Só se fala do cachorro Silveira: Cachorro que 'trabalha' em universidade fica famoso em todo o Brasil

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em Aqueça o coração

Há cerca de 10 anos, um filhote caramelo e branco apareceu no campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul.

Desde então, Silveira, como passou a ser chamado, nunca mais saiu de lá.

Silveira cresceu cercado de alunos, professores e funcionários que o acolheram com muito carinho.

E, assim como um bom veterano, participou de tudo: aulas, protestos, rodas de capoeira, cochilos em grupo, fotos de formatura… A lista é longa.

Nesse tempo, Silveira já conquistou uma cama no hall do RU, sofá exclusivo na Biblioteca Central e até nomeação como Pró-Reitor de Assuntos Caninos.

Apesar de já ser uma lenda viva na UFSM, foi só recentemente que Silveira conquistou o Brasil — e por um motivo inusitado.

Uma estudante, ao relatar sua experiência com o cão mais famoso do campus, escreveu nas redes sociais:

“Semana passada vi o Silveira (cachorro gordo da UFSM) pela primeira vez e fiquei apavorada com o tamanho daquele animal, meu Deus que cachorro feio.”

Feio?! O Brasil ficou em choque e a internet não deixou barato.

Em poucos dias, o nome de Silveira estava em todos os cantos, acompanhado por uma enxurrada de declarações de amor, memes, homenagens e relatos emocionados de quem já viveu alguma aventura ao lado dele.

Afinal, ele pode até estar acima do peso, mas feio é algo que definitivamente não se aplica ao nosso ilustre veterano.

A repercussão foi tanta que o perfil oficial da UFSM no Instagram publicou um mapa para os fãs com a rota oficial do Silveira pelo campus.

Como todo bom universitário, ele tem seus pontos favoritos, especialmente onde há comida, sombra ou gente para fazer carinho.

Mas a história de Silveira também lança luz sobre uma realidade importante: a de tantos animais que vivem em universidades por terem sido abandonados.

Na própria UFSM, existe o Projeto Zelo, que cuida atualmente de mais de 85 cães e gatos que vivem no campus.

Todos são castrados, monitorados e recebem cuidados diários, graças à dedicação dos voluntários e doações da comunidade.

Silveira é um dos beneficiados pelo projeto — e, apesar de ser um ícone da universidade, ele também está à procura de um lar.

A idade chegou, junto com alguns problemas de saúde, e o momento da tão sonhada ‘auposentadoria’ parece ter chegado.

Segundo a UFSM, o ideal agora seria que ele pudesse viver os próximos anos em um ambiente tranquilo, seguro e cheio de amor.

Nas redes sociais, algumas pessoas expressaram preocupação: será que ele se adaptaria a um lar, depois de tanto tempo curtindo a vida universitária?

Mas o depoimento de uma professora mostra que sim:

“Eu sou professora no IFRS Campus Rio Grande. Em 2019, adotei um cachorro que vivia no nosso campus há cerca de 8 anos”.

Ela conta que até achou que ele sentiria falta da rotina, mas levou apenas dois dias para ele estar completamente adaptado à mordomia.

“Não caiam na falácia de que eles vão se deprimir em uma casa. O que eles mais precisam é de uma família amorosa e uma velhice digna”, completou.

A verdade é que todo cachorro merece um lar para chamar de seu, inclusive o Silveira.

Você pode seguir o Silveira no Instagram (@silveirapodrao). Saiba mais sobre o Projeto Zelo (@zeloufsm).

Redatora.