Mini filhote que não podia andar recebe ajuda de cadelinha especial e surpreende a todos com primeiro passo

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em Proteção Animal

Quando Walter chegou ao consultório veterinário, ninguém sabia exatamente o que esperar. O filhote era minúsculo, frágil e parecia já ter enfrentado mais desafios do que deveria.

Ele havia sido entregue ao veterinário por uma ‘fábrica de filhotes’, lugares onde, se um animal não pode ser vendido, o destino costuma ser trágico.

Desta vez, porém, o destino de Walter mudou completamente.

Depois de ser acolhido por um grupo de resgate em Rochester, Nova York, nos Estados Unidos, o pequeno começou a receber terapia diária. E tudo, absolutamente tudo, precisava ser adaptado ao seu tamanho.

Com quase oito semanas de vida, ele pesava apenas 1,8 quilo, muito abaixo do esperado até para bulldogs ingleses com necessidades especiais.

O início da reabilitação foi improvisado.

"Suspendemos o Walter em uma cadeira da cozinha usando o menor arnês de todos os tempos”, contou sua cuidadora ao GeoBeats.

A ideia era conseguir ajudá-lo a se levantar com apoio, fortalecendo músculos que nunca haviam sido usados como deveriam.

Aos poucos, ele começou a se sentar sozinho, um marco que, para qualquer outro filhote, passaria despercebido. Para Walter, era uma vitória.

Mas o componente mais inesperado dessa história atendia por outro nome: Matilda.

Uma ajudante especial

A cadelinha especial, entregue ao resgate depois de ter sido atacada pela própria mãe, perdeu as duas patas dianteiras e uma das traseiras.

Ainda assim, ela e Walter criaram um vínculo tão forte que parecia até obra do destino.

“Você não saberia que eles são de raças e famílias diferentes. Eles são ligados como irmãos”, explicou a equipe.

Era como se Matilda reconhecesse no filhote uma dor que já tinha vivido e decidisse guiá-lo.

Enquanto isso, os humanos faziam de tudo para que Walter pudesse, um dia, caminhar.

Foi preciso colar suas perninhas com fita médica para corrigir o posicionamento, improvisar aparelhos com palitos de picolé envoltos em gaze e até espalhar caixas de ovos de espuma pela casa para dar tração ao pequeno.

A cada tentativa, ele dava alguns passos, depois caía sobre os pulsos, o que era doloroso e perigoso. E voltava ao aparelho.

As radiografias foram feitas para descartar problemas congênitos na coluna. Os exames não mostraram nada. A esperança crescia junto com ele.

E então, um dia, o improvável aconteceu.

Primeiros passos

“Rapaz, você, bom garoto, você conseguiu. Pessoal, olhem para isso, olhem para isso”, comemorou a equipe enquanto o filhote finalmente caminhava com as próprias pernas.

E não apenas caminhou, mas parecia genuinamente feliz. Era como assistir alguém descobrir o mundo pela primeira vez.

O vídeo que registrou esse momento emocionou milhares de pessoas. Entre os comentários, um deles resumiu tudo: “Walter percorreu um longo caminho!! Este vídeo derrete meu coração!!”.

Assim como Walter, muitos outros animais enfrentam obstáculos físicos desde muito cedo. Mas, graças à bondade e criatividade das pessoas, eles recebem outra chance de viver.

Happy Feet, o patinho

No início de junho, um patinho órfão foi encontrado em Massachusetts (EUA). Uma família de patos tentava atravessar a rua quando um motorista passou deliberadamente por cima da mãe.

Os filhotes, muito pequenos, não sobreviveriam sozinhos. Felizmente, um homem recolheu todos e os levou ao centro de reabilitação Newhouse.

Foi lá que perceberam que um dos patinhos mancava. Ele tropeçava, apoiava-se nos nós dos dedos e parecia caminhar com dificuldade.

Jane Newhouse, responsável pelo local, percebeu que os dedinhos estavam curvados para dentro. Sem intervenção, ele jamais andaria normalmente.

Usando apenas uma tampa plástica e esparadrapo, Jane improvisou uma mini bota ortopédica para alinhar as patinhas do filhote.

No início, ele hesitou. Mas logo começou a andar com um entusiasmo tão grande que ganhou um nome: Happy Feet (pés felizes).

Em apenas três dias de tratamento, os pés haviam corrigido completamente. Como disse Jane, “É uma reviravolta estranha, mas deu a ele uma chance.”

Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.