Cachorrinho lança olhar triste após sentir falta das crianças depois que elas começaram a escola
Por Ana Carolina Câmara em CãesJéssica Yara Brambilla, que vive em Santa Catarina, é mãe de Maria Laura e Vinicius, duas crianças lindas e cheias de energia.
Além disso, é tutora de três companheiros de quatro patas: Chica, Pipoca e Gustavo Augusto, cães alegres e sempre prontos para brincar.
O quinteto adora transformar qualquer momento em pura diversão. As crianças correm pelo quintal inventando novas brincadeiras, enquanto os cães acompanham com suas travessuras, rabinhos abanando e muitos lambeijos carinhosos.
É impossível não sorrir diante dessa energia contagiante!
Mas nem só de correria vivem. Há momentos de calma em que todos gostam de estar juntinhos no sofá, dividindo silêncio, afeto e a simples alegria de estar em família.
Maria, em especial, ama ficar deitadinha com os pets, recebendo todo o carinho deles, como se cada abraço fosse uma forma de dizer que aquele laço é único e eterno.
Assista:
Arisco sim, mas vencido pelo amor
Quem os vê assim tão juntinhos nem imagina que, no começo, havia um que não gostava de aproximação: esse era o Gustavo Augusto. Antes arisco e reservado, ele precisou de tempo para confiar, mas hoje se entrega ao carinho da família e adora estar por perto.
A história de Gustavo Augusto começou de forma difícil. Ele foi resgatado das ruas junto de sua mamãe por um abrigo de animais local.
Ainda filhote, já carregava as marcas do abandono: medo constante, desconfiança e a necessidade de se defender a qualquer custo.
Por isso, mesmo tão pequeno, reagia tentando morder quem se aproximava. Era a forma que encontrava de se proteger de um mundo que até então só lhe havia mostrado rejeição.
Hoje, com um ano e sete meses, sua vida é completamente diferente. Quando Jéssica decidiu adotá-lo, sabia que não seria fácil. Mas também sabia que com amor, paciência e dedicação, poderia transformar a realidade daquele cãozinho.
E assim aconteceu. Com o tempo, Gustavo Augusto aprendeu que não havia mais motivo para medo. Descobriu o aconchego de um lar, o carinho das crianças e a alegria de ter irmãos caninos para brincar.
"Meus filhos passaram por longos meses sem encostar nele, respeitando seu espaço", contou Jéssica.
Agora, ele é um cachorro feliz, que ama estar no sofá ao lado de Maria Laura, Vinicius, Chica e Pipoca. Sua transformação é a prova de que, com cuidado e afeto, até os corações mais machucados podem voltar a confiar e a amar.
"Aos poucos ele foi confiando, se chegando, pedindo carinho, e fizemos tudo com muito cuidado e respeito!"
Respeitar o espaço do cão durante o período de adaptação é fundamental para que ele se sinta seguro e confiante em um novo lar.
Quando um cão recém-chegado ou resgatado é pressionado, invadido ou estimulado em excesso antes de estar preparado, pode reagir com medo, agressividade ou recuo.
Segundo a PetLove, cães que têm seu espaço pessoal invadido podem desenvolver comportamentos ansiosos ou agressivos tanto na presença de outros cães quanto em relação às pessoas.
Dar ao cão áreas próprias para dormir, comer e descansar, além de permitir que ele se aproxime no próprio ritmo, ajuda a construir confiança. Também é recomendado usar reforço positivo — recompensando comportamentos calmos — em vez de punições ou pressões.
Ou seja: abraçar essa ideia de respeito não é luxo, é necessidade. Permitir que o cão descubra aos poucos o ambiente em seu tempo, oferecendo escolhas e evitando forçá-lo, contribui para que ele associe o novo lar à segurança. É dessa confiança construída, degrau por degrau, que nasce a convivência harmoniosa e o vínculo de amor verdadeiro.
