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Gata micro sobrevive e forma amizade linda com gatinha que perdeu os olhinhos

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em Gatos

Quem vê Mouse e Coraline hoje, brincando juntas, não imagina o quanto essas duas gatinhas tiveram que superar para chegar até aqui.

Uma nasceu tão pequena que parecia um brinquedo de pelúcia e a outra perdeu os olhos e precisou aprender a enxergar o mundo de outras formas.

Histórias diferentes, mas que se cruzaram para formar uma amizade linda.

Uma micro gatinha com atitude de gigante

No ano passado, Erin Moore, lar temporário de felinos nos Estados Unidos, recebeu em casa a menor gatinha que já tinha visto.

Com apenas 8 semanas, Mouse tinha o tamanho de um filhote de 3 semanas. Ela tinha quase o tamanho de um carregador e pesava menos do que metade de uma garrafinha de água.

“Ela literalmente cabia na palma da sua mão”, contou Moore ao The Dodo. “Apesar da estatura, veio carregada de ousadia e atitude de adolescente.”

O tamanho minúsculo preocupava. Muitos diziam que a pequena não passaria dos 6 meses de vida. Mas Moore não desistiu. Ela estava determinada a dar à gatinha toda a chance possível de crescer forte.

Coraline, a gatinha sem olhinhos

Enquanto cuidava de Mouse, Moore acolheu outra filhote em necessidade: Coraline. A gatinha teve os olhos rompidos e precisou passar por cirurgia para removê-los.

A recuperação não foi fácil, mas Coraline logo mostrou que não tinha perdido a vontade de explorar.

“Era como se ela soubesse que tinha uma vida para viver que seria melhor e maior do que a vida que ela tinha com os olhos”, explicou Moore.

Coraline se guiava pelo olfato, tato e audição, e pouco a pouco foi redescobrindo a casa.

Amizade que mudou a forma de ver o mundo

Foi nesse ponto que as histórias se cruzaram. Mouse, a micro gatinha cheia de coragem, começou a guiar Coraline nos novos desafios.

“Ela a levou até uma janela aberta para que Coraline pudesse sentir o cheiro lá fora”, disse Moore, emocionada.

Coraline, por sua vez, não demorou a ganhar confiança. Subia escadas, corria pelos corredores e até pulava em superfícies altas. Já Mouse, ao assumir o papel de guia, ganhou também segurança para se desenvolver e crescer saudável.

A conexão entre elas foi tão especial que Moore não teve dúvidas: decidiu adotar as duas.

Veja o vídeo:

Hoje, mais de um ano depois, elas são adultas, cheias de energia e continuam cuidando uma da outra. Passam os dias se limpando, brincando de briga e, claro, dividindo longas sonecas.

“Mesmo não sendo da mesma ninhada, não tendo o mesmo histórico de deficiências, elas se entendem”, disse Moore.

Quando a deficiência não limita

Outro caso emocionante é o de Stevie Wonder, o gato cego resgatado em Mato Grosso pela protetora Adriana Bottan.

Stevie também precisou se reinventar para viver plenamente. Apesar de não enxergar, ele desenvolveu um “mapa mental” da casa e hoje sobe em móveis, corre com os outros gatos e até se equilibra em árvores.

Em um dos vídeos mais marcantes, Stevie aparece descansando em uma rede suspensa e, com calma e precisão, desce sozinho pelo tronco até tocar o chão, uma cena que encantou os seguidores do perfil @topfelindos.

Assim como Coraline, Stevie mostra que deficiência não é sinônimo de limitação. Com amor, adaptação e estímulo, gatos cegos podem ter uma vida tão cheia quanto qualquer outro.

Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.