Homem olha para dentro do seu aquário em casa e leva susto ao encontrar uma cobra píton invasora
Por Ana Caroline Haubert em Mundo Animal
Um susto inusitado surpreendeu um morador da Austrália, quando ele encontrou algo inesperado em seu aquário doméstico ao ar livre.
Ao se aproximar do tanque, instalado no quintal de casa, o homem notou uma presença estranha entre seus peixes: uma cobra píton-tapete, espécie comum no país, mas definitivamente fora do lugar naquele contexto.
O incidente ocorreu em uma área arborizada e típica do litoral australiano, onde a convivência com répteis não é incomum.
No entanto, encontrar uma cobra de tamanho considerável submersa em um aquário doméstico não faz parte da rotina local — nem mesmo para os mais acostumados à fauna exótica do país.

O animal estava enrolado no fundo do tanque, visivelmente calmo, respirando de tempos em tempos ao erguer as narinas para fora da água.
Sem saber como agir diante da situação, o dono do aquário procurou ajuda profissional e acionou a equipe do Sunshine Coast Snake Catchers 24/7, grupo especializado em capturar e realocar cobras de forma segura tanto para humanos quanto para os próprios répteis.
Os tratadores chegaram rapidamente e registraram o caso nas redes sociais com uma pitada de humor: “Esses peixes tinham um visitante amigável (mas bem grande e escamoso)!”
Segundo os especialistas, a cobra provavelmente procurava o aquário por motivos fisiológicos.

“Ela devia estar se preparando para trocar de pele, se refrescando ou aliviando a irritação”, comentou um dos agentes durante a remoção.
A píton-tapete (Morelia spilota) é uma espécie não venenosa, relativamente comum em áreas urbanas e rurais da Austrália, conhecida por sua habilidade de escalar árvores e acessar ambientes domésticos em busca de abrigo ou presas.
A captura foi feita com tranquilidade, e a serpente foi colocada em segurança em um saco de transporte para posterior realocação em seu habitat natural.
“Esse é o lugar mais louco para uma cobra”, afirmou a tratadora responsável, surpresa com o inusitado esconderijo escolhido pelo animal.
Felizmente, nenhum dos peixes do aquário foi ferido durante a visita do réptil — algo raro, dado que pítons são carnívoras e podem predar pequenos vertebrados.

A empresa informou que o animal não demonstrava sinais de agressividade nem estava em risco imediato, mas que sua permanência ali poderia ter causado acidentes ou estresse aos demais moradores do tanque.
Por que esses encontros são cada vez mais frequentes?
O avanço das áreas urbanas sobre regiões naturais tem sido apontado como uma das principais causas do aumento de interações entre humanos e animais silvestres.
Segundo relatório da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO), a perda de habitat e as alterações no clima têm forçado muitas espécies a procurar abrigo em espaços residenciais, como garagens, sótãos e até mesmo aquários.
O relatório destaca que répteis, incluindo serpentes, muitas vezes se adaptam a ambientes urbanos e até utilizam construções humanas como abrigos e pontos de observação.

Além disso, o Museums Victoria confirma que a píton-tapete utiliza uma vasta gama de habitats, incluindo áreas urbanas sombreadas por árvores ou estruturas, justificando sua permanência próxima a residências.
Apesar do susto, a história teve um final positivo, servindo de alerta e curiosidade. Incidentes como esse evidenciam não só a resiliência da fauna australiana, mas também a necessidade de convivência consciente entre humanos e a vida silvestre que os cerca.
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