Tutor se desespera ao ver quem estava ameaçando suas cachorrinhas; pets resolveram 'não deixar quieto'

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em Cães

Em uma tarde ensolarada, tudo corria tranquilamente na fazenda do influenciador digital Douglas Hul, que vive na cidade de Prudentópolis, no Paraná.

Até que... Douglas começou a ouvir os latidos insistentes de suas duas cachorrinhas.

Intrigado, foi até a janela e, ao olhar para o quintal, levou um susto: o motivo de tanta agitação era um enorme lagarto que havia decidido aproveitar o dia lindo para tomar um solzinho bem no meio do gramado.

Lagartos adoram tomar sol, e isso é essencial para a sobrevivência deles. Como são animais de sangue frio (ou ectotérmicos), eles não conseguem regular a própria temperatura corporal internamente como os mamíferos.

Por isso, precisam se aquecer com o calor do ambiente, especialmente com a luz solar. Ficar ao sol ajuda o corpo do lagarto a atingir a temperatura ideal para se movimentar, caçar, digerir alimentos e se manter ativo.

Depois de um tempo tomando sol, quando já estão suficientemente aquecidos, eles costumam procurar sombra para evitar o superaquecimento, em um verdadeiro “equilíbrio térmico natural”.

Ver um lagarto estendido ao sol, como o que apareceu no quintal de Douglas, é algo totalmente natural. Ele provavelmente só aproveitava o calor do dia para se aquecer e recarregar as energias.

Completamente à vontade, o réptil observava o quintal com ar de quem mandava no lugar, enquanto as duas cachorrinhas, cheias de curiosidade, latiam sem parar, tentando entender quem era aquele visitante exótico que tinha invadido o território delas.

Como costuma compartilhar o dia a dia na fazenda com seus seguidores, Douglas não perdeu tempo. Correu para dentro de casa, pegou o celular e voltou rapidamente para registrar o visitante inesperado.

Mas, ao sair novamente, se deparou com uma cena que quase fez o coração pular pela boca.

O breve momento em que entrou em casa foi o suficiente para que as cachorrinhas escapassem para o quintal e, para o desespero dele, corressem direto em direção ao lagarto.

A atitude delas, embora perigosa, tem explicação. Quando um cão vê um animal pequeno se movendo rapidamente, entra em ação o chamado prey drive, um instinto natural de perseguir e capturar.

De acordo com a American Kennel Club (AKC), essa resposta faz parte do comportamento predatório de todas as raças e pode ser controlada ou redirecionada com treino, mas não eliminada. Já a PetMD explica que esse impulso é inato, e muitos cães, movidos pela curiosidade e energia, acabam reagindo antes de perceber o risco envolvido.

Foi exatamente o que aconteceu com as cadelinhas de Douglas. Curiosas e destemidas, avançaram sem entender o perigo que corriam. O influenciador, em pânico, só conseguiu gritar e correr para separá-las, temendo que o lagarto, acuado, reagisse para se defender.

Segundo a Encyclopaedia Britannica, quando se sentem ameaçados, esses répteis podem bater com a cauda, hissar ou até soltar parte dela para escapar.

Em meio à confusão, o lagarto se defendia com movimentos rápidos, enquanto as cachorrinhas latiam sem parar, cheias de coragem e sem noção do perigo.

Foram segundos de pura tensão até que Douglas conseguiu afastar as duas e garantir que ninguém saísse ferido - um susto e tanto, mas que terminou bem.

Repercutiu

Como o celular já estava com a câmera ligada para filmar o lagarto, Douglas acabou registrando todo o acontecido sem nem perceber.

O vídeo mostra o momento exato em que as cachorrinhas partem em direção ao réptil, os gritos desesperados do tutor e a correria para afastá-las antes que algo pior acontecesse.

