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Tutora comemora bagunça que cachorrinha deixou na casa após período de internação: “Prefiro passar por isso mil vezes”

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em Cães

Somente quem já viu seu pet doente entende o quanto pode ser gratificante encontrar um calçado destruído, rolos de papel higiênico picados no chão e o sofá com mais um pedaço “reformado” pelos dentes de um cãozinho.

Para a Júlia, tutora da cachorrinha Paçoca, cada bagunça é mais uma lembrança de que sua cachorrinha venceu uma batalha pela vida.

Arteira desde sempre

Paçoca, hoje com 11 meses, chegou à vida de Júlia no fim do ano passado. Era a única fêmea da ninhada e, desde cedo, mostrou a que veio:

“Ela já comeu muuuuuitos sapatos, meias, nosso sofá, paredes e até o guarda-roupa”, contou a tutora ao Amo Meu Pet.

Com tanta energia, Paçoca passa o dia brincando dentro de casa com sua “mana”, a Pipoca. A vida parecia seguir no ritmo animado de sempre, até que, em julho, tudo mudou.

O susto da parvovirose

Júlia e a família tinham demorado para vacinar Paçoca, já que acreditavam que, por a levarem apenas no colo quando saía de casa, o risco de contaminação era baixo. Mas a realidade mostrou que o perigo estava mais perto do que imaginavam.

“Ela começou a apresentar alguns sinais de parvovirose e lá a médica me explicou que mesmo não tendo contato com a rua, nós podemos trazer esse vírus na sola do sapato”, contou Júlia.

Paçoca precisou ficar cinco dias internada, recebendo alimentação por sonda. Mas nem mesmo a doença foi capaz de diminuir seu espírito arteiro:

“Mesmo doente eles precisaram colocar cone, pois ela estava roendo todos os acessos e continuava brincando sozinha lá dentro”, disse a tutora.

A boa notícia é que, após o susto, a cadelinha se recuperou e iniciou corretamente o protocolo de vacinação.

“Hoje em dia ela já está 100%, até já estragou mais um pouco do sofá”, brincou Júlia.

Bagunça que virou alívio

No vídeo que publicou no TikTok (@juliaffaber), Júlia mostrou a bagunça que encontrou em casa um mês após a alta de Paçoca e, em seguida, imagens da cadelinha internada. O contraste emocionou milhares de pessoas.

“Eu acabei de descobrir que prefiro passar por isso mil vezes do que te ver assim mais uma vez”, dizia o texto sobre as cenas.

Na legenda, Júlia reforçou: “Ela tava de cone pq comeu todos os acessos na internação”.

O vídeo viralizou, alcançando mais de 587 mil visualizações e 91 mil curtidas. Nos comentários, internautas compartilharam histórias parecidas e deixaram mensagens cheias de empatia.

“Quanto mais bagunceiros eles são, mais saudáveis eles estão”, comentou um usuário. Outro completou: “A minha tá com uma saúde perfeita então kkkk”.

Entre os comentários, muitos foram tocantes:

“Minha cachorra foi atropelada com menos de um ano, lembro que não queria limpar a casa direito quando ela estava internada pra não acabar os pelos dela pela casa”, relatou Beatriz que costumava se estressar com os pelos. “No final, o que a gente realmente quer é isso, é a presença deles, vivos, saudáveis, levados e felizes.”
“O meu acabou de comer a perna de mais um óculos meu… Sem estresse, prefiro pagar mil consertos do meu óculos do que viver sem meu arteiro”, disse outra pessoa.
“Meu salsichinha teve um probleminha na coluna e passou uns dias dopado. Eu sentia tanta falta da bagunça. Hoje, graças a Deus, ele está saudável e cada travessura é um alívio”, relatou mais um.

E talvez essa seja a maior lição da história: às vezes, a bagunça não é problema, mas sim o sinal mais bonito de saúde e vida dentro de casa.

Entenda a parvovirose e por que a vacinação é vital

De acordo com a médica-veterinária Ellen Malmanger (PetMD), a parvovirose é uma das doenças mais graves que podem atingir cães, especialmente os filhotes e adolescentes sem vacinação completa.

O vírus ataca principalmente o trato intestinal e a medula óssea, levando a sintomas como:

  • letargia
  • falta de apetite
  • febre
  • dor abdominal
  • vômito
  • diarreia

A transmissão acontece pelo contato com fezes contaminadas, mas também pode ocorrer por meio de objetos, roupas, calçados e até pelas patas de outro animal.

O vírus é extremamente resistente no ambiente e pode sobreviver por meses, o que explica como Paçoca se infectou mesmo sem pisar na rua.

O tratamento envolve internação, hidratação, medicamentos para controlar vômitos e antibióticos em casos graves. Com cuidados intensivos, a taxa de sobrevivência pode chegar a 95%.

Mas a melhor forma de proteger é simples: vacinação. A primeira dose deve ser aplicada a partir das seis semanas de idade, com reforços a cada três semanas até cerca de 16 semanas.

Depois, as doses de reforço anuais ou conforme orientação veterinária.

Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.