Gata que receberia o pior destino por ser 'braba demais' é resgatada e mostra todo seu amor

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Em 29 de abril, um caso gerou repercussão na internet após uma protetora, do Recife, compartilhar no Instagram o resgate de uma gatinha persa.

Ao contrário da maioria dos resgates que são causados por abandonos, esse em questão chocou a veterinária que atendeu ao pedido: eutanásia.

No Brasil, pela Lei nº 14.228/2021 a eutanásia em animais é proibida, exceto em casos de doenças graves ou enfermidades infectocontagiosas incuráveis que coloquem em risco a saúde humana e de outros animais.

Então quando os antigos tutores da felina fizeram esse pedido à veterinária, com a desculpa que a pet era ‘muito brava’, a médica logo recusou.

Após tentar convencê-los de que essa atitude não era correta e que ela merecia uma segunda chance, os tutores optaram por abrir mão da gatinha.

Foi quando a médica Carol entrou em contato com a protetora Nanda contando a situação e pedindo auxílio sobre o que fazer.

“Uma tutora tá com a gata aqui no hospital para eutanasiar. A gata é saudável. Tem 3 anos. Mas eles querem eutanasiar porque ela é brava. Tu podes ajudar? Eles não aceitam voltar com ela pra casa”, diz a médica veterinária nas mensagens.

Nanda não pensou duas vezes e dirigiu-se até a clínica para buscar a felina.

Chegando ao local, a declaração dos tutores não se confirmou. A protetora conseguiu acalmar a gatinha, que até aceitou colo e carinho, indo contra toda a má propaganda que haviam feito sobre ela.

O relato do resgate e o encontro de um novo lar para a pet foi compartilhado no perfil de Instagram @mmscegos.

Veja abaixo:

No vídeo do dia 29 de abril, Nanda mostra as mensagens de ajuda que recebeu e também imagens da gatinha no novo lar. Agora ela é muito amada e muito dócil.

A protetora traz uma possível explicação para o comportamento antigo da gata.

“Animal reage ao ambiente, seja de forma positiva ou negativa. Se o ambiente é hostil, não espere um animal dócil. Impaciência, violência, indiferença. Tudo isso o animal percebe e reage da mesma forma. Mas se recebe amor, carinho e se sente seguro, as coisas mudam. Aos poucos o animal percebe que não precisa mais estar sempre alerta e na defensiva”.

Com a nova adoção, a gatinha, batizada de Amy, hoje aprendeu a amar e ser amada. Mais do que isso, ela confia, hoje, naqueles que são responsáveis por proporcionar-lhe uma vida confortável e segura.

Jornalista formada pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Gosta de livros, animais e é vegetariana.