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‘A Branca de Neve tá diferente’: Cachorrinho Jack Russel se encanta com pássaros e tutora registra momento mágico

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em Comportamento

O instinto de caça, ancestral e profundamente enraizado em raças como a Jack Russell Terrier, exige disciplina e treinamento. Mas o que acontece quando esse instinto é completamente substituído pela ternura e pela paciência?

Sushi é uma cachorrinha, que pertence a uma raça desenvolvida especificamente para a caça a pequenos animais, mas surpreendeu internautas ao demonstrar uma dedicação inesperada: ela se transformou, voluntariamente, em um refúgio para os pássaros de estimação de sua família.

O registro dessa convivência inusitada foi capturado em vídeo, provando que a harmonia entre espécies é possível, mesmo que o cão seja classificado como um predador em potencial.

O vídeo, que já corre nas redes sociais, tem como protagonista a Jack Russell Terrier chamada Sushi.

Nas imagens, a pet aparece calma enquanto permite que periquitos, agapornis e um Ring-Neck azul a usem como ‘poleiro seguro’ e anti gatos.

Sentada e com uma expressão serena ela tem sob seu corpo, quatro pássaros (dois periquitos, um agapornis de cabeça preta e um Ring-Neck azul claro). As aves estão tranquilamente acomodadas, distribuídas entre seus ombros e patas.

O curioso dessa interação é que a raça Jack Russell Terrier é mundialmente famosa por sua vivacidade e um forte impulso de caça.

De acordo com o Premier Pet ela era cultivada para o trabalho de rastrear e desalojar pequenos roedores e raposas de suas tocas.

A quebra dessa expectativa, com Sushi atuando como guardiã em vez de predadora, é o que torna a sua atitude passiva e carinhosa tão cativante e digna de atenção quando a tutora pergunta: "Sushi, você quer o neném?".

Outros cães da mesma raça observam o momento de perto, mas é Sushi quem demonstra o laço mais forte.

A dinâmica sugere que, para Sushi, a companhia dos pássaros não é uma exceção, mas sim uma parte agradável e esperada de sua rotina.

“Os Jack Russell Terrier são extremamente ágeis principalmente para caça, mas vencer os extintos para ser um cão equilibrado é fantástico! Com treino e dedicação é possível ter uma boa convivência com outras espécies de animais. Uma boa genética e índole também faz toda a diferença.”, escreveu na legenda.

O Jack Russell Terrier, originário do Reino Unido e desenvolvido no século XIX pelo reverendo John Russell, é uma raça que exige grande estimulação física e mental.

A calma de Sushi, mesmo com a movimentação e a presença de múltiplos pássaros, não é um acidente, mas sim o reflexo de uma criação dedicada e atenta.

O vídeo original foi publicado por Luciana Dobashi em 25 de outubro no perfil do Instagram @coliseu.da.ilha_kennel e obteve 11 milhões de visualizações, 1,4 milhão de curtidas e 4.020 comentários.

“Inimigo do meu inimigo é meu amigo”.
“Sushi claramente realizando o sonho dela”.
“A branca de neve tá diferente”.
“Parece quando os pais colocam os nenês no colo das crianças”.

Assista:

O portal Amo Meu Pet buscou contato com Luciana Dobashi para obter mais informações sobre a rotina de Sushi e seus amigos emplumados e não obteve retorno.

O espaço segue aberto para futuras atualizações sobre a pet que se tornou a estrela do momento.

Dicas essenciais do para a convivência de cães com pássaros:

Alexandre Rossi, o Dr. Pet, aborda o desafio da convivência entre cães e aves de estimação (como calopsitas e papagaios), alertando que muitos cães, especialmente os de raças caçadoras (Terriers, Spaniels, Retrievers), enxergam pássaros como presas. O sucesso da socialização exige paciência e dedicação

1. Segurança em primeiro lugar

  • Proteção constante: a ave deve ser mantida em uma gaiola adequada sempre que o cão tiver acesso ao local.
  • Evitar estresse: é fundamental evitar que o cão se aproxime constantemente do viveiro para não estressar nem o pássaro, nem o próprio cão. Essa precaução deve ser mantida durante todo o processo.

2. Acostumando o cão de longe

A socialização deve ser gradual e positiva, introduzindo a ave de forma indireta:

  • Estímulo auditivo: deixe o cão ouvir sons de pássaros na internet.
  • Estímulo visual e olfativo: dê brinquedos que se pareçam com pássaros (com penas e movimento). use um pano passado na ave para que o cão sinta o cheiro dela perto de sua comida.
  • Reforço positivo: recompense (com petiscos e carinho) o cão sempre que ele interagir positivamente com esses estímulos.
  • Obediência: treine comandos básicos como “senta”, “fica”, “não” e “devagar” para ter controle durante as futuras interações.

3. A aproximação gradual

Somente após o cão dominar os comandos e se acostumar com os estímulos da ave, inicie a aproximação:

  • Controle total: mantenha o cão preso na coleira e guia.
  • Distância e comandos: Comece com o cão longe da gaiola. Peça para ele executar comandos básicos ("senta" e "fica") e recompense a obediência e a calma.
  • Redução da distância: aproxime-se lentamente, recompensando a cada passo sem reatividade. este processo pode levar semanas.
  • Novas interações: se o cão estiver calmo, tente abrir a gaiola (ainda com o cão preso) ou ofereça um brinquedo/ossinho para ele perto da ave, mostrando que a ave é parte normal do ambiente.

O objetivo é garantir que o cão entenda que a ave é um membro da família, e não uma presa.

A liberdade total de ambos no mesmo espaço pode nunca ser atingida, mas estas estratégias garantem qualidade de vida e reduzem o estresse de ambos os animais.

Beatriz é jornalista formada pela Universidade de Passo Fundo, com especialização em Escrita Criativa e Editoração pela Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera. Apaixonada por narrativas envolventes e pelo universo pet, ela também possui certificação em Storytelling para Marketing Digital pela Santander Open Academy, o que complementa sua habilidade de transformar histórias reais em conteúdos informativos e inspiradores. Dedica-se à produção de reportagens que valorizam a convivência ética e afetiva entre humanos e animais de estimação, promovendo empatia, informação de qualidade e o respeito aos animais.