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'Primeiro você começa': Cão caramelo que colocou artista para correr em 2018, reaparece e mostra que melhorou sua técnica

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em Humor

O caramelo mais famoso do Vale do Ribeira está de volta. O cão, que ficou conhecido em 2018 após perseguir um artista fantasiado de biscoito do filme Shrek durante um evento cultural, reapareceu em fevereiro de 2025 e mostrou que não perdeu e até aprimorou a sua “técnica” de abordagem.

A cena, compartilhada pelo perfil Registro City, no Vale do Ribeira / SP no Instagram, já acumula mais de 5,8 milhões de visualizações, 385 mil curtidas e 2,5 mil comentários.

A nova aparição aconteceu durante uma apresentação de rua. Enquanto um grupo de dançarinos se apresentava, um integrante vestido com uma fantasia menor no estilo piloto de Fórmula 1, chamou a atenção do caramelo.

Em segundos, o cão avançou, correndo ao redor do artista e tentando morder partes da roupa. A dúvida que pairou entre internautas foi ‘seria a mesma “vítima” de 2018’?

Oito anos de “treinamento”

O histórico do cão começou em março de 2018, quando ele “invadiu” a edição do evento daquele ano e interagiu de forma nada sutil com o personagem de biscoito gigante.

Na época, o público riu, mas seguranças precisaram intervir para proteger a fantasia e a pessoa que a vestia.

Agora, oito anos depois, o cão parece ter adaptado seu estilo. “Perseverança, consistência, garra. E mordidas”, brincou a publicação do Registro City, ressaltando que o animal, com anos de prática, já é “requisitado” para performances e até cogitado como tema de escolas de samba.

Entre os comentários mais curtidos, internautas brincaram:

“Caramelo: mudou de roupa mas não mudou o cheiro, receba, distraído”, disse Carlos.
“Caramelo: já falei que não quero saber de desfile na minha rua! Kkkkkkkk”, postou Mari.
“Que possamos persistir e correr atrás dos nossos sonhos tanto como esse caramelo”, escreveu Sophi.

A própria Prefeitura de Registro emitiu uma nota oficial:

“Reconhecemos todo o seu talento e persistência. Embora suas interações sejam, digamos, ‘intensas’, entendemos que ele faz parte da cultura e do folclore da cidade e de todo o país. Seguimos monitorando a situação e reforçamos que, apesar da fama, ele continua recusando crachás e treinamento formal.”

A reação do cão pode ter relação com instintos de caça e brincadeira. Fantasias grandes ou coloridas despertam curiosidade e, em alguns casos, o impulso de perseguir e morder.

Um ícone da cultura caramelo

O caramelo brasileiro já é reconhecido como símbolo de resistência e simpatia. Em cidades menores, vira-latas com pelagem dourada fazem parte do cenário urbano, conhecidos por sua inteligência e personalidade forte.

No caso de Registro, o cão ganhou status de “patrimônio afetivo”, sendo lembrado por moradores como um personagem recorrente de eventos de rua.

Como os cães enxergam o mundo e por que eles não veem tudo em preto e branco

Segundo o site da Fórmula Animal, ao contrário do que muitos pensam, os cães não vêem o mundo em preto e branco. Sua visão é adaptada para captar principalmente tons de azul e amarelo, enquanto cores como verde e vermelho aparecem de forma apagada ou acinzentada.

Isso acontece porque eles possuem menos cones responsáveis pela percepção das cores e mais bastonetes, que captam luminosidade, garantindo melhor visão em ambientes com pouca luz.

Essa adaptação vem de seus ancestrais caçadores, que precisavam estar alertas tanto para encontrar presas quanto para evitar predadores durante a noite.

Os cães conseguem detectar movimentos a até 600 metros de distância e têm visão periférica de até 240 graus, bem maior que a dos humanos, que é de 180 graus.

Por outro lado, são considerados míopes, enxergando com nitidez apenas objetos próximos, de até seis metros.

Essa combinação de habilidades faz com que eles sejam especialistas em perceber o que se move ao redor, mesmo fora do foco principal.

Então, se quiser agradar seu cão com um novo brinquedo, aposte nas cores que ele realmente enxerga bem, como o azul e o amarelo, e prepare-se para vê-lo se divertir de longe, reconhecendo e perseguindo o objeto com a precisão que só um bom caçador de quatro patas tem.

Assista abaixo:

Acho que agora entendemos por que as fantasias do evento no Vale do Ribeira chamaram a atenção do cão, não é mesmo??

Beatriz é jornalista formada pela Universidade de Passo Fundo, com especialização em Escrita Criativa e Editoração pela Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera. Apaixonada por narrativas envolventes e pelo universo pet, ela também possui certificação em Storytelling para Marketing Digital pela Santander Open Academy, o que complementa sua habilidade de transformar histórias reais em conteúdos informativos e inspiradores. Dedica-se à produção de reportagens que valorizam a convivência ética e afetiva entre humanos e animais de estimação, promovendo empatia, informação de qualidade e o respeito aos animais.