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Senhora entra apressada no carro após 'subtrair' cachorrinho mal cuidado e levar ele pra casa

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em Proteção Animal

Ano passado, Thayná Mendes e sua mãe, dona Ocileide, estavam trabalhando em mais um dia comum na feira. Mas bastou a mãe se afastar da feira por alguns minutos para que o destino colocasse uma nova vida no caminho das duas.

“Ela foi lá na minha banca e avisou que, quando a gente voltasse, se a cachorrinha ainda estivesse amarrada, ela ia levar”, contou Thayná ao Amo Meu Pet.

A cachorrinha era apenas uma filhote magrinha, com o pelo sujo e bagunçado, amarrada num canto, como se tivesse sido esquecida.

Uma vizinha, com boa intenção, havia deixado um potinho de água e um pouco de comida. Mas estava claro que aquilo não bastava. Ela precisava de algo que não se compra: amor e cuidado.

E dona Ocileide não pensou duas vezes. Quando o expediente acabou, as duas voltaram de carro e viram que a filhote continuava no mesmo lugar, amarrada.

Foi então que a senhora desceu apressada, pegou a cachorrinha no colo e entrou no carro, o coração acelerado e a consciência tranquila.

Antes de ir embora, ainda voltou para avisar à vizinha que estava levando o animal, afinal, o gesto, embora parecesse “um roubo”, era um ato de resgate. Assim, nasceu uma nova história para a cachorrinha, agora batizada de Magali.

Veja como a cachorrinha ficou logo que chegou:

O vídeo do momento, publicado no TikTok (@meusfilhos2), viralizou com mais de 331 mil visualizações e milhares de curtidas e comentários emocionados.

“Que vire moda ajudar os animais a terem uma vida boa!”, escreveu uma internauta.
“Ela não a roubou, resgatou! Estava abandonada à própria sorte”, comentou outra.
“Senhora, nós te amamos!”, disse alguém.
“Nós amamos você, Sra. Rouba Peludos”, brincou outro seguidor.
“Os melhores roubos da história!”, resumiu um comentário.

Veja o vídeo:

Hoje, Magali vive bem, saudável e cercada de amor. A pelagem voltou a brilhar, o olhar é sereno e a vida ao lado de dona Ocileide e Thayná é repleta de brincadeiras e carinho.

Como identificar sinais de maus-tratos

Segundo veterinários ouvidos pelo portal Metrópoles, entender e identificar maus-tratos em animais pode ser um desafio, especialmente quando o sofrimento não é físico, mas emocional.

O veterinário e professor do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Bruno Alvarenga, explica que o bem-estar dos pets depende de cinco pilares:

  • Estar livre de fome e sede.
  • Estar livre de desconforto.
  • Estar livre de dor e doenças.
  • Ter liberdade para expressar comportamento natural.
  • Estar livre de medo e angústia.

Entre os sinais físicos mais comuns estão: emagrecimento extremo, feridas abertas, presença de parasitas (como pulgas e carrapatos), dificuldade para andar e sujeira excessiva no corpo ou no local onde o animal vive.

Já os sinais comportamentais incluem medo exagerado, fugas ao menor movimento, urina por estresse e agressividade repentina.

Animais que passaram por maus-tratos a longo prazo podem ter sequelas físicas e emocionais duradouras, como explica Alvarenga.

Há ainda os maus-tratos sutis, muitas vezes cometidos sem intenção: deixar o pet exposto ao frio ou calor extremo, alimentá-lo de forma inadequada, ou mesmo mantê-lo isolado por longos períodos.

O resgate responsável requer recursos, tempo e espaço para garantir o conforto do animal, alerta o veterinário.

Como agir e denunciar

Se alguém se deparar com um animal sofrendo maus-tratos, a orientação é não se calar. O primeiro passo é tentar conversar com o tutor. Muitas vezes, a situação pode ser resolvida com diálogo e orientação.

Mas, se houver risco imediato ou resistência, o ideal é acionar as autoridades. A denúncia pode ser feita de forma anônima e há vários canais oficiais de atendimento:

  • Linha Verde do Ibama: 0800 61-8080 ou linhaverde.sede@ibama.gov.br (para animais silvestres).
  • Ministério Público: denúncias on-line pelo site do MP ou nas ouvidorias estaduais.
  • Polícia Militar: ligue 190 em casos urgentes.
  • Disque Denúncia: número varia por estado e aceita denúncias anônimas.
  • Delegacias de Polícia: é possível registrar boletim de ocorrência presencialmente ou pela internet, dependendo da região.

Em 2023, o Distrito Federal criou a Delegacia de Repressão aos Crimes contra os Animais, onde as denúncias podem ser feitas presencialmente ou on-line.

Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.