Achando estranho, mulher vê duas pernas saindo da boca do seu cachorro e pede para ele soltar logo
Por Ana Carolina Câmara em CãesAndy é um cachorro de seis anos da raça Weimaraner, que sua família descreve carinhosamente como um "menino mal". Mas não é porque ele tenha mordido alguém ou demonstrado agressividade.
O motivo desse apelido está em suas travessuras constantes e na habilidade para aprontar nas situações mais inesperadas.
Inteligente, curioso e cheio de energia, ele adora explorar e, muitas vezes, acaba se metendo onde não deveria, arrancando risadas - e, às vezes, suspiros de paciência - de todos à sua volta.
Como certa vez, quando sua tutora achou estranho ao ver duas pequenas pernas saindo da boca de Andy. Assustada, pediu que ele soltasse imediatamente e, para sua surpresa, descobriu que ele carregava um filhote de coelho.
Coelho na boca? É sério!
Andy, assim como a maioria dos cães, ama correr e explorar o quintal, afinal é nesse espaço que ele pode gastar energia, farejar cada canto e descobrir novos cheiros e sons que despertam sua curiosidade.
Para ele, cada dia no quintal é uma nova aventura, seja perseguindo folhas que voam com o vento, investigando insetos ou simplesmente correndo de um lado para o outro com a língua de fora e o rabo abanando.
Só que, em um dia de pura curiosidade, esse querido foi além... encontrou uma toca de coelho escondida entre as plantas e não resistiu à tentação de investigar.
Farejou, cavou um pouco e, para surpresa, acabou se deparando com um filhote indefeso. Sem noção do susto que causaria, pegou o coelhinho delicadamente na boca e saiu desfilando pelo quintal como se fosse seu novo tesouro.
Quando a tutora viu duas patinhas saindo pela boca do doguinho, ficou apavorada e pediu que ele soltasse imediatamente.
Mas Andy, sem entender a gravidade da situação, apenas balançou o rabo e tentou se afastar, achando que estava brincando.
Foi preciso um pouco de insistência até que ele finalmente largasse o coelhinho, que, para alívio, estava ileso e tão surpreso quanto todos os presentes.
Esse comportamento é mais comum e cheio de significado do que parece à primeira vista.
Cães carregam objetos, seja um brinquedo ou até um pequeno animal, por uma combinação de instinto ancestral, conforto emocional e busca de atenção.
Segundo o site The Farmer’s Dog, muitos cães têm o hábito de trazer coisas para seus tutores porque são instintivamente programados para recuperar objetos, uma característica reforçada por gerações de reprodução seletiva.
Além disso, esse ato pode ser uma forma de autoconsolo ou expressão de carinho. Quando estão ansiosos, trazer algo na boca ajuda a acalmar e a manter a confiança, agindo como uma espécie de “objeto de conforto” emocional.
Família, voltei!
Assim que a tutora de Andy conseguiu resgatar o coelhinho, pediu para que o cão a levasse até a toca. E lá, escondidinhos e vulneráveis, havia vários filhotinhos, todos amontoados para se manterem aquecidos.
A cena era de pura ternura, mas também de preocupação, pois aqueles pequenos dependiam inteiramente da proteção e dos cuidados da mãe coelha e, naquele momento, da atenção humana para garantir que ficassem seguros.
Então, a mulher pediu desculpas ao filhote todo babado, aliviada por ele estar vivo, o secou cuidadosamente com uma toalha macia e o colocou de volta no ninho, torcendo para que a mãe retornasse logo e continuasse a cuidar de todos.
A pergunta que fica é: a mãezinha aceitaria o filhote, já que ele estava coberto pelo cheiro do cachorro? Isso poderia fazer com que ela o rejeitasse.
Esse receio é totalmente compreensível: cães e humanos deixam odores fortes que podem confundir a mãe coelha. No entanto, segundo o Lake Erie Nature & Science Center, esse tipo de preocupação é mais mito do que realidade.
O artigo destaca que, ainda que mamíferos tenham olfato apurado, o cheiro humano não é forte o suficiente para desestabilizar os instintos maternos - especialmente se o bebê for colocado de volta ao ninho com cuidado.
Ou seja, mesmo após o susto com o “filhote preso na boca de um cachorro”, a mãe coelha é capaz de reconhecer o filho e voltar a cuidar dele, desde que não haja perturbações constantes.
E foi exatamente o que aconteceu: o coelhinho voltou para sua família, sendo acolhido de imediato pela mãe, que retomou os cuidados como se nada tivesse acontecido.
A cena trouxe um alívio imenso para a tutora de Andy, que pôde ver o pequeno seguro, aquecido e rodeado por seus irmãos no ninho.
Repercussão
A situação foi filmada e compartilhada no perfil do TikTok de Jack, tutor de Andy, @joliva8705, em julho de 2024. A publicação rapidamente se tornou viral, acumulando mais de 24 milhões de visualizações e milhares de comentários.
"Ah, ele era tão gentil. Se ele quisesse comer, ele teria comido. Ele não entendeu por que você o fez se livrar do amigo!", comentou uma internauta.
"No começo, pensei que ele tinha uma tarântula enorme na boca", disse outra.
"Imagine como ele foi cuidadoso para não machucar aquele pequeno rapaz", escreveu uma terceira.
O portal The Dodo republicou o vídeo no dia 12 de agosto, no seu perfil do Instagram, @thedodo, acumulando mais de 8,8 milhões de visualizações.
Na legenda, deixou o suspense no ar: "Ele foi tão gentil e se recusou a soltar — espere para ver quem ele estava tentando proteger."
Assista:
Que bom que tudo acabou bem, né?
Histórias como essa nos mostram que os cães podem surpreender de maneiras incríveis, revelando instintos que misturam curiosidade e cuidado.
E você, já presenciou seu pet se comportando de um jeito inesperado, seja para proteger, brincar ou simplesmente explorar o mundo ao seu redor?
Conte nos comentários. Vamos adorar conhecer as aventuras do seu amigo de quatro patas!
Weimaraner são cães gentis?
Com certeza! Os Weimaraners são conhecidos por serem cães gentis, apesar da sua energia e personalidade brincalhona.
De acordo com o site DogTime, essa raça combina lealdade, inteligência e um instinto natural de proteção, mas sem deixar de lado um temperamento afetuoso e próximo à família.
Eles tendem a criar laços fortes com seus tutores e, quando bem socializados, demonstram uma paciência e delicadeza surpreendentes, inclusive com outros animais.
A história de Andy é um ótimo exemplo disso: mesmo sendo um cachorro curioso e cheio de travessuras, ele mostrou um cuidado impressionante ao carregar um filhote de coelho sem machucá-lo.
Esse tipo de comportamento reforça o que especialistas descrevem sobre a raça: cães capazes de equilibrar energia e sensibilidade, conquistando todos à sua volta.
Redatora e apresentadora do Canal Amo Meu Pet.
Com formação em Design de Produtos e especialização em Design de Interiores pela Universidade de Passo Fundo, a Ana encontrou sua verdadeira paixão ao unir criatividade, comunicação e o amor pelos animais.
Apaixonada por contar histórias que tocam o coração, ela estudou Escrita Criativa com o escritor Samer Agi e participa do programa JournalismAI Discovery, organizado pela Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres e a Iniciativa de Notícias do Google, buscando se aprofundar no universo digital.
Hoje, dedica-se a produção de conteúdos que informam, emocionam, conscientizam e arrancam sorrisos.