Quietinha dentro de caixa, vira-lata caramelo abandonada não conseguia se mexer - só depois protetora entende motivo
Por Beatriz Menezes em Proteção AnimalEm um ato de crueldade chocante e indiferença, uma pequena filhote de vira-lata caramelo foi abandonada dentro de uma caixa de papelão, ferida e incapaz de se mover.
O drama que se desenrolou em uma manhã fria de sexta-feira, em 27 de junho, chamou a atenção da ativista e protetora de animais Paola Saldivia, fundadora do Instituto Eu Salvo Vidas.
A história de Lulu começou com uma denúncia anônima feita ao Instituto Eu Salvo Vidas.
"Às 8h da manhã nos avisaram que um cão tinha sido abandonado", relatou Paola Saldivia em uma entrevista exclusiva ao portal Amo Meu Pet.
A mensagem alertava para a presença de um animal em condições de abandono perto de uma árvore. Ao chegar ao local, a protetora se deparou com uma cena desoladora.
Dentro de uma caixa de papelão, completamente tampada, estava uma filhote, quieta e assustada.
O vídeo, que mais tarde seria publicado pelo instituto, chocou milhares de seguidores.
"Abandonado dentro da CAIXINHA, e o PIOR está atropelado, não consegue caminhar, por isso não saiu daqui todo esse tempo. A única informação que temos é que HOJE, sexta feira 27/06 um carro parou às 8h e o deixou nessa árvore, exatamente como ele está", escreveu a ativista na legenda.
A pequena, que não tinha mais do que 4 ou 5 meses, estava tão imóvel que, à primeira vista, o motivo do seu estado parecia ser apenas o medo. Mas a realidade era muito mais grave.
Assista:
Ao tentar movimentar a filhote, Paola percebeu que a cadelinha não conseguia se apoiar. A pata estava quebrada, uma lesão consistente com um atropelamento recente.
A descoberta do ferimento explicou por que a cachorrinha não havia saído da caixa, mesmo com a tampa aberta. A dor e a incapacidade de caminhar mantinham-na refém de sua própria condição.
Imediatamente, a ativista agiu. "De momento já peguei e levamos para a clínica", disse ela, lembrando-se da urgência da situação.
O resgate foi apenas o primeiro passo em uma longa jornada de recuperação. A cadelinha, que recebeu o nome de Lulu, foi submetida a uma cirurgia ortopédica para corrigir a fratura em sua pata.
Veja:
O procedimento foi um sucesso, mas a reabilitação exigiu tempo e dedicação.
O Instituto Eu Salvo Vidas, que atualmente cuida de cerca de 300 animais, mobilizou a sua rede de apoio para custear o tratamento.
Por meio da chave PIX 59.527.395/0001-28, os doadores puderam contribuir diretamente para a recuperação de Lulu, demonstrando a força da solidariedade em prol dos animais.
Após a cirurgia, a cadelinha permaneceu na clínica veterinária por alguns dias, recebendo os cuidados intensivos necessários para garantir sua recuperação completa.
O tratamento incluiu medicação para dor, curativos e repouso absoluto. A equipe veterinária, parceira do instituto, fez um trabalho impecável, monitorando cada passo da pequena paciente.
O abandono de animais é um crime grave, passível de punição, e a história de Lulu é um exemplo contundente das consequências dessa atitude irresponsável.
A dor, o medo e o trauma sofridos pela filhote poderiam ter resultado em uma tragédia, não fosse a rápida intervenção de Paola Saldivia e a dedicação de sua equipe.
No entanto, o final dessa história é de alívio. Depois de uma semana de recuperação e repouso, Lulu estava pronta para um novo capítulo.
Graças ao trabalho incansável do Instituto Eu Salvo Vidas, a cadelinha, que um dia foi encontrada ferida e abandonada, ganhou o presente mais valioso: um lar.
Ela foi adotada por uma família que se apaixonou por sua história de superação e estava pronta para oferecer todo o amor e carinho que ela merecia.
A adoção de Lulu não apenas salvou sua vida, mas também reforçou a missão do instituto de que “adotar salva vidas”.