Idoso é despejado e separado de seu cãozinho, mas reencontro emocionante devolve sentido à vida dos dois
Por Larissa Soares em Aqueça o coração
José, um avô de 86 anos, e seu cãozinho Copi, de 16, eram companheiros inseparáveis, mas acabaram brutalmente separados após um despejo.
Os dois viveram juntos uma vida inteira. Dividiram casa, alegrias e até o pouco que tinham. Quando havia apenas um prato de comida, eles dividiam. Quando uma noite era fria, aqueciam-se um no outro.
Eles eram uma família. Mas tudo mudou de um dia para o outro.
José e Copi foram enganados por uma pessoa má, conforme relatou o La Bassa – Hogar Ánima, um santuário de animais resgatados.
De repente, estavam na rua, sem casa, sem rumo e, o pior de tudo, sem condições de continuarem juntos.
José acabou realocado para uma residência para idosos, enquanto Copi foi simplesmente deixado para trás, vagando pelas calçadas, confuso, cansado e faminto.
Durante alguns meses, uma vizinha de bom coração cuidou de Copi enquanto pôde. Mas, quando a situação ficou insustentável, a história dele finalmente chegou até os voluntários.
E, assim que souberam, não pensaram duas vezes: acolheram o cãozinho e começaram a procurar José.
O reencontro
Quando o reencontro finalmente aconteceu, a cena emocionou milhões. José pegou Copi no colo, o abraçou e pediu perdão, com lágrimas nos olhos.
Veja o vídeo:
“É desumano fazer uma pessoa idosa sofrer assim, e me refiro a ambas”, escreveu um internauta nos comentários.
“Esse ‘me perdoe’ fere a alma de qualquer um que a tenha”, disse outro.
Muitos internautas pediram uma mudança urgente:
“Mais residências deveriam permitir animais por lei. Isso humanizaria esses locais”, disse uma seguidora. Outro completou: “Eles não são apenas companheiros, mas comprovadamente benéficos para a saúde mental e física.”
E essas pessoas têm razão.
Como os cães transformam a vida dos idosos
De acordo com a Abbeyfield England, organização britânica especializada em moradias comunitárias para idosos, os cães têm um forte impacto no bem-estar físico, mental e emocional de pessoas na terceira idade.
Além disso, os cães podem atuar de várias formas:
1. Como prestadores de serviço
Há cães treinados para auxiliar em mobilidade, orientar pessoas com deficiência visual e até detectar alterações médicas, como crises epilépticas. Para muitos idosos, a presença de um cão de serviço representa autonomia, segurança e dignidade.
2. Como terapeutas
Muitos lares de idosos recebem cães de terapia para visitas regulares. O simples carinho e a troca de afeto reduzem o estresse, aliviam a solidão e elevam o humor. Para quem vive longe da família, esse tipo de vínculo pode fazer toda a diferença.
3. Como companheiros leais
A presença de um cachorro diminui a sensação de isolamento e oferece apoio emocional. Eles percebem emoções humanas com precisão surpreendente e respondem com carinho, aliviando ansiedade, tristeza e solidão.
4. Como incentivadores de saúde
Passeios regulares, rotinas de cuidados e brincadeiras leves estimulam uma vida mais ativa. Estudos mostram que a convivência com cães reduz pressão arterial, melhora saúde cardiovascular e libera ocitocina, o hormônio do bem-estar.
5. Como facilitadores de socialização
Caminhadas e visitas a parques ampliam a interação social, aproximam vizinhos e ajudam idosos a manterem laços com a comunidade.
Meatball, o bulldogue francês terapeuta que visita idosos
No início do ano, nós mostramos aqui, no Amo Meu Pet, a história de Meatball, o bulldogue francês de 4 anos que faz visitas semanais a uma casa de repouso.
Tudo começou porque ele queria ver o tio Billy, que morava no local. Mas, rapidamente, Meatball entendeu que havia mais gente por ali disposta a dar e receber carinho.
Desde então, ele percorre os corredores, para ao lado dos residentes e aguarda, pacientemente, até que cada um lhe faça um carinho.
Muitos afirmam que o sábado só faz sentido por causa dele.
Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.









