'Como não imortalizar': Em cenário paradisíaco, cão labrador recebe afeto de tutora e cena emociona milhões
Por Larissa Soares em Aqueça o coraçãoEnquanto caminhava pelas calçadas de Mergellina, um bairro à beira-mar em Nápoles, na Itália, Rita Laviano se deparou com uma cena que parecia saída de um filme.
Uma jovem, apoiada em uma mureta com vista para o mar, abraçava carinhosamente seu cão labrador. O cachorro, completamente à vontade, repousava a cabeça no ombro da tutora, transmitindo uma sensação de paz e confiança absoluta.
Rita não resistiu e imediatamente pegou o celular e começou a filmar. Mais tarde, publicou o vídeo no Instagram com a legenda:
“Como não imortalizar esse show em Mergellina?”
A gravação rapidamente viralizou, acumulando mais de 757 mil visualizações e milhares de comentários apaixonados.
“Você abraça seu cachorro e imediatamente se sente bem. Nada mais”, escreveu um internauta.
“O amor de alguém que nunca irá te trair!!!!”, comentou outro.
“Uma mulher, seu cachorro e um cenário mágico. É assim que Nápoles, do nada, se transforma em poesia”, resumiu um terceiro.
Abraços e o que os cães realmente sentem
Ver um cão e seu tutor em um momento de carinho aquece qualquer coração humano.
Mas, segundo o American Kennel Club (AKC), é importante entender que, embora abraçar seja uma demonstração de afeto natural para nós, os cães não interpretam esse gesto da mesma forma.
Enquanto para os humanos o abraço simboliza amor e proteção, para os cães ele pode ser percebido como uma forma de contenção. E isso, dependendo do temperamento do animal, pode causar desconforto ou estresse.
Pesquisas mostram que muitos cães toleram abraços dos tutores, mas apresentam sinais sutis de incômodo.
O psicólogo canino Dr. Stanley Coren, em um estudo com 250 fotos de pessoas abraçando cães, concluiu que 81% dos cães mostravam sinais de estresse, mesmo enquanto os humanos sorriam para a câmera.
Ou seja: aquele momento que parece tão fofo para a gente pode não ser tão confortável para eles.
Como saber se seu cão gosta de abraços
Nem todos os cães são iguais. Alguns realmente aceitam e até parecem gostar do contato próximo, principalmente quando já foram acostumados desde filhotes. Outros, no entanto, preferem formas diferentes de carinho.
O segredo é observar a linguagem corporal. Se o cão permanece relaxado, solto e com cauda tranquila, provavelmente está confortável.
Se, ao contrário, fica tenso, vira a cabeça ou tenta se afastar, é sinal de que o abraço não está sendo bem recebido.
Sinais de desconforto:
- Rigidez corporal
- Virar o rosto
- Branco dos olhos aparecendo
- Abaixar as orelhas
- Bocejar
Formas alternativas de demonstrar afeto
Se você ama seu cão e quer mostrar isso de maneira que ele compreenda, o AKC recomenda algumas práticas:
- Carinhos direcionados: muitos cães adoram quando coçamos atrás das orelhas, nas costas ou na barriga.
- Tempo de qualidade: brincar de buscar, esconde-esconde ou até mesmo treinar novos truques usando reforço positivo é uma maneira de fortalecer o vínculo.
- Contato respeitoso: em vez de abraçar, encoste levemente a cabeça no ombro dele ou sente-se perto, oferecendo sua presença como forma de companhia.
Esses pequenos gestos falam a “linguagem” dos cães e permitem que eles se sintam amados de um jeito que realmente entendem.
Quando ensinar a receber abraços pode ser importante
Embora o abraço não seja o gesto mais natural para os cães, ensiná-los a tolerar abraços pode ser útil em algumas situações, por exemplo:
- Em visitas ao veterinário
- No convívio com crianças, que muitas vezes não resistem em apertar um cachorro fofinho
É possível acostumar o cão com técnicas de dessensibilização e reforço positivo, como associar o abraço a algo positivo, como petiscos ou brinquedos.
Isso não significa que ele passará a amar ser abraçado, mas aprenderá a suportar esse tipo de interação sem se sentir ameaçado.
Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.
