Lupe, o cãozinho que não abandonou seu dono nem mesmo depois da morte

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Quem acha que o laço de amizade entre um tutor e seu cão é coisa de filme, nunca foi realmente amado por um animal de estimação.

Em Nova Friburgo (RJ), uma incrível história de amizade ‘eterna’ chama a atenção daqueles que visitam o Cemitério São João Batista: Lupe, um cão que não abandonou o dono nem mesmo após a morte.

Na década de 1920, Lupe era o fiel companheiro de todas as horas de Thirso Knust. Quando seu dono faleceu, o cãozinho ficou sentado em cima da sepultura, sem comer, nem beber água. Enfraquecido, acabou morrendo e foi enterrado no mesmo local que Thirso.

Sensibilizado com o que acontecido, o avô de Thirso mandou fazer uma estátua da posição exata em que o cão ficava. Até hoje, a sepultura atrai curiosos no Cemitério, principalmente no Dia de Finados.

Hoje, quem conta essa história é Mauricio Knust, primo de Thirso, que também é responsável por manter a estátua do cachorro em bom estado.

“O túmulo do Thirso passou a ser um lugar de adoração. Toda a população de Nova Friburgo ia fazer visitas”, diz Maurício.

Thirso serviu à Marinha quando jovem e sofreu um acidente que o deixou surdo.

Impossibilitado de ouvir, acabou morrendo atropelado por um trem porque não escutou a sirene. De acordo com Maurício, o cachorro acompanhou o dono durante o sepultamento.

Quando todos foram embora, Lupe subiu na sepultura e ficou lá deitado, imóvel.

Relatos afirmam que os coveiros entregaram o cão para um tio de Thirso, mas não adiantou: ele voltou para o cemitério e continuou na mesma posição.

Sem comer, nem beber por dias, o cachorro ficou muito debilitado e não resistiu a uma tempestade forte que atingiu Nova Friburgo. Ele foi encontrado pelos coveiros na manhã seguinte, na mesma posição de sempre.

Para Maurício, o cachorro acabou morrendo de "amor e saudade".

A lealdade de Lupe pelo dono fez com que Maurício também adotasse um cão, o Caramelo.

“Eu considero meu cachorro um irmão meu, ou talvez um filho. É mais ser humano que a maioria dos seres humanos. A fidelidade do cachorro eu considero fundamental na minha vida”, afirmou.

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Fonte: Plantão dos Lagos

Gabriel Pietro têm 20 anos, é redator e freelancer. Fundou o Projeto Acervo Ciência em 2016, com o objetivo de levar astronomia, filosofia e ciência em geral ao público. Em dois anos, o projeto alcançou milhões de internautas e acumulou 400 mil seguidores no Facebook. Como redator, escreveu para vários sites, como o Sociologia Líquida e o Segredos do Mundo. Ainda não sabe se é de humanas ou exatas, Marvel ou DC, liberal ou social-democrata. Ama cinema, política, ciência, economia e música (indie). Ainda tentando descobrir seu lugar no mundo.