Cachorro vira-lata cansado de correr pelas ruas se derrete completamente nos braços do socorrista

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em Cães

Era um dia frio de janeiro quando policiais de St. Louis, nos Estados Unidos, avistaram um cãozinho preto e branco vagando pelas ruas.

Sozinho, desorientado e claramente cansado, o vira-lata parecia ter desistido de procurar por ajuda. Até que finalmente ela chegou.

Chamados para a ocorrência, os socorristas do Stray Rescue of St. Louis (SRSL) correram ao local.

Entre eles estava Donna Lochmann, que, assim que viu o cãozinho, se aproximou com cuidado.

Bastou um toque, um gesto de acolhimento, para que ele desabasse em seus braços.

Batizado de Bowie, o cãozinho se derreteu no colo da socorrista, como quem diz: “enfim, agora posso descansar.”

Durante todo o trajeto até o abrigo, Bowie permaneceu colado no ombro de Donna, silencioso, sentindo pela primeira vez em muito tempo o conforto de estar seguro.

“Ele queria ser segurado, queria ouvir que tudo ia ficar bem”, escreveu a equipe do SRSL nas redes sociais. “E nós já o amamos.”

Uma nova chance

A história de Bowie não parou ali. Em poucos dias, o fofinho encontrou uma família temporária que se apaixonou por ele logo de cara.

Mas quem realmente não quis mais desgrudar foi seu novo irmão canino, Ramone.

“Ramone está completamente apaixonado por ele”, contou a tutora, Anne-Marie Theresa, nos comentários. “Eles brincam o tempo todo e depois se aconchegam juntinhos.”

Enquanto ainda aguarda um lar definitivo, Bowie tem recebido o que mais precisava: tempo, paciência e afeto.

Ele está reaprendendo a confiar nas pessoas, descobrindo o prazer de uma caminha macia e o sabor de um petisco oferecido com amor.

E mais: segundo o The Dodo, a pizzaria local Imo’s Pizza até se ofereceu para cobrir sua taxa de adoção, só para garantir que esse pacotinho de amor encontre logo seu ‘felizes para sempre’.

Por que o lar temporário faz tanta diferença?

Casos como o de Bowie mostram a importância dos lares temporários no processo de resgate e adoção.

Segundo a organização internacional FOUR PAWS, essa etapa é fundamental para beneficiar não apenas o animal, mas também os abrigos. E, de quebra, até os cuidadores temporários.

Para os abrigos

Para os abrigos, cada lar temporário significa um espaço livre para receber novos animais.

Em locais como nos Estados Unidos, onde há risco de eutanásia por superlotação, isso pode literalmente salvar vidas.

Para os animais

Para os animais, o impacto é ainda maior.

Pets assustados, doentes, filhotes órfãos ou vítimas de maus-tratos encontram em um lar temporário a chance de se recuperar, de ganhar confiança e de aprender, com calma, a conviver em um ambiente doméstico.

Com carinho e atenção individual, eles aprendem comandos básicos, fazem socialização, superam traumas e se tornam muito mais preparados para uma adoção bem-sucedida.

Para os tutores temporários

E para quem acolhe, é uma experiência enriquecedora.

Muitas vezes, lares temporários ganham apoio financeiro dos abrigos, como a cobertura de despesas com ração, vacinas e atendimento veterinário.

Além disso, a pessoa pode viver o lado mais gratificante da causa animal: ver um serzinho se transformar diante dos seus olhos e, depois, partir para um lar definitivo com a bagagem cheia de amor.

E, em alguns casos, a ligação é tão forte que o lar temporário se torna definitivo: o famoso “golpe do lar temporário”, que, vamos combinar, é o ‘golpe’ mais lindo que existe.

Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.