionada.
Mas, em vez de ignorar ou remover a lápide, ela fez algo que tocou milhares de pessoas: decidiu cuidar do túmulo como se fosse de algum pet dela.
Angie compartilhou a descoberta em um vídeo no TikTok (@angiekukacka), onde prometeu zelar pelo túmulo daquele pet desconhecido com todo o carinho.
"Quero garantir que o túmulo do seu animal de estimação será cuidado para sempre", escreveu ela na legenda. "Cuidarei dele assim como tenho certeza de que você cuidou da doce alma dele."
A publicação viralizou e comoveu os internautas.
“Isso é muito gentil da sua parte, Deus te abençoe”, comentou uma seguidora.
“Espero que seu travesseiro esteja sempre frio, suas contas bancárias cheias e seus entes queridos saudáveis”, desejou outro.
“É por isso que tive que cremar meus filhotes, porque eles vão para onde eu vou”, escreveu mais um, compartilhando sua própria dor.
O amor pelos pets atravessa milênios
Pode parecer incomum encontrar túmulos de animais em casas, mas a prática de enterrar os bichinhos com respeito e homenagens é bem mais antiga do que se imagina.
Um dos exemplos mais fascinantes foi descoberto no Egito, em uma escavação no antigo porto romano de Berenice.
Arqueólogos identificaram um cemitério de cerca de 2 mil anos, com mais de 500 animais — entre cães, gatos e até macacos — cuidadosamente sepultados.
Os bichinhos estavam com coleiras, cobertos com tecidos e até acomodados como se estivessem dormindo, segundo a revista Science.
Um dos gatos foi enterrado com um colar de ferro, enquanto outro foi posicionado sobre a asa de uma ave, como em um ritual simbólico de despedida.
A análise dos ossos revelou que muitos dos animais foram tratados durante a velhice ou após ferimentos, mostrando que eram considerados membros da família.
São Paulo também teve seu cemitério pet
E não é preciso ir tão longe para encontrar sinais desse carinho duradouro. No Brasil, o Parque Ibirapuera, em São Paulo, já abrigou um cemitério de animais fundado em 1929 pela UIPA (União Internacional Protetora dos Animais).
O local tinha cerca de 13 mil metros quadrados e abrigava mais de 100 túmulos, com lápides que variavam em estilo — algumas simples, outras elaboradas, como nos cemitérios humanos.
Com o tempo, e devido à valorização da área, o cemitério foi desativado em 1972.
Quase todas as sepulturas foram destruídas, mas duas lápides resistiram e ainda estão no parque.
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