Brasileira acolhe cachorrinha de rua na Turquia e fica triste ao saber o que acontecia com ela

Samantha é uma brasileira que vive na Turquia e, há poucos dias, encontrou no meio da rua um verdadeiro tesouro.

Esse tesouro é mais do que uma joia: é um presente da vida, capaz de transformar dias comuns em momentos de pura alegria.

Agora, você consegue imaginar que tesouro é esse, não é? Se pensou em uma cachorrinha, acertou!

O resgate

Após um dia de trabalho, Samantha e seu namorado voltavam para casa quando se depararam, na rua, com uma vira-latinha que, segundo ela, lembrava muito sua cachorrinha Arya, da raça pastor alemão, só que em uma versão miniatura.

De longe, antes mesmo de perceber que era uma cachorrinha, Samantha contou que não conseguia distinguir se era um gato ou um cão, de tão pequenininha que a filhote parecia ser.

Foi então que, tomada por instinto, estacionou o carro para se aproximar da pequena e descobrir de perto quem era aquele ser tão frágil e indefeso à beira da rua.

Após o resgate, o casal levou a cachorrinha para uma consulta veterinária, a fim de verificar se ela não tinha um microchip.

O microchip é um pequeno dispositivo eletrônico, do tamanho de um grão de arroz, implantado sob a pele do animal, geralmente na região do pescoço.

Ele contém um código de identificação único, que pode ser lido por um aparelho específico em clínicas e hospitais veterinários. Esse código é vinculado a um banco de dados com informações do tutor, como nome, telefone e endereço.

Assim, caso o animal se perca ou seja resgatado, é possível localizar rapidamente a família e garantir o retorno para casa com segurança.

Só que essa vira-latinha não tinha microchip. Por isso, a veterinária prescreveu alguns antiparasitários para garantir sua saúde e também tirou uma foto da filhote para compartilhar nas redes sociais, com o objetivo de tentar encontrar um possível tutor ou até mesmo abrir caminho para uma futura adoção.

Movida pelo coração, Samantha decidiu junto com o namorado se tornar o lar temporário da vira-latinha, oferecendo cuidados, carinho e a chance de recomeçar em um ambiente seguro.

Em casa, a cachorrinha tomou um banho que tirou toda a sujeira e, principalmente, trouxe de volta o brilho do seu pelo e o conforto de se sentir limpa e acolhida.

Durante o processo, Samantha ficou admirada com o quanto essa lindinha é tranquila: não morde, não rosna e aceita o cuidado com uma doçura que conquista de imediato..

"Ela é um anjinho de quatro patas", declarou Samantha.

Assista:

Dura verdade

Samantha contou que os turcos são muito amigáveis com os animais, demonstrando carinho e respeito sempre que encontram um pet pelas ruas, oferecendo água, comida e até abrigo improvisado para que nenhum fique desamparado.

Essa compaixão tem raízes: a tradição islâmica e a herança otomana reforçam o respeito pelos animais, com registros de mesquitas que nunca expulsaram gatos e fundações que cuidavam de bichos nas eras passadas.

Hoje, voluntários, ONGs e comunidades se organizam para castrar, vacinar e cuidar dos animais de rua, mantendo uma convivência harmoniosa com a população urbana.

Essa cultura faz parte do cotidiano: os animais são vistos como pertencentes à cidade, muitas vezes superiores até às construções históricas como parte da identidade local.

Mas, infelizmente, como em todo lugar, sempre há pessoas que não compartilham do mesmo respeito e cuidado, deixando claro que ainda existe muito a ser feito para garantir a proteção e o bem-estar dos animais.

E essa cachorrinha que Samantha resgatou faz parte da minoria dos animais maltratados na Turquia.

No mesmo dia, após a repercussão do post, o namorado de Samantha recebeu uma mensagem informando que, na casa onde ela vivia, sofria maus-tratos. Foi por isso que acabou fugindo, vagando por cerca de três dias no bairro onde o casal mora.

A notícia trouxe tristeza ao revelar o sofrimento que ela viveu, mas também alívio por saber que a pet conseguiu fugir a tempo e encontrou no caminho a chance de recomeçar.

Agora, essa lindinha tem se familiarizado com Arya, que pacientemente vem conquistando sua confiança dia após dia, mostrando com gestos de calma e carinho que ela finalmente está em um lar seguro.

E se depender de Arya, Samantha e seu namorado não terão outra escolha a não ser adotá-la de vez.

Assista:

Recomeço

A cada dia, a cachorrinha tem se familiarizado com sua família temporária. Antes, passava boa parte do tempo encolhida em um canto, mas agora já começa a explorar a casa, buscar carinho e mostrar sinais de confiança que revelam sua vontade de recomeçar.

Arya, por sua vez, se esforça ao máximo para que a vira-latinha se sinta confortável, aproximando-se com calma, dividindo espaços e mostrando, com paciência, que ali não existe ameaça, apenas amor.

Quando Arya age assim, existe uma explicação no comportamento social canino. Cães mais experientes como ela naturalmente auxiliam os recém-chegados a se ajustarem ao ambiente familiar. Esse processo acontece aos poucos, com linguagem corporal suave, aproximações cuidadosas e respeito ao ritmo do mais tímido.

Segundo a especialista Victoria Schade, da PetMD, uma introdução lenta e planejada, com caminhadas paralelas, apresentações controladas e reforços positivos, aumenta muito as chances de uma convivência harmoniosa e de confiança entre os dois cães.

Além disso, o senso de hierarquia e de afeto fraternal é fortalecido quando o cão residente demonstra tolerância, compartilha espaços e transmite segurança. Esse tipo de convivência ajuda o cão recém-chegado a se sentir parte da matilha, de forma segura e gradual.

Bom, acho que tudo o que Arya quer é uma amiguinha, e parece que encontrou nessa vira-latinha, que Samantha ainda não colocou nome, a companhia perfeita para dividir carinho, brincadeiras e uma nova história.

Confira:

Essa vira-latinha é muito fofinha e a Arya também, né?

Bom, se Samantha decidir adotar ou não essa lindinha, uma coisa é certa: ela já ganhou uma chance de recomeçar e provou que amor e cuidado podem transformar qualquer história.

Você também pode mudar a vida de um animal. Nem sempre é preciso muito: um gesto simples como oferecer água, comida ou um abrigo temporário já pode transformar a realidade de quem vive nas ruas.

E, se for possível, abrir as portas da sua casa por meio da adoção responsável significa dar a um cão ou gato a chance de ter amor, segurança e uma família. Cada atitude conta!