Mesmo não procurando emprego, gato frajola é contratado como treinador de cachorros em escola
Por Ana Caroline Haubert em Gatos
Em uma reviravolta digna de um roteiro de comédia, um gato frajola chamado Sylvester se tornou membro da equipe de treinamento da Leamington Guide Dogs, uma instituição britânica dedicada à formação de cães-guias.
O curioso felino não estava à procura de emprego quando entrou despretensiosamente nas instalações da organização.
No entanto, acabou sendo promovido — sem sequer entregar um currículo — a um cargo de destaque: diretor de operações felinas.
Segundo publicação feita pelo perfil thatgoodnewsgirl no Instagram, o gato simplesmente apareceu na sede da escola como quem procurava um abrigo.

Mas seu comportamento e presença logo chamaram a atenção dos treinadores, que perceberam o potencial dele como “agente de distração”.
Essa função é considerada fundamental no processo de formação de cães-guias, uma vez que esses animais precisam aprender a manter o foco mesmo em situações repletas de estímulos — como a presença de outros animais, barulhos e ambientes movimentados.
A ideia de incluir o gato no quadro de colaboradores pode parecer excêntrica, mas tem se mostrado extremamente eficaz.
Sylvester, como foi carinhosamente batizado, se posiciona de forma estratégica em pistas de obstáculos e corredores, testando os cães com sua presença calma, mas provocadora.

Às vezes, realiza “avaliações surpresa”, pulando repentinamente sobre os cães em treinamento ou dormindo nas camas dos filhotes — tudo isso para garantir uma ambientação completa.
A direção da escola elogiou o desempenho do felino, que agora está em seu oitavo ano na empresa, mas continua a crescer em seu papel de liderança sênior e não demonstra nenhum interesse em se aposentar ou buscar oportunidades em outros lugares.
Ele recebe alimentação completa, acompanhamento veterinário e, claro, pausas ilimitadas para cochilos — uma de suas especialidades.
Mesmo com uma agenda tão ocupada, Sylvester é conhecido por manter uma rotina equilibrada, reservando tempo para “trabalhar” e descansar com a mesma dedicação.
Sua presença ajuda a identificar cães que podem reagir a estímulos inesperados, como a movimentação imprevisível de felinos, contribuindo para que os futuros cães-guia estejam preparados para ambientes urbanos e domésticos diversos.

Além disso, o papel de Sylvester ajuda a desmistificar a suposta rivalidade entre cães e gatos.
Na verdade, com socialização e ambiente apropriado, muitos cães e gatos não apenas convivem, como desenvolvem laços afetivos e funcionais.
A American Kennel Club (AKC), organização referência mundial em comportamento e bem-estar canino, reforça a importância da socialização entre espécies desde cedo.
A organização aponta que a exposição gradual de filhotes a diferentes espécies — como gatos — pode reduzir significativamente comportamentos reativos no futuro.
Em artigo publicado no portal oficial da entidade, especialistas apontam que a exposição gradual e supervisionada de filhotes de cães a gatos (e vice-versa) pode evitar reatividade e promover convivência pacífica.
Além disso, a popularidade de Sylvester se estende às redes sociais. A página oficial da Leamington Guide Dogs no Facebook (Leamdogcare) publica atualizações regulares com o título “Sylvester Sunday”, nas quais compartilham fotos do felino interagindo com os cães em treinamento.
As postagens atraem milhares de visualizações e comentários, consolidando sua figura como um verdadeiro mascote e membro ativo da equipe de cuidados com os cães.
Comentários variam de admiração pela inteligência do felino até brincadeiras sobre sua evidente ascensão corporativa.
A história de Sylvester mostra que, às vezes, as melhores contratações são aquelas que surgem por acaso.
E que, mesmo sem diploma, um gato pode ensinar lições valiosas sobre foco, empatia e convivência. Folgado, mas fofo, né?
Veja o vídeo:
Veja também:
Golden de 4 anos alerta tutor e ajuda a salvar criança perdida nos EUA
Redatora.