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Criança com diabetes tipo 1 é auxiliada por cão de serviço que alerta pais sobre quedas de açúcar no sangue

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Wells tem só 4 anos, mas já enfrenta um grande desafio: conviver com o diabetes tipo 1.

De acordo com a American Diabetes Association, o diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, em que o sistema imunológico ataca as células do pâncreas que produzem insulina.

Como a insulina é a responsável por controlar a glicose do sangue, as pessoas que convivem com a doença precisam estar sempre monitorando os níveis de glicemia.

Felizmente, Wells conta com a ajuda de um parceiro especial (e muito charmoso) nessa jornada: Ducky, um cocker spaniel treinado como cão de alerta médico.

E ele é praticamente um super-herói de quatro patas.

Ducky em ação

Certa noite, a mãe do garotinho, Aubrie, estava na sala assistindo TV. Wells já dormia no andar de cima, com a porta do quarto fechada, e Ducky descansava ao lado dela.

Até que o cão começou a agir de forma insistente. Ele olhava fixamente para a tutora, cutucava com o focinho e não sossegava. Aubrie entendeu o recado e foi verificar.

As duas primeiras leituras do monitor de glicose do filho estavam dentro da faixa normal. Mas Ducky, como todo bom cão de alerta, antecipou o que viria.

Quinze minutos depois, a glicose caiu para 84. Em mais cinco minutos, estava em 77.

Ducky detectou a mudança 30 minutos antes de ela acontecer. E, ainda, do andar de baixo e com a porta fechada.

“Não sei como conseguimos viver sem esse cachorro. Ele mantém esse menino mais seguro do que eu jamais poderia imaginar”, comentou Aubrie nas redes sociais.

O vídeo do momento viralizou no Instagram, com mais de 5 milhões de visualizações, milhares de curtidas e elogios merecidos.

“Espero que esse cachorro seja alimentado com o melhor dos melhores todos os dias”, escreveu um internauta.
“Cães de serviço são possivelmente as coisas mais extraordinárias que esta Terra tem a oferecer”, disse outro.

Apesar da surpresa de alguns sobre o fato de o cão não dormir no quarto do menino, Aubrie explicou que, durante a noite, Ducky descansa junto com ela — afinal, é a mãe quem precisa ser alertada para tomar providências, não o garotinho.

Como os cães detectam essas mudanças?

Cães treinados para alertar episódios de hipoglicemia ou hiperglicemia possuem um olfato tão apurado que conseguem detectar alterações químicas na saliva, no suor e até na respiração de uma pessoa com diabetes.

Em muitos casos, eles conseguem perceber as mudanças até 40 minutos antes dos aparelhos detectarem.

Ducky, por exemplo, foi treinado por uma organização chamada MD Dogs, que se dedica a tornar mais acessível o treinamento de cães de detecção médica.

Segundo Aubrie, o cão foi treinado com amostras de saliva e hoje é capaz de identificar mudanças antes mesmo que elas ocorram.

Super-heróis de quatro patas

Uma pesquisa conduzida no Reino Unido com 27 cães de alerta demonstrou que esses animais são, de fato, muito eficazes.

A sensibilidade mediana dos cães a episódios hipoglicêmicos foi de 83%, e 81% dos alertas foram confirmados com leituras fora da faixa ideal. Alguns cães chegaram a atingir 100% de precisão.

O estudo também observou que o desempenho varia de acordo com fatores como o tipo de treinamento, a idade da pessoa assistida e a relação do cão com a família.

Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.