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Conheça Baby, o pássaro que após viver 50 anos enjaulado conheceu o que é amor pela primeira vez

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em Mundo Animal

Um caso de um pássaro de aproximadamente 50 anos que viveu décadas em confinamento e sofreu severa negligência foi resgatado e encontrou afeto pela primeira vez, emocionou milhares de pessoas.

Conhecida como “Baby”, ela foi encontrada em condições chocantes — sem penas, presa em uma caixa e aparentando nunca ter visto o mundo fora de uma gaiola.

Um amigo da família, ao descobrir o abandono durante uma venda de prédios, levou o caso para uma mulher que decidiu adotá-la. Segundo ela, Baby tinha cerca de 50 anos e vivia em ambiente insalubre, com dieta deficiente, o que agravou problemas de saúde.

“Ela estava muito fraca e nem conseguia escalar as coisas... ela não sabia como espalhar suas asas”, relatou a adotante, destacando a fragilidade física e emocional da ave.

Além disso, Baby era cega de um olho — condição possivelmente decorrente de dieta ruim durante o desenvolvimento, que pode causar catarata em aves, conforme observado por veterinários.

O processo de recuperação demorou cerca de seis meses até que Baby começasse a confiar em sua nova tutora.

“Hoje ela está ótima. Muito bem. A Baby adora sair e ela age como se estivesse ao ar livre pela primeira vez em 50 anos.”

A ave aprecia passeios junto a um lago, e já reconhece comandos simples da tutora: “Ela diz ‘Olá, bebê!’ se quer algo”.

Ainda assustada com homens, a amizade com o namorado da mulher mostra progresso: “Ela fica no meu ombro mais próximo dele para poder ficar de olho nele”, disse.

A recuperação da ave Baby, após décadas de confinamento e maus-tratos, evidencia os desafios recorrentes na saúde e reabilitação de aves geriátricas.

Entre os principais problemas enfrentados por animais em idade avançada estão os efeitos cumulativos de uma nutrição inadequada.

De acordo com o portal veterinário IVIS, a desnutrição é uma das principais causas de enfermidades em aves criadas em cativeiro — e mesmo quando a dieta é corrigida tardiamente, os danos muitas vezes já são irreversíveis.

O Dr. Robert Dahlhausen, referência no cuidado de aves senis, alerta que muitas delas conseguem sobreviver por anos com dietas deficientes, sem apresentar sintomas aparentes, mas que os prejuízos à saúde se acumulam silenciosamente ao longo do tempo.

Ele reforça que deficiências de vitamina A, cálcio e acúmulo de lipídios no fígado são bastante comuns nesses casos.

Além da alimentação balanceada, outros cuidados são essenciais para garantir bem-estar e longevidade.

Um guia publicado pela World Parrot Trust destaca a importância de promover estímulos ambientais, como acesso a brinquedos, poleiros variados e socialização regular, além de visitas veterinárias periódicas — recursos fundamentais para evitar o declínio físico e emocional em aves mais velhas.

Um caso semelhante de recuperação inspiradora é o da arara Carly, um exemplar de 75 anos resgatado após anos de negligência severa.

Com artrite, penas danificadas e sérias dificuldades de locomoção, Carly conseguiu melhorar significativamente após adaptações simples, como poleiros mais acessíveis e uma dieta reformulada.

O relato reforça que, mesmo em idade avançada, a recuperação é possível quando há cuidado, paciência e atenção às necessidades específicas da ave.

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