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Mulher encontra filhote de esquilo no quintal e tem final feliz ao deixá-lo para a mãe

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em Proteção Animal

Kim, uma moradora de White Oak, nos Estados Unidos, viveu um momento emocionante ao encontrar um filhote de esquilo minúsculo em seu quintal.

O bebê, ainda rosado e sem pelos, parecia tão frágil que seus olhos sequer estavam abertos. Sozinho no chão, ele claramente precisava de ajuda, mas não da forma que muita gente poderia imaginar.

Um balde, uma árvore e uma esperança

Kim sabia que a melhor chance de sobrevivência daquele filhotinho era voltar para a mãe.

Então, sem perder tempo, improvisou um “berçário”. Ela colocou o bebê dentro de um balde, prendeu o balde no alto da árvore onde ficava o ninho e, em seguida, entrou em contato com o WEST Wildlife Rehab (WWR), uma organização de resgate da região.

Os especialistas do centro de reabilitação elogiaram a atitude rápida de Kim, mas ainda havia uma preocupação: o bebê esquilo poderia estar frio demais.

Como explicou a equipe no Facebook, filhotes tão jovens não conseguem controlar a própria temperatura corporal e, quando estão gelados, as mães geralmente não os recolhem.

Para ajudar, os socorristas sugeriram que Kim aquecesse uma meia cheia de arroz no micro-ondas e a colocasse ao lado do filhote.

Ela correu para preparar a meia, mas, quando voltou ao quintal, foi recebida com a melhor das surpresas: a mãe esquilo já tinha levado o bebê de volta ao ninho.

“Essa história teve o final perfeito”, comemorou a equipe do WWR nas redes sociais.

Resgate certeiro

Segundo os especialistas, muitas vezes os filhotes de esquilo caem do ninho por acidente. O vento, um galho instável ou até uma mudança feita pela própria mãe pode provocar a queda.

Quando isso acontece, a maioria das mães continua por perto, pronta para resgatar o bebê assim que for seguro.

O grande equívoco está em pensar que os filhotes precisam ser retirados imediatamente da natureza. Na realidade, se estão saudáveis e não apresentam ferimentos, a melhor ação é tentar devolvê-los ao alcance da mãe, exatamente como fez Kim.

O mito do “cheiro humano”

Uma das lendas mais comuns nesse tipo de situação é a ideia de que, se um humano tocar no filhote, a mãe irá rejeitá-lo por causa do cheiro. Esse mito, embora popular, não tem fundamento científico.

De acordo com a organização NC Claws, especializada em vida selvagem, tanto aves quanto mamíferos não abandonam seus filhotes só porque foram tocados por pessoas.

A maioria das aves, por exemplo, nem sequer tem olfato desenvolvido.

Já os mamíferos podem estranhar o cheiro no início, mas o instinto materno é muito mais forte. No máximo, a mãe dará um “banho” no bebê antes de levá-lo de volta.

Ou seja: se encontrar um filhote, você pode manuseá-lo com cuidado para colocá-lo em segurança, sem medo de que isso afaste a mãe.

O que fazer ao encontrar filhotes de animais silvestres

Embora a vontade de ajudar seja enorme, especialistas alertam que nem todo “resgate” é necessário.

Muitas vezes, o melhor é observar à distância e dar uma chance para que a mãe retorne.

Segundo a NC Claws, essas são algumas orientações importantes:

  • Não ofereça comida ou água: isso pode ser prejudicial para o bebê, principalmente se ele estiver fraco ou em hipotermia.
  • Mantenha o filhote aquecido e em segurança: se realmente precisar manuseá-lo, coloque-o em uma caixa forrada com tecido macio, com uma meia cheia de arroz aquecido, longe de animais de estimação e crianças.
  • Observe de longe: a mãe pode estar por perto, mas não se aproximará se houver movimento humano constante.
  • Faça ninhos improvisados quando necessário: como Kim fez com o balde, às vezes basta colocar o filhote em um local elevado e seguro para que a mãe consiga encontrá-lo.
  • Procure um reabilitador licenciado: se o filhote estiver ferido, muito frio, apático ou se a mãe não retornar após algumas horas, é hora de acionar um profissional capacitado.

Às vezes, a melhor forma de ajudar é justamente confiar no instinto da natureza e apenas dar uma ajudinha para que mãe e bebê possam se reencontrar.

Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.