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Gato aterroriza cidade por causa de vício em surrupiar roupas íntimas das pessoas: 'É cleptomaníaco'

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em Gatos

Leonardo da Pinchy pode até soar como o nome do artista italiano, mas em Mairangi Bay, na Nova Zelândia, esse nome está diretamente associado ao crime.

Estamos falando de um gato de apenas 15 meses que ganhou fama ao invadir propriedades alheias e retornar para casa carregando meias, cuecas, calcinhas e até um suéter de cashmere de valor considerável.

O curioso é que, apesar de sua “vida no crime”, Leonardo é amado pelos vizinhos, e suas ‘artes’ viraram motivo de piada na vizinhança.

A responsável por conter (ou tentar conter) o furto sistemático de roupas íntimas é Helen North, tutora do felino, que já perdeu as contas de quantas peças precisou devolver.

"Ele só quer coisas que não deveria ter", lamenta Helen ao Metro.

Por isso, hoje ela mantém uma espécie de central de achados e perdidos no Facebook local, onde posta fotos dos itens recém-roubados, acompanhadas de pedidos de desculpas e seu endereço para que os donos possam recuperar as peças.

A fama de Leonardo não é exagero. Em um único dia, o felino já bateu o recorde de nove peças roubadas, incluindo uma camisa “confiscada” logo às 8h10 da manhã, antes mesmo das lojas abrirem.

Ele prefere roupas masculinas, especialmente cuecas boxer de seda e meias de trabalho grossas.

Mas nada impede que, de vez em quando, apareça com um suéter caríssimo ou, quem sabe, uma cobra de pelúcia de um metro e meio de comprimento.

Apesar dos esforços de Helen para controlar o impulso do gato, que incluem mantê-lo dentro de casa ou oferecer roupas próprias para ele “roubar”, Leonardo continua voltando para casa com novos “troféus”.

Um dos vizinhos afetados precisou começar a secar as roupas dentro de casa, já que é alérgico a gatos e não quer arriscar um ataque felino aos varais.

Uma tendência nada rara

Se você pensa que Leonardo é um caso isolado, está muito enganado. Ele é apenas mais um nome em uma longa lista de gatos ‘cleptomaníacos’ que fazem fama, sucesso e um pouco de bagunça mundo afora.

Na Inglaterra, por exemplo, a gata Kee Kee, moradora de Wells, Somerset, ficou conhecida em 2020 por invadir casas e carregar peças íntimas alheias como se fossem brindes.

Sua tutora, Georgia Careless, de 21 anos, passou por várias situações constrangedoras ao precisar devolver pilhas de meias, cuecas, calcinhas e até um biquíni aos legítimos donos.

Kee Kee também não tem pudor de levar petecas, bolas de malabarismo e outros objetos inusitados para casa. Quando a temperatura sobe no verão e as portas ficam abertas, ela vê sua chance. E aproveita.

Mais recentemente, Karate Chop, um gato laranja com gosto refinado, decidiu que o básico não era suficiente. Nada de meias ou cuecas. Seu negócio é calçado de marca. Ou melhor, tênis da Nike.

Sua dona, Samantha Foster, teve que criar um grupo de “achados e perdidos” para tentar devolver os itens. E sim, toda vez que um vizinho perdia um tênis, já sabia para onde olhar: o quintal de Karate Chop.

Os sapatos eram levados até o quarto da dona, um por um, como se fossem presentes valiosos. Às vezes, o bichano ainda acompanhava a entrega dos itens perdidos, miando com orgulho pela missão cumprida.

Já nos Estados Unidos, a família de Heather Bardi se viu cercada por peças de roupas misteriosas aparecendo na varanda. Roupas que não pertenciam a ninguém da casa.

Preocupada, a tutora instalou câmeras e até chamou a polícia. O mistério só foi resolvido quando as imagens mostraram o verdadeiro responsável: o próprio gato da família, Galacticat, que vinha secretamente saqueando a lavanderia do vizinho.

Criminosos fofos

Apesar do transtorno, ninguém consegue realmente ficar bravo com esses pequenos meliantes. Os vizinhos de Leonardo, por exemplo, não apenas o perdoam como se sentem privilegiados quando são “escolhidos” como vítimas.

“Alguns deles ficam até chateados por ele não ter roubado nada deles”, contou Helen.

Ainda assim, ela torce para que o comportamento de Leonardo seja apenas uma fase passageira.

“Espero que ele supere isso, porque não quero fazer isso por uns 15 anos. É muita burocracia.”

Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.