Mulher adota filhote 'fofinho' de abrigo — ninguém esperava no que ele se transformaria

Em 2024, Anna Winning adotou, do abrigo Cork Dog Action Welfare Group (DAWG), localizado em Cork, na Irlanda, um cachorrinho de apenas nove semanas de idade.

Na época, o filhote era descrito como fofinho, calmo e carinhoso, o típico “grude” de colo que só queria atenção e afeto.

Anna se apaixonou de imediato e o levou para casa, acreditando que teria ao seu lado um cãozinho adorável e de aparência comum.

Mas, com o tempo, o que era um filhote delicado e meigo foi se transformando... até adquirir uma aparência bastante incomum.

Seu focinho cresceu de forma desproporcional, os olhos ficaram com uma cor exótica, e seu corpo assumiu traços que muitos descreveriam como engraçados ou até peculiares.

Mesmo com a transformação inesperada, Anna jamais pensou em devolvê-lo ao abrigo.

Ela abraçou cada detalhe do visual único de seu cão, que recebeu o nome de Rolo e encantou os internautas assim que foi apresentado.

A adoção

Em entrevista à Newsweek, Anna contou que já fazia tempo que sonhava em adotar um cachorrinho. Foi então que sua cunhada enviou uma foto de Rolo no abrigo, e ela rapidamente organizou uma visita para conhecê-lo.

Anna foi até o abrigo acompanhada do marido, e lá descobriu que Rolo havia sido resgatado por um bom samaritano, que o encontrou ao lado de seu irmão em situação de abandono.

Antes de estar pronto para adoção, o pequeno lutou pela vida. Ele ficou muito doente, passou por momentos delicados e só depois de se recuperar totalmente foi considerado apto a encontrar uma nova família.

Nesse momento, Anna e seu marido apareceram, dispostos a oferecer a Rolo a chance de recomeçar, com amor, cuidado e tudo o que ele sempre mereceu.

No abrigo, um dos funcionários os alertou de que, apesar de ainda ser um filhote, Rolo provavelmente cresceria e se tornaria um cão de grande porte.

Mesmo assim, eles não hesitaram. Para o casal, o tamanho era o de menos. O que importava era o vínculo que já começava a nascer.

Bom, o tempo passou e a previsão se confirmou. Como disse Anna, "nós não imaginávamos o quanto ela estaria certa", enquanto Rolo crescia, e crescia, e crescia, até se tornar um cão grande e com uma beleza única.

"Pelo formato da caixa torácica, eu percebi que ele era um lurcher, mas pelas cores, achamos que fosse cruzado com rottweiler. Mas, conforme ele crescia, o formato do rosto definitivamente não batia," disse Anna.

Anna contou que o que mais chamava atenção em Rolo, além das pernas compridas, eram as sobrancelhas finas, que continuavam crescendo com o tempo.

Explicou que o pelo também foi ficando mais longo e espesso, adquirindo uma tonalidade acinzentada, o que fazia com que ele parecesse mais velho do que realmente era.

Acrescentou ainda que os olhos, que eram azuis, se tornaram dourados, e essa mudança costuma atrair muitos elogios por onde ele passa.

Quando Anna enviou fotos de Rolo para o Cork Dog Action Welfare Group, o abrigo de onde ele foi adotado, a equipe ficou encantada com a transformação. No dia 1º de agosto, publicaram no >Facebook uma postagem comparando Rolo filhote com o cão impressionante que ele se tornou.

"Quando Anna e a família se candidataram a um amigo fofinho que gostasse de passear, sabíamos que ele era fofinho, mas não podíamos prever o quão grande e fofinho ele ficaria! Rolo se tornou um DESLUMBRANTE. Anna nos contou que eles são parados onde quer que vão", escreveram na legenda da publicação.

É claro que o post viralizou, acumulando mais de 1.300 curtidas e dezenas de comentários carinhosos.

"Todos nós amamos o Rolo! Ele é um cão tão feliz e traz muita alegria a todos que conhece. Obrigado a todos que ajudaram a resgatá-lo", escreveu uma internauta.

"Linda e adorável história com um final feliz. Obrigado a todos que se importaram e amaram esse lindo bebê peludo", comentou outra.

Muitas pessoas também tentaram adivinhar a raça de Rolo, com sugestões que iam desde lurcher e saluki até wolfhound irlandês.

Aqui no Brasil, ele já seria classificado como um cachorro fiapo de manga, daqueles que chamam atenção só de passar, né?

Se você não conhece essa “raça brasileira” cheia de carisma, está na hora de descobrir os encantos do famoso cachorro fiapo de manga.

Não é uma raça oficial, mas sim um apelido carinhoso que nós, brasileiros, damos àqueles cães sem raça definida, peludos, compridos, meio desengonçados… e cheios de charme.

Eles costumam ter o pelo desgrenhado, um olhar de pureza misturado com travessura, e uma alegria de viver que conquista qualquer um. Podem ser grandes, pequenos, misturados com tudo e é isso que os torna tão únicos.

São cães que não se encaixam em padrões, mas se encaixam perfeitamente no coração de quem os adota.

E talvez seja isso que mais os define: não nasceram para competir em exposições, mas para preencher lares com amor genuíno, companheirismo e muita bagunça boa.

Afinal que misturinha Rolo é?

Anna contou que, toda vez que sai para passear com Rolo, é abordada por pessoas curiosas querendo saber qual é a raça dele. Foi então que a família decidiu fazer um teste de DNA para descobrir.

O resultado revelou que Rolo é uma mistura de Saluki e galgo, com cerca de 2% de herança genética de Scottish Deerhound.

Anna explicou que essa raça é como uma "versão menor de um Wolfhound irlandês", então, segundo ela, as pessoas não estavam tão longe assim em suas suposições.

Hoje, Rolo tem 11 meses, o que significa que ainda tem muito o que crescer. Mas, junto com o tamanho, cresce também o carinho que ele distribui por onde passa. Cheio de energia, ele é amoroso, divertido e adora uma boa travessura.

"Rolo adora mastigar tudo o que encontra pela frente, mas, felizmente, praticamente não mexeu nos móveis da casa. Tem amigos no parque com quem gosta de brincar, e sua atividade favorita é perseguir e ser perseguido".

Anna também contou que Rolo é muito ágil e adora correr, mas de vez em quando acaba encontrando um adversário à altura.

Segundo ela, quando está brincando com outros cães, nada mais parece importar. Nem mesmo seus petiscos favoritos — frango e queijo — conseguem distraí-lo da diversão.

Rolo não poderia ter sido adotado por família melhor. Cercado de amor, cuidado e aceitação, ele encontrou exatamente o que todo cão merece: um lar onde pode ser quem é, com todas as suas particularidades, travessuras, alegria de viver e, claro, sua beleza única.