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Gato de bigodinho acaba em abrigo de animais junto com bilhete que deixa todo mundo indignado

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em Proteção Animal

Max tem um bigodinho charmoso, pelo macio e, até pouco tempo atrás, uma família que dizia cuidar dele com carinho.

Mas tudo mudou quando o diagnóstico de FeLV, o vírus da leucemia felina, bateu à porta.

O que deveria ser uma fase de cuidado redobrado virou um triste abandono — e causou revolta nas redes sociais.

O caso aconteceu em Bergheim, na Alemanha. Max foi encontrado dentro de uma caixa de transporte, deixado em frente a uma loja de batatas fritas no distrito de Niederaußem.

Junto com ele, havia um pouco de comida, um relatório veterinário e um bilhete — e foi isso que deixou os internautas revoltados.

Na carta, a família dizia ter acolhido Max há algum tempo, alimentado e levado ao médico com regularidade. Tudo parecia ir bem, até o diagnóstico de leucemia felina.

Foi aí que decidiram se desfazer dele. Em vez de levá-lo ao abrigo da cidade, preferiram deixá-lo anonimamente num banco qualquer.

O abrigo de animais de Bergheim, que agora cuida de Max, compartilhou a história em seu perfil no Instagram e desabafou:

“Você não precisa entender isso, não é? Por que não simplesmente nos ligaram em vez de deixar tudo anonimamente exposto?”

A postagem viralizou e indignou seguidores, que se revoltaram com o abandono.

“Cuidar de um animal é para sempre, não só enquanto é conveniente”, comentou um usuário.
“A atitude da família foi covarde”, disse outro.
“Alguém pode me explicar o que se passa na cabeça dessas pessoas?”, perguntou mais um.

Apesar do trauma, Max está em boas mãos. O abrigo garantiu que ele está sendo bem tratado, monitorado e, o mais importante, cercado de amor.

A esperança é de que ele encontre um novo lar disposto a amá-lo do jeitinho que ele é.

O que é a FeLV?

A FeLV — sigla para vírus da leucemia felina — é uma das doenças mais comuns e graves entre gatos.

Transmitida principalmente pela saliva, ela costuma ocorrer através de contato prolongado, como a partilha de tigelas de comida e água, lambidas entre gatos, mordidas ou até da mãe para os filhotes durante a gestação.

Segundo a médica veterinária Melissa Boldan, do PetMD, o vírus afeta principalmente o sistema imunológico dos felinos, comprometendo os glóbulos brancos e deixando os animais mais vulneráveis a infecções, anemias e até cânceres como linfoma.

Os sintomas vão desde perda de apetite, febre e gengivite até infecções recorrentes na pele, olhos e vias respiratórias.

Não há cura para a FeLV, mas um gato positivo pode viver por anos se for bem cuidado, com qualidade de vida e proteção contra doenças secundárias.

A recomendação é mantê-lo exclusivamente dentro de casa, evitar contato com outros gatos e realizar consultas veterinárias frequentes.

Também é importante oferecer uma alimentação equilibrada e um ambiente limpo e livre de estresse.

Vacinar é fundamental

A melhor forma de prevenir a FeLV é por meio da vacinação. Gatinhos devem iniciar a imunização com cerca de 8 semanas de vida, e gatos com acesso à rua ou contato com outros felinos devem continuar recebendo reforços anuais.

Vale lembrar que a FeLV não é transmissível para humanos ou para outros animais, como cães ou coelhos.

E, apesar do nome assustar, ter um gato com FeLV não significa que ele deixará de ser um companheiro amoroso e cheio de vida.

Redatora.