Menina russa que sobreviveu 11 dias na floresta graças à cadela hoje sonha em ser médica

Por
em Aqueça o coração

Há aproximadamente 10 anos, uma história emocionante correu o mundo.

Uma garotinha russa, de apenas quatro anos, conseguiu sobreviver por 11 dias sozinha em uma floresta infestada de lobos e ursos, na Sibéria. Tudo graças à Naida, a companheira canina.

Em 2014, Karina Chikitova desapareceu após seguir o pai floresta adentro, sem que ele percebesse.

Durante dias, a família e as equipes de resgate não faziam ideia de onde ela poderia estar. A única certeza era de que Naida, a cadelinha da família, estava com ela.

Enquanto isso, a menina dormia em camas improvisadas de grama alta, comia frutas silvestres e bebia água de riachos, segundo informações do The Moscow Times.

As temperaturas despencavam à noite, mas Karina se mantinha aquecida abraçada a Naida.

Foram nove noites assim, até que Naida resolveu tomar uma atitude.

A cadela retornou sozinha à vila, e os socorristas entenderam o recado: Karina ainda estava viva.

Com a ajuda da cachorra, os passos foram rastreados até a menina, que foi finalmente encontrada, descalça e coberta de picadas de mosquito, mas viva.

E agora, uma década depois, a menina que virou lenda por sua coragem e laço inquebrável com seu cãozinho tem novos planos: Karina quer ser médica.

Uma vida transformada

O mundo se encantou com a história.

Karina virou personagem de livro infantil, ganhou um concurso de beleza, foi aceita na escola de balé mais ao norte do mundo e até ganhou uma estátua em Yakutsk, a cidade mais fria do planeta, eternizando a dupla com Naida.

Mas Karina, agora com 14 anos, parece não se apegar à fama.

Em entrevista recente à TV estatal russa, compartilhada pelo Daily Mail, ela contou que não se lembra de quase nada da experiência na floresta.

Sua memória mais antiga é do primeiro ano escolar.

Mesmo assim, ela guarda com carinho a imagem da cadelinha que a salvou.

“Esta é minha cachorra Naida”, disse, mostrando a foto. “Ela estava comigo na floresta, mas não me lembro como foi...”

Atualmente, Karina mora em outra cidade, longe dos holofotes. Trocou o balé pelo novo sonho de ser médica.

E mesmo que não goste da atenção que sua história ainda recebe, continua sendo inspiração.

Cães e crianças: uma amizade que transforma

Naida salvou a vida de Karina, mas os benefícios de ter um cachorro na infância também vão além de situações extremas.

De acordo com o American Kennel Club (AKC), crianças que crescem com cães desenvolvem mais empatia, autoestima e responsabilidade.

Além disso, sentem-se mais seguras e apoiadas emocionalmente, especialmente quando enfrentam desafios.

Outros estudos mostram que brincar com cães reduz os níveis de estresse, melhora o humor e até pode ajudar no desenvolvimento cognitivo, já que muitas crianças conversam com seus pets.

Sem falar na saúde. Crianças com cães são mais ativas e, segundo algumas pesquisas, menos propensas a desenvolver alergias.

E mais: o envolvimento com as tarefas do pet, como alimentar, limpar ou ajudar no adestramento, prepara os pequenos para responsabilidades maiores no futuro.

Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.