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“A cara de mau que nunca veio”: Disseram que rottweiler perderia o jeitinho fofo ao crescer, mas erraram feio

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em Comportamento

No imaginário popular, a raça Rottweiler é frequentemente associada a cães de guarda severos, postura imponente e um olhar intimidador.

No entanto, Ursula, uma moradora ilustre de Recife, Pernambuco, está aqui para provar que a genética pode vir acompanhada de uma dose extra de carisma e uma pitada de "bobice".

Ursula completou seu primeiro ano de vida no último dia 18 de dezembro. A cadela pertence a Pedro Reis, empresário do setor pet e proprietário do Pet Shop Melhor Amigo.

Apesar do contato diário de Pedro com diversos animais, foi Ursula quem roubou a cena e o coração dos internautas em um vídeo que viralizou recentemente.

A promessa da "cara de mau"

O vídeo, que já circula no Instagram do tutor, faz uma brincadeira com o crescimento da cadela. No início, Pedro aparece segurando Úrsula ainda filhote, uma pequena bola de pelos preta e caramela.

A legenda brincava com a expectativa comum: “Quando ela ficar adulta, ela perde essa cara de retardada e vai ficar com cara de mau”.

Contudo, a transição para a fase adulta trouxe uma surpresa cômica. O vídeo dá um salto temporal e mostra Ursula hoje: grande, forte e com a musculatura típica de sua raça, mas com exatamente a mesma expressão dócil e a língua rosa permanentemente para fora.

Seja relaxando no quintal ou aguardando ansiosamente por um petisco, a "cara de mau" prometida nunca apareceu.

Por que Úrsula está sempre com a língua de fora?

A característica marcante de Úrsula gera curiosidade. Segundo especialistas da clínica @vetcentertimbo, esse comportamento pode ter diferentes explicações:

  • Puro relaxamento: em muitos casos, como parece ser o de Úrsula, a língua para fora é um sinal de que o cão está em um estado de felicidade plena e total confiança com o tutor. Quando o animal está relaxado, a musculatura da boca solta e a língua desliza.
  • Regulação térmica: como os cães não suam como os humanos, eles utilizam a língua para evaporar a água e resfriar o corpo. No calor de Recife, essa é uma ferramenta essencial para o bem-estar da Ursula.
  • Genética ou saúde: em alguns casos, pode ser a "Síndrome da língua pendurada", comum quando a língua é ligeiramente maior que a boca, ou decorrente de fatores dentários e uso de medicamentos.

Confira o vídeo abaixo:

A publicação tem 7,9 milhões de visualizações, 1,2 milhão de curtidas e 3.668 comentários.

“A palavra “retardada” é inaceitável para uma coisa tão fofa. Peça desculpa a essa perfeição, por favor.”
“É que ela é uma grande bebêzooonaaaa!!!
A língua é o charme, aceitaaaaaa Pedro”.
“a lingua nao cabe na boca”.

Foram alguns dos comentários.

Recentemente o tutor também postou como foi a Festa de aniversário da gigante Úrsula:

Apesar da esperança de Pedro de que a cachorrinha ficasse ‘malvada’, o site PetMD afirma que o temperamento típico do Rottweiler varia "desde palhaços natos, afetuosos com quase todos, até cães muito reservados que só têm uma pessoa", de acordo com o American Rottweiler Club (ARC) .

Cada cão é um indivíduo, e a raça representa apenas cerca de 9% do comportamento geral de qualquer cão .

Essa raça foi originalmente criada como cão de trabalho e guarda. Isso significa que eles podem desenvolver o hábito de latir sempre que estiverem em uma situação desconhecida ou ao conhecerem uma nova pessoa.

Os rottweilers são ótimos cães de família e costumam ser dóceis com crianças. Como todos os cães, precisam ser treinados e socializados desde filhotes, e as crianças em casa precisam aprender a interagir com os cães de forma adequada.

Os Rottweilers são geralmente cães quietos, dóceis e calmos. De acordo com a ARC (American Rottweiler Association), a raça é conhecida por seguir seus donos pela casa e por desejar companhia constante.

A característica marcante de Úrsula não é apenas fofa; ela revela muito sobre a biologia canina. Para ajudar os tutores a entenderem melhor seus pets, reunimos 12 fatos que explicam a importância da língua para cães.

Termostato natural: cães quase não suam. Eles usam a língua para a termorregulação; ao ofegar, a umidade evapora e resfria o corpo, essencial no calor de Recife.

Olfato no prato: com apenas 1.700 papilas gustativas (contra 10.000 dos humanos), Ursula decide o que comer muito mais pelo cheiro do que pelo gosto.

Temperatura corporal: a língua do cão é naturalmente quente (entre 38,3°C e 39,2°C). Se estiver fria, pode ser apenas o efeito da evaporação após o cão ofegar.

A cor da saúde: uma língua rosa e úmida como a da Ursula é sinal de saúde. Mudanças para roxo, azul ou branco são alertas de emergência médica.

Relaxamento químico: lamber libera endorfinas. Para Ursula, ficar com a língua para fora e lamber seu tutor é uma forma de se manter calma e feliz.

Mito da limpeza: a boca canina tem mais de 600 tipos de bactérias. Ela não é "mais limpa" que a nossa, apenas possui uma flora diferente.

Cuidado com feridas: embora a saliva tenha proteínas que inibem infecções (histatinas), lamber feridas em excesso pode causar lesões na pele do animal.

Alergia oculta: muitas pessoas que acham ter alergia ao pelo do cão são, na verdade, alérgicas às proteínas presentes na saliva depositada no pelo.

Herança evolutiva: diferente dos gatos, os cães têm línguas lisas porque, como predadores de matilha, não precisavam esconder seu odor através de uma limpeza meticulosa.

Tamanho importa: algumas raças, especialmente as de focinho curto ou variações genéticas, possuem línguas grandes para a boca (macroglossia), o que explica o visual "língua para fora".

Ferramenta de exploração: cães usam a língua como nós usamos as mãos: para explorar texturas, cheiros e demonstrar submissão ou afeto desde filhotes.

A técnica da concha: ao beber água, Ursula enrola a ponta da língua para trás, criando uma "colher" improvisada. Quanto maior o cão, maior a sede e a bagunça!

Seu pet tem alguma mania? Conta pra gente nos comentários!

Beatriz é jornalista formada pela Universidade de Passo Fundo, com especialização em Escrita Criativa e Editoração pela Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera. Apaixonada por narrativas envolventes e pelo universo pet, ela também possui certificação em Storytelling para Marketing Digital pela Santander Open Academy, o que complementa sua habilidade de transformar histórias reais em conteúdos informativos e inspiradores. Dedica-se à produção de reportagens que valorizam a convivência ética e afetiva entre humanos e animais de estimação, promovendo empatia, informação de qualidade e o respeito aos animais.