‘Coroa crossfiteira’: Cachorrinha idosa ‘mostra’ como sobe as escadas e internautas ficam apaixonados

Ela tem o focinho branco, três dentes na boca e alguns problemas de saúde decorrentes da idade avançada. Mas o que Betânia, de 13 anos, definitivamente não tem é medo de encarar um desafio.

Recentemente, a cachorrinha idosa deixou os internautas caindo de amores após a tutora, Sandy, mostrar como ela sobe as escadas. E olha que Sandy, de Blumenau (SC), trabalha com casamentos.

Betânia e os degraus

Em frente às escadas, Betânia tira um momento para avaliar a missão. Para um humano, são apenas quatro degraus. Para ela, é o dobro da altura.

Mas Betânia não hesita. Altura, para essa cachorrinha destemida, é apenas uma palavra.

"Desde que está comigo, ela tenta subir em lugares bem mais altos que poderia... já chegamos a pegá-la em cima da mesa há algum tempo (e ela é MUITO pequena)", contou a tutora, ao Amo Meu Pet.

E, para enfrentar a montanha, a cachorrinha tem a melhor técnica.

"Betânia mantém o padrão de primeiro analisar a altura, andar de ré para pegar a distância necessária e correr para subir", conta Sandy.

Olha só:

“Tá pensando o quê? Ela é uma coroa crossfiteira”, brincou uma internauta nos comentários.

“Ela dando ré pra dar impulso. Perfeita!”, comentou outra.

“Sacanagem um vídeo de 5 horas, hein?”, brincou mais uma pessoa, insinuando que não conseguia parar de assistir.

Não é por menos que o vídeo atingiu mais de 692 mil visualizações.

“Jamais imaginei que o vídeo fosse viralizar. Mas fico feliz que esteja servindo de ‘inspiração’ para os sedentários”, brinca a tutora. “E também para trazer leveza e diversão para o dia de muitas pessoas”.

De abandonada a ‘coroa crossfiteira’

Betânia tem cerca de 13 anos. Mas, talvez, ela seja ainda mais velha, já que foi resgatada há nove anos e seu passado é incerto.

“Ela estava andando entre os carros, com muito medo, super magra. Então minha mãe viu e parou o trânsito para conseguir pegá-la”, lembra.

No dia seguinte, Sandy levou a cachorrinha ao veterinário e, felizmente, agiu no momento certo.

“Ela estava com muitos problemas de saúde: tinha piometra [infecção grave no útero] e precisava ser operada urgente, precisou extrair dente que estava completamente infeccionado, tratar inflamação nos ouvidos…”, lembra.

Além de tudo, os indícios só mostravam que ela era, provavelmente, uma matriz descartada por algum canil clandestino. Mas sua vida mudou a partir daquele momento.

“Desde então, ela se tornou meu grande amor, minha sombra, e eu me tornei o Mundo pra ela”, conta.

Embora tenha o famoso ‘temperamento de pinscher’, Betânia ama sua família e demonstra a maior gratidão: “Comigo ela sempre foi o mais puro amor e doçura”.

Hoje, ela enfrenta algumas condições pela idade, como problemas cardíacos, surdez, apenas três dentinhos restantes e dificuldades na perninha.

Mas nada disso a impede de viver de forma ativa e feliz.

“A Betânia está totalmente surda e entende os sinais que fazemos. Tem problema na patela, mas está bem melhor devido ao seu ótimo condicionamento físico. E ela, sempre determinada, não desiste de correr pra tentar ‘atacar’ quem passa na rua.”

E, como uma boa senhora, Betânia tem suas manias. Em outro vídeo, a tutora mostrou os barulhinhos que a cadela faz na hora de comer:

Sandy diz que está muito feliz com todo o carinho que a cachorrinha está recebendo nas redes.

“Ela é meu amor, minha paz, minha alegria diária, e faço até o impossível pra vê-la bem. Peço à Deus que sua vida seja ainda muito longa e com muita saúde, pois ela merece ter essa vida de princesa muito tempo ainda, pra compensar todo o tempo que sofreu antes de chegar até mim.”

Quando um cão se torna idoso?

De acordo com o American Kennel Club (AKC), cães de porte gigante podem ser considerados idosos a partir dos 6 ou 7 anos, enquanto raças pequenas só chegam à “terceira idade” entre os 10 e 12 anos.

Isso significa que cada pet tem seu tempo, mas todos precisam de cuidados especiais nessa fase da vida.

Como cuidar de um cão idoso

Assim como os humanos, cães mais velhos podem apresentar rigidez nas articulações, sensibilidade a temperaturas extremas e até mudanças no comportamento. Veja algumas recomendações do AKC para manter a qualidade de vida dos nossos velhinhos de quatro patas:

• Forneça locais confortáveis para descanso: camas macias espalhadas pela casa ajudam a aliviar dores nas articulações e evitam que eles precisem pular em móveis altos.

• Mantenha o pet ativo: passeios mais curtos, mas frequentes, ajudam a manter músculos e articulações em movimento, além de estimular a mente.

• Facilite o acesso: rampas e escadinhas podem ser úteis para ajudar cães idosos a subir em sofás, camas ou entrar no carro.

• Atenção às temperaturas: pets idosos sentem mais frio e calor. No verão, ventiladores e ar-condicionado. No inverno, ofereça mantas e roupinhas.

• Adapte a alimentação: cães idosos podem engordar com facilidade ou perder massa muscular. O ideal é conversar com o veterinário para ajustar a dieta.

• Consultas frequentes: exames de rotina são essenciais para identificar precocemente problemas cardíacos, renais ou articulares.