"Quando meu cão percebeu que eu estava doente": Forma como Border Collie age ao ver tutora sem os cabelos toca o coração

Sola é uma cachorrinha sensível e leal que precisou lidar com a dor da separação ao passar um longo período longe de Yun J, sua tutora, que esteve internada por motivos de saúde.

Durante esse tempo, a ausência foi sentida nos pequenos gestos do dia a dia, na falta da voz conhecida e da presença que sempre trouxe segurança.

Depois de meses afastadas, o reencontro das duas não poderia ter sido mais especial. Ao reconhecer a tutora, Sola não conteve a emoção e mostrou, de forma espontânea, o quanto havia sentido sua falta.

O momento revelou a linda conexão entre elas e reforçou algo que quem convive com cães já sabe: o amor deles é puro, intenso e sem prazo de validade.

Uma amizade verdadeira

Yun J enfrentava um dos momentos mais difíceis de sua vida quando recebeu o diagnóstico de câncer. Por conta do tratamento, precisou raspar o cabelo, uma mudança visível que simbolizava tudo o que estava acontecendo por dentro: medo, fragilidade e a necessidade de força para seguir em frente.

Quando Sola viu a dona com a cabeça raspada, algo especial aconteceu. A cachorrinha a observou atentamente, com um olhar profundo e atento, como se entendesse que aquela mudança significava dor.

Em silêncio, Sola se aproximou e, em um gesto simples e cheio de significado, a abraçou, encostando o corpinho nela como quem diz: “Eu estou aqui.”

O momento foi registrado em vídeo pela própria tutora e compartilhado no perfil do Instagram da pet, @fromsola_, em julho de 2023.

Na legenda, ela escreveu: “Quando meu cachorro percebeu que eu tinha câncer.” A cena tocou o coração de milhões de pessoas ao redor do mundo.

A publicação ultrapassou 17 milhões de visualizações e recebeu milhares de comentários emocionados.

“Nossa, cachorros são os melhores”, escreveu um seguidor.

Outro destacou: “Deus lhes deu uma sensibilidade especial para compreender as coisas.”

Assista:

Você sabia que os cães podem perceber quando seus donos estão doentes? Há evidências científicas na área veterinária que explicam isso.

Pesquisas médicas mostram que o olfato canino é extraordinariamente sensível, com muito mais receptores do que o humano, permitindo que eles detectem alterações químicas no corpo causadas por doenças ou mudanças fisiológicas.

Estudos publicados indicam que cães conseguem distinguir odores associados a diferentes estados de saúde humana, como alterações de estresse, metabólicas ou produzidas por doenças, através do cheiro do suor, respiração ou pele.

Por exemplo, a literatura médica demonstra que o olfato dos cães pode ser capaz de detectar compostos voláteis emitidos pelo corpo em situações de doença, e em estudos controlados cães foram capazes de diferenciar odores de pessoas em estado de estresse comparado ao estado normal.

Sendo assim, não é difícil entender por que Sola reagiu daquela forma. Sensível às mudanças físicas e emocionais da tutora, ela pareceu reconhecer que aquele era um momento de fragilidade e que sua presença faria diferença.

Confortando o coração

Por conta do tratamento, Yun J precisou ficar internada, e durante esse período delicado encontrou uma forma especial de se manter próxima da cachorrinha.

Mesmo à distância, ela fazia videochamadas frequentes, e Sola parecia reconhecer a voz e o rosto da tutora, reagindo com atenção, curiosidade e movimentos cheios de saudade.

As chamadas se tornaram um pequeno ritual de conforto para ambas, reforçando que o vínculo entre elas ia além do contato físico.

Mesmo separadas, a conexão permanecia viva, mostrando que o amor e a lealdade de um cão não conhecem barreiras — nem mesmo as de um hospital.

Assista:

Essa amizade se formou desde que Sola chegou à vida de Yun, criando um laço construído com carinho, presença e cumplicidade.

Desde então, a cachorrinha passou a ser uma companhia constante, oferecendo conforto nos dias difíceis e alegria nos momentos simples.

E como forma de retribuir todo o amor que recebeu ao longo do tempo, Sola mostrou, nos momentos mais delicados, que estava pronta para fazer o mesmo por sua tutora — permanecendo ao lado dela, oferecendo afeto e demonstrando uma dedicação que vai além das palavras.

Confira:

O reencontro

Yun J ficou internada por dois meses, e após esse período difícil, o dia de voltar para casa foi marcado por expectativa e emoção.

No estacionamento do hospital, Sola e seu irmão canino aguardavam dentro do carro, ansiosos e atentos, como se soubessem que aquele momento tão esperado finalmente havia chegado.

Os dois observavam cada movimento, reagindo a sons e passos, sem esconder a ansiedade de rever a tutora.

A cena simbolizava o fim de uma longa espera e o início de um reencontro carregado de amor, alívio e esperança, daqueles que ficam para sempre na memória.

Assista:

Repercutiu

A história dessa dupla foi contada em vídeo pelo The Dodo e compartilhada no perfil oficial da página no dia 17 de dezembro.

A publicação trouxe ao público um momento de pura sensibilidade, mostrando o reencontro de Sola com sua tutora após meses de internação.

Na legenda, o perfil escreveu: “Este é o cachorro mais empático e leal que existe — veja a reação dela quando a mamãe volta para casa após meses no hospital.”

O vídeo rapidamente ganhou repercussão e acumulou mais de 2,1 milhões de visualizações, além de milhares de comentários emocionados de pessoas que se reconheceram naquela conexão tão profunda entre humano e animal. Muitos relatos vieram carregados de memórias pessoais, dor, amor e gratidão.

“Quem precisa de banho quando as lágrimas resolvem tudo?”, brincou um internauta, resumindo a intensidade do momento.

Outro comentário, mais sensível, tocou os seguidores:

“Quando eu estava com câncer, minha cachorrinha costumava deitar em cima da minha barriga, olhando nos meus olhos. Ela me ajudou a passar pelo tratamento, mas infelizmente faleceu no meu aniversário este ano. Sinto muita falta dela todos os dias.”

Houve também mensagens de apoio direto à tutora: “Que relacionamento lindo, espero que você esteja se sentindo melhor.”

Já outro seguidor compartilhou uma longa e comovente história sobre sua própria cachorra:

“Minha cachorra, parte Collie, sempre soube quando eu sentia dor. Ela se aconchegava em mim como se quisesse me proteger. Hoje ela tem 10 anos. Meu pai faleceu no ano passado e, sempre que vamos à casa dele, ela vai direto para a cadeira onde ele costumava sentar e fica ali por um tempo. É como se ela entendesse a ausência.”

Assista:

Relatos como esses reforçam algo que muitos tutores já sabem: os cães possuem uma empatia extraordinária, uma capacidade única de sentir, acolher e permanecer.