'Marshmallow sorridente': Cão pitbull solta sorriso perfeito ao brincar de boneca com menininha e cena encanta
Por Beatriz Menezes em Aqueça o coraçãoO que poderia ser mais puro do que a felicidade de um cão ao lado de sua melhor amiga? Para o pitbull Blueberry, a resposta é simples: nada.
No último dia 10 de agosto, ele foi filmado exibindo um sorriso perfeito enquanto participava, com devoção e paciência, de uma brincadeira de boneca, criada por sua pequena tutora.
A cena, registrada em Bethany, Oklahoma, nos Estados Unidos, e compartilhada no TikTok, ultrapassou 1,6 milhão de visualizações e quebrou preconceitos sobre a raça.
No vídeo, Blueberry aparece deitado em uma poltrona, atrás de um urso de pelúcia, com expressão serena e olhos atentos.
A música “Best Friend”, de Harry Nilsson, embala a imagem de cumplicidade entre o cão e a criança, reforçada pela legenda do perfil @hottmess_boutique: “Ele é INCRÍVEL com ela”.
Entre os milhares de comentários, alguns resumem o sentimento geral:
“Ele se fingindo de boneco e morrendo de feliz.”
“O auge de ‘Não me importo com o que fazemos, contanto que eu esteja com você’.”
“Pits eram usados como babás, eles são ótimos com crianças se criados corretamente.”
Um papel que vem de longe: o pitbull como “cão babá”
O comportamento de Blueberry não é novidade para quem conhece a história da raça.
Segundo o site Imagens Históricas, entre o fim do século XIX e o início do século XX, pitbulls eram amplamente conhecidos como “nanny dogs”, ou cães babás em português.
Sua paciência e instinto protetor os tornavam companheiros ideais para famílias com crianças.
Desenvolvidos no século XIX, na Escócia, Inglaterra e Irlanda, os pitbulls foram criados para caça e trabalhos rurais.
Ao chegarem à América do Norte, se destacaram na proteção de fazendas, no manejo de rebanhos e, principalmente, na convivência com humanos.
Retratos antigos mostram crianças abraçadas a pitbulls, revelando a confiança que as famílias depositavam nesses animais.
Do afeto à desconfiança: a mudança de reputação
A imagem de “cão babá” começou a se desgastar quando a raça passou a ser associada às brigas de cães, que era uma prática cruel, mas popular no início do século XX.
A cobertura negativa da mídia, sem contextualizar os casos, reforçou a percepção de que pitbulls eram naturalmente agressivos.
Após a Segunda Guerra Mundial, leis específicas contra a raça (Legislação Específica de Raça – BSL) se espalharam pelos Estados Unidos, restringindo ou proibindo sua posse em diversas regiões.
Isso afastou os pitbulls do convívio doméstico e contribuiu para um ciclo de estigma que persiste até hoje.
O que a ciência diz sobre o temperamento dos pitbulls
Estudos recentes, como os publicados no Journal of Animal Behavior, apontam que os pitbulls têm alta estabilidade emocional e se saem bem em testes de sociabilidade.
Organizações como a ASPCA reforçam que o comportamento agressivo não é uma característica inata da raça, mas sim resultado de criação, socialização e experiências de vida.
Criados com amor, disciplina positiva e estímulos adequados, os pitbulls se mostram leais, brincalhões e protetores, exatamente como Blueberry.
Impacto e reação nas redes sociais
A história de Blueberry provocou um efeito em cascata onde tutores de pitbulls de diferentes países começaram a compartilhar vídeos e fotos de seus cães interagindo com crianças, gatos e outros animais.
O resultado foi uma corrente de comentários com fotos que reforçam a mensagem central de que com a criação correta, pitbulls podem ser companheiros gentis e amorosos.
Para muitos internautas, o vídeo foi uma oportunidade de rever preconceitos e reconhecer que o verdadeiro “perigo” no olhar de Blueberry é o de roubar corações.
Veja outro vídeo da dupla: