Casal se depara com gatinho solitário e de olhar triste em feira de adoção e então decide mudar seu destino para sempre

Fuji é um gatinho de cinco anos, com pelagem branca e manchas alaranjadas, que não tinha muitas perspectivas além das grades do abrigo de animais onde vivia, na Colômbia.

Tudo mudou quando seu destino cruzou com o da nutricionista Maria Alejandra e de seu namorado, Jay High.

Hoje, Fuji tem uma vida tranquila e cheia de amor. Ele trocou as grades do abrigo por janelas ensolaradas, caminhas confortáveis e muito carinho. Seu olhar, antes apagado, agora brilha com segurança e gratidão.

A adoção

Maria e Jay passeavam pelo shopping quando se depararam com uma feirinha de adoção no saguão. Curiosos, decidiram se aproximar apenas para olhar, sem grandes expectativas.

Foi ali que seus caminhos cruzaram com o de Fuji, e tudo mudou.

Durante a visitação, o casal percebeu que a maioria das pessoas dava atenção aos cães, ignorando completamente os gatinhos.

Comovida, Maria se aproximou da gaiolinha de um felino e se deparou com Fuji, sozinho, deitado, desolado por tanto tempo vivendo no abrigo, sem receber atenção de potenciais adotantes.

"Você era o único gatinho que eles ainda não tinham adotado", disse Maria, com o coração apertado.

Maria acredita que a idade tenha sido um dos fatores para Fuji não ter sido escolhido, já que a maioria das pessoas dá preferência a filhotes.

Bom, se esse era um dos motivos, eu acredito que foi porque esse lindinho ainda não tinha cruzado o caminho certo. E esse caminho era o de Maria e Jay.

Quando o casal entrou no cercadinho de Fuji para cumprimentá-lo, logo perceberam uma coisa: ele era receptivo e carinhoso.

Mesmo depois de tanto tempo no abrigo, Fuji não demonstrava medo ou desconfiança. Pelo contrário, permitiu ser acariciado como se conhecesse o casal há tempos.

Contudo, o olhar triste de Fuji revelava o quanto ele se sentia solitário e queria muito ser amado. Foi então que o casal decidiu que não podia deixá-lo para trás.

Naquele instante, entenderam que Fuji já fazia parte da família. Assinaram os papéis de adoção com o coração cheio de certeza: estavam levando para casa muito mais do que um gato... estavam levando um companheiro para a vida.

"Você tinha tanto amor para dar e nós também", declarou Maria.

Felizes, o casal saiu às compras para preparar tudo para a chegada de Fuji. Escolheram caminha, comedouro e brinquedos. Cada item era escolhido com carinho.

No carro, dentro da caixa de transporte, Fuji ficou um pouco assustado. Chegou a fazer xixi, provavelmente por nervosismo, mas isso era compreensível, já que tudo era novo para ele: sons, cheiros, movimentos e, acima de tudo, a esperança de estar finalmente em um lar.

Mas foi só chegar em sua nova casa que Fuji relaxou. Aos poucos, foi se adaptando ao ambiente, explorando cada cantinho com curiosidade e confiança.

Em pouco tempo, já escolhia seus lugares preferidos para dormir, pedia carinho com o olhar e mostrava que, finalmente, se sentia em casa.

"Prometemos que você nunca mais ficará sozinho outra vez", disse Maria.

Fuji foi levado ao médico veterinário, onde foi diagnosticado com conjuntivite e problemas respiratórios. Agora, está em tratamento com antibióticos e sessões de nebulização para auxiliar na recuperação.

A cada dia que passa, esse lindinho, apesar de ser um pouco rebelde com o tratamento, está reagindo melhor. Com o carinho da família e os cuidados certos, Fuji vem demonstrando sinais de melhora e, aos poucos, vai recuperando a energia e a alegria de viver.

Repercussão

Maria compartilhou um vídeo em seu perfil no TikTok, @alejaosp09, no dia 25 de julho, com a legenda: "Esta é a história de Fuji, meu bravo bebê."

A adoção de Fuji despertou algo forte em Maria, que decidiu transformar sua experiência em um apelo cheio de sensibilidade:

"Esse é um convite para que mais pessoas sejam incentivadas a adotar, porque adotar é o ato de amor mais bonito que o ser humano pode ter com os animais."

A publicação viralizou, acumulando mais de 35,4 milhões de visualizações e milhares de comentários emocionados.

"Se as pessoas soubessem que gatos são melhores que cachorros, a verdade é mil vezes maior", escreveu uma internauta.

"Você é tudo o que há de certo neste mundo. Que coração lindo você tem. Obrigada por adotá-lo", comentou outra.

"Normalize a adoção de cães e gatos mais velhos", declarou um terceiro usuário.

Outros seguidores também compartilharam suas histórias de adoção:

"Jogaram uma gata no beco ao lado da minha casa no meio da chuva. Ela chorou quase a noite toda. No dia seguinte, fui procurá-la e a trouxe para casa. Já se passaram 13 anos e minha Bárbara continua comigo."

"Eles jogaram fora uma gata. Eu a adotei, mas ela estava grávida de 5 gatinhos. Adotei todos e os amo igualmente. Não pretendo doá-los."

Assista ao vídeo.

E você? Tem uma história de adoção para contar? Compartilhe e ajude a inspirar mais pessoas a abrir o coração para quem só precisa de uma chance.

Adotando um pet adulto

Adotar um pet adulto traz diversos benefícios e, ao mesmo tempo, exige responsabilidade e comprometimento por parte do tutor.

Diferente do que muitos imaginam, animais adultos são excelentes companheiros e, muitas vezes, mais fáceis de lidar do que filhotes.

Segundo a plataforma Your Pet and You, da Elanco, uma das principais vantagens é que o comportamento dos pets adultos já está formado.

Isso significa que sua personalidade é mais previsível, o que facilita a adaptação do tutor ao novo companheiro. Além disso, muitos já estão castrados, vacinados e sabem fazer suas necessidades no local adequado, o que reduz significativamente o esforço com treinamento.

Outro benefício apontado por especialistas é que pets adultos tendem a se adaptar mais rapidamente à rotina da casa. Como possuem menos energia do que filhotes, são ideais para pessoas com um estilo de vida mais tranquilo.

Adicionalmente, a adoção de um pet adulto geralmente envolve um custo inicial menor, já que muitos abrigos oferecem taxas reduzidas para incentivar sua adoção.

Entretanto, adotar um animal adulto também exige compromissos. De acordo com a Canine Arthritis Management, cães e gatos mais velhos podem necessitar de cuidados específicos com a saúde, como dieta adequada, acompanhamento veterinário mais frequente e atenção a possíveis sinais de dor ou desconforto.

Além disso, alguns podem apresentar traumas anteriores, exigindo paciência e carinho para se readaptarem à confiança e ao convívio com humanos.

A ASPCA (Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade contra os Animais) destaca que a adoção de animais mais velhos é um ato de amor que salva vidas, pois muitos deles passam meses – ou até anos – em abrigos esperando por uma chance. E quando essa chance finalmente chega, eles tendem a demonstrar um nível de gratidão e apego surpreendentes.