No dia 14 de outubro, Douglas compartilhou as imagens em seu perfil no TikTok, @douglashul, e na legenda escreveu:

“Enquanto voltei pegar o celular para gravar o lagarto, as pinschers fugiram e foram pra cima dele. O desespero e o medo do teiú machucar elas tomou conta, mas no final os gritos fizeram elas abandonarem ele e saíram ilesas.”

A publicação rapidamente viralizou, ultrapassando 4,9 milhões de visualizações e gerando milhares de comentários.

“O lagarto indo embora dizendo: ‘meu Deus, que gritaria!’”, brincou um internauta.

Outro comentou: “Elas pensando: ‘ué, mas não era pra gente defender a casa?’”.

Houve também quem confessou ter ficado apreensivo: “Fiquei muito tensa, mas depois que vi que não teve feridos, relaxei e caí na gargalhada.”

Confira:

Apesar do tom leve, alguns usuários alertaram sobre o perigo da situação. Uma internauta relatou:

“O meu foi mordido por um lagarto há dois dias. Sorte que não arrancou pedaço! Ele está tomando antibiótico e anti-inflamatório para evitar infecção.”

De fato, lagartos como o teiú, espécie comum no Brasil, são animais territorialistas e podem reagir se se sentirem ameaçados.

Embora geralmente pacíficos, sua mordida e o golpe da cauda podem causar ferimentos. Por isso, especialistas recomendam manter distância e evitar o contato direto, especialmente quando há pets curiosos por perto.

Curiosidades sobre os lagartos

Para entender melhor os lagartos que aparecem nos nossos quintais, vale começar pelo teiú (Salvator merianae), um dos lagartos mais comuns e carismáticos do Brasil.

O Instituto Butantan descreve o teiú como um lagarto diurno, terrestre, de ampla distribuição no país e com comportamento sazonal — no calor, é visto repousando ao sol; no frio, fica mais inativo em tocas.

Além disso, como todo réptil ectotérmico, ele usa o sol para regular a temperatura do corpo, comportamento essencial para se mover bem, digerir e reagir a perigos, como explica a National Geographic.

Curiosidades e características

  • Termorregulação (tomar sol): ver lagartos estendidos ao sol é normal. Eles “carregam as baterias” com o calor ambiente para funcionar no auge — músculos, digestão e até a imunidade rendem mais na faixa térmica ideal.
  • Dieta versátil (serviço ecológico): o teiú é onívoro e oportunista: come frutas, insetos, ovos e pequenos vertebrados. Ao consumir frutos, ajuda a dispersar sementes, papel ecológico importante em áreas urbanas e rurais.
  • Comportamento sazonal: no verão/primavera, pode ser visto ativo, forrageando e tomando sol; nos meses frios, reduz atividade e permanece mais tempo abrigado.
  • Defesas naturais: se acuado, qualquer lagarto pode reagir. Entre as estratégias estão chicote de cauda, assobio (hiss), mordida e a famosa autotomia (soltar a cauda para distrair o predador), com posterior regeneração.
  • Não são “invasores por maldade”: ao “invadir” quintais, normalmente buscam calor, abrigo ou alimento. Em geral, evitam conflito e fogem se tiverem rota de escape.
  • Convivência segura: mantenha distância, supervise pets curiosos e evite encurralar o animal. Se for preciso manejo/resgate, a fauna silvestre é protegida por lei e o Ibama regulamenta autorizações (SisFauna). Procure o órgão ambiental local ou um centro de triagem (CETAS)

Redatora e apresentadora do Canal Amo Meu Pet.

Com formação em Design de Produtos e especialização em Design de Interiores pela Universidade de Passo Fundo, a Ana encontrou sua verdadeira paixão ao unir criatividade, comunicação e o amor pelos animais.

Apaixonada por contar histórias que tocam o coração, ela estudou Escrita Criativa com o escritor Samer Agi e participa do programa JournalismAI Discovery, organizado pela Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres e a Iniciativa de Notícias do Google, buscando se aprofundar no universo digital.

Hoje, dedica-se a produção de conteúdos que informam, emocionam, conscientizam e arrancam sorrisos.