Logomarca Amo Meu Pet

Pequeno cão vivia cão com corrente enorme e pesada no pescoço até anjo aparecer em seu socorro

Por
em Proteção Animal

A vida de seis cães, entre filhotes e adultos, mudou para sempre após uma ação conjunta de resgate que expôs a crueldade do abandono e a urgência da denúncia.

Presos a correntes pesadas, vivendo em um local com sujeira e insalubre, esses animais foram salvos pela Sociedade Viçosense de Proteção aos Animais (SOVIPA), organização com 25 anos de atuação, e pela Polícia Ambiental.

O resgate foi registrado em um vídeo publicado no Instagram da SOVIPA em 22 de outubro, com a participação de Marly Coelho, vereadora em Viçosa, Minas Gerais, e defensora da causa animal há mais de dez anos, que tem como marco de sua atuação a conquista de um Castramóvel para o município.

A denúncia que chegou às autoridades descrevia uma situação de maus-tratos. Ao chegarem ao local, os resgatistas encontraram um cenário de negligência.

Animais de porte pequeno estavam presos por correntes desproporcionais, grossas e pesadas, que limitavam seus movimentos e causavam sofrimento. A sujeira era constante, transformando o ambiente em um foco de doenças.

Infelizmente, o resgate não foi a tempo para todos. A equipe de salvamento encontrou alguns animais que não resistiram às condições. A vereadora Marly Coelho lamentou o ocorrido no vídeo, mencionando a perda de vidas:

“Eram nove filhotes, seis já morreram”. No fim, seis cães conseguiram ser resgatados: três filhotes e três adultos.

Os cães resgatados mostravam sinais claros da vida precária que levavam. Todos estavam infestados de pulgas, desidratados e visivelmente amedrontados pela experiência. Um dos adultos era uma cadela grávida, o que aumentava a urgência dos cuidados.

Marly Coelho fez um apelo imediato por ajuda durante a gravação: “Estamos com três aqui, e a gente precisa urgentemente de lar temporário para esses animais, porque a gente não tem mais onde colocar animais. Nos ajuda aí pra gente salvar essas vidinhas aqui”.

Ela descreveu os animais salvos: “são três filhotes, e os adultos, ó, essa fêmea porte pequeno, fêmea porte pequeno, machinho porte pequeno”.

O ex-tutor, um senhor, também foi foco da atenção dos protetores.

“O senhor também tem problemas, né, psiquiátricos, precisa de ajuda. Nós já acionamos os órgãos competentes para ajudar o senhor, mas tivemos que pegar os animais”, explicou a vereadora.

A SOVIPA reforçou que acionou os órgãos de assistência social para dar o suporte necessário ao ex-tutor, reconhecendo a complexidade da situação.

Após o resgate, os seis cães foram levados imediatamente para atendimento veterinário. A prioridade era estabilizar os animais.

A sociedade informou que dois deles estavam muito debilitados e sob suspeita de parvovirose, uma doença contagiosa grave. Os exames necessários foram solicitados para definir o tratamento mais adequado.

O vídeo da ONG termina com cenas de alívio: os cães recebendo cuidados, sendo alimentados e mostrando os primeiros sinais de recuperação. A esperança é que o “passado sombrio, ficará para trás” para esses sobreviventes.

Eles asseguram o atendimento veterinário gratuito para os cães, mas a luta por recursos continua. A organização precisa de doações para alimentação e compra de suprimentos.

Quem puder ajudar, a organização disponibiliza o contato: ajude.sovipa@gmail.com. Além disso, a SOVIPA e a vereadora Marly Coelho alertam a população sobre a importância da denúncia:

“Maus-tratos é crime. Nunca deixe de denunciar. Se não houvesse uma denúncia, esses animais passariam a vida de forma miserável até definharem. Registre tudo o que puder e denuncie”.

O resgate dos seis cães prova que a mobilização de protetores, autoridades e a própria comunidade é o único caminho para salvar vidas vulneráveis e fazer valer a lei de proteção animal.

Assista:

Parvovirose canina: entenda a doença, sintomas e tratamento

Segundo o Doctor Vet, a parvovirose canina é uma infecção viral de elevada gravidade e alto poder de contágio, apesar de possuir cura. Ela afeta cães de todas as idades, mas demonstra maior letalidade em filhotes, cuja imunidade ainda não está totalmente madura.

Causada pelo parvovírus, a doença ataca severamente o trato intestinal e a medula óssea do animal. O contágio ocorre principalmente pelo contato direto com as fezes de cães infectados.

Contudo, a transmissão indireta, por meio de ambientes ou objetos contaminados, também é comum.

Um fator que complica o controle é a notável resistência do vírus, que pode sobreviver no ambiente por até dois anos.

Reconhecendo os sinais

Diante da seriedade da parvovirose, é crucial que os tutores estejam atentos e procurem assistência veterinária rapidamente. O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de sucesso do tratamento.

Os sintomas se assemelham aos de outras enfermidades, como a cinomose, por isso, um diagnóstico preciso feito pelo médico veterinário é indispensável.

Isso é alcançado por meio da análise do histórico do paciente, dos sinais clínicos apresentados, hemogramas e testes laboratoriais específicos.

Os principais indicativos de infecção são:

  • Perda significativa de apetite.
  • Episódios frequentes de vômito.
  • Diarreia com presença de sangue.
  • Aumento da temperatura corporal (febre).
  • Debilidade e fraqueza geral.
  • Apatia e excesso de sonolência.
  • Rápida desidratação.

Opções de tratamento

Uma vez confirmada a parvovirose, a etapa inicial é a internação do cão em uma área de isolamento.

Essa medida é necessária tanto para monitorar de perto o estado do animal quanto para evitar que o vírus se propague para outros cães.

O tratamento foca em combater a desidratação severa causada pela doença. Durante a internação, o animal recebe fluidos e eletrólitos por via intravenosa, além de medicamentos para controlar os vômitos.

O protocolo também inclui a administração de antibióticos para prevenir infecções secundárias e uma dieta cuidadosamente ajustada, visto que o vírus compromete a capacidade digestiva.

Com o corpo do cão fortalecido por meio desse suporte intensivo, ele ganha condições para lutar contra a ação do vírus e superar a doença.

A importância da prevenção

Apesar das opções de tratamento, a prevenção continua sendo a melhor abordagem. A forma mais eficaz de proteger o seu pet é por meio da imunização.

A vacinação deve ser iniciada quando o cão ainda é filhote e seguida de reforços anuais, conforme o calendário veterinário.

A Vacina Múltipla é a recomendação padrão para a prevenção contra a parvovirose.

Beatriz é jornalista formada pela Universidade de Passo Fundo, com especialização em Escrita Criativa e Editoração pela Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera. Apaixonada por narrativas envolventes e pelo universo pet, ela também possui certificação em Storytelling para Marketing Digital pela Santander Open Academy, o que complementa sua habilidade de transformar histórias reais em conteúdos informativos e inspiradores. Dedica-se à produção de reportagens que valorizam a convivência ética e afetiva entre humanos e animais de estimação, promovendo empatia, informação de qualidade e o respeito aos animais.