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Resgatados em meio às cinzas de incêndio, Ana Castela e Zé Felipe caninos agora buscam por um lar

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em Proteção Animal

Em meio às cinzas de um incêndio que devastou um terreno baldio no Jardim Botânico, em Brasília, dois filhotes de cachorro foram resgatados. Agora, a dupla busca por um lar.

Tudo começou no dia 10 de outubro, quando um grande incêndio tomou conta de um terreno localizado na Avenida do Sol.

As chamas intensas destruíram completamente a área, e ninguém sabe ao certo se o fogo foi acidental ou criminoso.

Quatro dias depois, não havia mais nada naquele terreno, além das cinzas. Pelo menos, foi isso o que Agnes Naas pensou, até se aproximar do local.

“No meio daquele ambiente árido, avistei algo preto se mexendo, camuflado entre os restos queimados. Parei o carro, e, para minha surpresa, vi que era um filhote de cachorro, que veio em minha direção, seguido de um segundo filhote”, contou.

Sem pensar duas vezes, Agnes abriu a porta do carro e os dois entraram sem medo, como se já soubessem que estavam salvos.

“Naquele momento, eu comia um pedaço de pão com queijo, e um deles, faminto, pegou um pedaço sem que eu percebesse. Foi impossível não imaginar a fome e o desamparo que vinham enfrentando.”

De volta para casa, ela deu água, comida e um bom banho nos dois. Também aplicou vermífugo e antiparasitário.

Pouco tempo depois, os filhotes já estavam brincando com os filhos de Agnes, correndo pelo quintal. “Depois, adormeceram profundamente, como anjos”, conta.

No dia seguinte, uma veterinária foi até a casa e iniciou o protocolo de vacinas. Os dois tinham cerca de cinco meses e estavam saudáveis, apesar da magreza.

A fêmea, de corpo comprido e olhar doce, ganhou o nome de Ana Castela, uma “Basset Lata” que, segundo a filha de Agnes, parece “uma sereia sentada” quando descansa com a cauda de lado.

O macho, um SRD de personalidade forte e carisma imediato, foi batizado de Zé Felipe.

Os nomes, é claro, não foram escolhidos por acaso. Assim como os cantores sertanejos, os dois filhotes vivem a 'fase mais feliz de suas vidas'.

“Eles estão leves, estão incríveis. Quando se está feliz, tudo flui, e só resta agradecer a Deus por tudo que está acontecendo”, brinca Agnes, citando o próprio Zé Felipe.

Ana Castela e Zé Felipe caninos buscam um lar

Infelizmente, apesar do vínculo criado, Agnes não pode ficar com eles.

“Já tenho outros cães, e um deles, em especial, não aceita a presença de novos animais de forma alguma. Não seria justo colocá-los em risco”, explica.

Agora, ela busca famílias dispostas a abrir o coração para essa dupla encantadora.

“Tenho certeza de que Ana Castela e Zé Felipe encontrarão o palco definitivo de suas vidas, um lar cheio de amor, onde o show possa continuar.”

Se você for da região de Brasília e tem interesse em adotar essa dupla, entre em contato com Agnes pelo WhatsApp: (61) 99181-1310

Adotar irmãos: quando o amor vem em dobro

Adotar dois cães juntos pode parecer desafiador, mas os benefícios dessa escolha vão muito além da companhia duplicada.

Segundo o psicólogo animal britânico Dr. Roger Mugford, cães que crescem lado a lado costumam desenvolver um vínculo profundo, o que ajuda a reduzir a ansiedade de separação e o estresse.

“Eles oferecem companhia constante, aprendem a se comunicar entre si e ajudam um ao outro a lidar com novas situações. É uma forma natural de socialização e apoio emocional”, explica o especialista.

Além disso, o treinamento pode ser mais eficiente. Um aprende com o outro, e a presença do companheiro torna o processo mais leve e até divertido.

Em alguns casos, irmãos podem ficar tão unidos a ponto de desenvolver ansiedade de separação um do outro.

Por isso, o profissional recomenda dedicar tempo individual a cada filhote, para que ambos desenvolvam autonomia e confiança.

Outro ponto importante é o custo, já que dois cães significam o dobro de alimentação, vacinas e cuidados.

Mas, com organização e paciência, a recompensa vem em forma de amor e alegria multiplicados!

Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.