"E caminhamos assim, ele é um cão MUITO bonzinho e amável hoje em dia pq ele aprendeu que nós o amamos e respeitamos ele, e que NUNCA faremos mal a ele!"
Veja no vídeo abaixo o chamego de Gustavo Augusto com Vinicius.
Jéssica compartilhou esse vídeo em seu perfil do Instagram, @jehbrambilla. Ao assisti-lo, uma internauta deixou um comentário emocionante:
"Você teve muito amor no coração ao adotar um cãozinho reativo, mesmo tendo crianças em casa. Isso prova que nada impediu você de dar uma chance para o Gu. Seus filhos aprenderam a ser amáveis como você. Animais também sentem traumas como nós, mas quando recebem amor entendem onde está o bem."
Comovida, Jéssica respondeu:
"Foi muito difícil, não vou negar! Mas desistir não estava nos meus planos. Aprendemos todos juntos! E hoje o Gus é esse lorde lindo."
Quando a paciência encontra o carinho, o amor sempre vence
A família de Jéssica teve a paciência e o amor de conquistar a confiança de Gustavo. O vira-latinha, antes arisco, se entregou ao afeto e se apegou de forma especial às crianças.
Durante as férias escolares de verão, viveram momentos de brincadeiras, corridas e abraços que encheram a casa de alegria.
Mas quando Maria Laura e Vinicius voltaram para a escola, Gustavo sentiu a ausência: ficou cabisbaixo, carente, esperando por eles.
Um sinal claro de que o coração daquele cãozinho, antes marcado pelo medo, agora pulsa com um amor profundo e verdadeiro pela família que nunca mais o deixará sozinho.
Jéssica registrou o vira-latinha sentado no sofá, no cantinho onde sempre fica grudado nas crianças e nos irmãos caninos. Mas, dessa vez, o olhar era outro: carinha triste, perdido, revelando a falta que sentia dos pequenos.
Assista:
E não é à toa. Segundo a National Library of Medicine (PMC), cães podem sentir saudade e até manifestar sinais parecidos com o luto quando se separam de quem amam. Apatia, mudança no apetite e ansiedade de separação são alguns dos indícios de que seus laços afetivos são fortes e que a ausência de alguém especial afeta diretamente seu bem-estar.
Sem dúvida, os sinais de Gustavo mostravam que ele estava triste sem as crianças, pois agora com quem ele passaria o dia?
Acostumado às brincadeiras, ao carinho e à presença constante delas, o vira-latinha sentia no coração a ausência dos companheiros.
Jéssica compartilhou o vídeo em seu perfil do TikTok, >@jehbrambilla, e rapidamente ele acumulou milhares de visualizações e comentários divertidos.
Entre as reações, internautas escreveram:
"Ele te culpando por mandar os humanos favoritos dele pra escola."
"Menina, aqui aconteceu a mesma coisa! O meu ficava indo na cama e voltava tipo resmungando."
"A cara de: ‘Márcia, como você pode mandar meus chaveirinhos pra escola?’ kkkkk"
Querido do Gustavo Augusto, deve estar torcendo para que chegue logo o fim do ano e, com ele, as férias escolares, para voltar a passar os dias inteiros ao lado de seus humanos favoritos.
E você, já percebeu como seu pet reage quando sente falta da família?
Redatora e apresentadora do Canal Amo Meu Pet.
Com formação em Design de Produtos e especialização em Design de Interiores pela Universidade de Passo Fundo, a Ana encontrou sua verdadeira paixão ao unir criatividade, comunicação e o amor pelos animais.
Apaixonada por contar histórias que tocam o coração, ela estudou Escrita Criativa com o escritor Samer Agi e participa do programa JournalismAI Discovery, organizado pela Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres e a Iniciativa de Notícias do Google, buscando se aprofundar no universo digital.
Hoje, dedica-se a produção de conteúdos que informam, emocionam, conscientizam e arrancam sorrisos.