'A coisa mais preciosa que vi hoje': Mulher não consegue acreditar ao ver quem estava escondido junto com filhotes de gata
Por Ana Carolina Câmara em Aqueça o coração
Jenn é nutricionista e fez de sua paixão um verdadeiro estilo de vida.
Morando nos Estados Unidos, dedica-se integralmente à maternidade e encontra na jardinagem e na busca por uma vida saudável a inspiração para compartilhar conteúdos que despertam bem-estar e autenticidade.
Em sua charmosa propriedade, cultiva o próprio alimento e vive cercada por cães e gatos que enchem seus dias de alegria.
Foi nesse ambiente acolhedor que ela presenciou uma cena encantadora que, ao ser dividida nas redes sociais, emocionou e conquistou a internet.
A cena
Há poucos dias, a gatinha de Jenn deu à luz e, como uma verdadeira mãezinha, passou a cuidar de cada filhote com dedicação e ternura, revelando a força do instinto materno.
Mas, para surpresa de Jenn, não eram apenas os gatinhos que buscavam alimento. Ao observar a cena de amamentação, notou um pequeno intruso, um serzinho bem diferente dos demais.
Enquanto os filhotes mamavam tranquilos, no meio daquele bolo de pelos havia um animalzinho de pelagem e formato distintos.

Curiosa, Jenn afastou delicadamente a ninhada e se deparou com algo inesperado: um filhote de coelho também se deliciava com o leite da gata.
Ao ver a cena, Jenn só pôde declarar uma coisa: "quando a natureza escreve uma história melhor que a da Disney".
Ela tem razão, né? Como pode uma gata simplesmente aceitar um filhote de outra espécie entre os seus, permitindo que ele mame como se fosse um dos dela?
Esse comportamento é conhecido como allonursing, ou seja, o ato de amamentar filhotes que não são seus.
Segundo um estudo publicado em Biology Letters, o allonursing tende a ocorrer em espécies que têm ninhadas numerosas, pois o investimento individual por filhote é menor, reduzindo o custo para a mãe amamentar um filhote extra.
Em outras palavras, se a gata já está produzindo leite para vários filhotes, acolher um a mais pode exigir apenas um esforço adicional pequeno, tornando o gesto evolutivamente viável.
Assista:
Além disso, aqueles casos observados em primatas, como nos macacos-de-nariz-dourado, mostram outro aspecto benéfico: o allonursing pode oferecer nutrientes e anticorpos adicionais, aumentando a chance de sobrevivência dos filhotes.
Viralizou
Encantada com a cena, Jenn registrou o momento e compartilhou em seu perfil do Instagram, @jenn.in.the.country, no dia 22 de agosto.
Na legenda, iniciou com a frase “Vamos pausar a fofura por um momento para uma lição importante”, convidando seus seguidores a refletirem.
“Se você encontrar um animal silvestre, a melhor chance de sobrevivência dele é deixá-lo onde está. Os filhotes de cervo (fawns) são deixados sozinhos durante o dia para que predadores não sejam atraídos pelo cheiro da mãe. As coelhas fazem o mesmo, muitas vezes alimentando os filhotes apenas duas vezes por dia para manter o ninho protegido. Por volta das 3 semanas de idade, os coelhinhos começam a sair do ninho e explorar. Nessa fase, têm aproximadamente o tamanho de uma bola de tênis, os olhos já estão abertos e conseguem pular sozinhos. Apesar de parecerem frágeis, muitos já estão desmamados ou próximos disso.”
Após esse momento de ensino, Jenn concluiu: “Agora, vamos voltar a esse momento fofo e torcer pelo melhor para esse pequenino e sua ‘família adotiva’ de gatinhos.”
A publicação já ultrapassou 5,4 milhões de visualizações e recebeu milhares de comentários emocionados.
“Eu tinha um coelho e gatos quando criança, e eles se davam muito bem! Eu os deixava andar livremente pela casa e o coelho estava sempre abraçadinho com os gatos nas árvores para gatos”, compartilhou uma seguidora.
“E todos nós sabemos que esse será o filho favorito das mães”, brincou outra.
“Essa é a coisa mais preciosa que vi hoje. Abençoada seja essa mamãe gata por compartilhar tanto amor”, declarou uma terceira.
Assista ao vídeo:
Fofo demais! E você, já presenciou algo parecido entre animais de espécies diferentes? Conta pra gente nos comentários.
Caso parecido
No White Lion Park, em Vladivostok, na Rússia, uma cena inesperada e emocionante mostrou como o instinto materno pode ultrapassar barreiras de espécie.
Dois filhotes de leão, recém-nascidos da leoa Sirona, enfrentaram um início de vida complicado. A mãe, ainda inexperiente, não demonstrou o cuidado necessário e chegou até a morder os pequenos, causando ferimentos que colocaram suas vidas em risco.
Diante dessa situação delicada, o diretor do parque, Viktor Agafonov, decidiu intervir rapidamente. Como os filhotes eram muito jovens, precisavam desesperadamente de uma presença materna para garantir alimento, calor e proteção. Foi então que surgiu uma alternativa: uma pastora alemã que havia dado à luz recentemente.
A cadela, acostumada a cuidar de ninhada numerosa, tinha leite suficiente e um instinto protetor aguçado. Apesar de não simpatizar com gatos, segundo relatou Agafonov, ela recebeu os pequenos leões como parte de sua família, acolhendo-os sem hesitar. Enquanto Sirona havia falhado em seus primeiros passos como mãe, a pastora alemã assumiu o papel com dedicação e carinho, oferecendo não apenas nutrição, mas também segurança e afeto.
“É interessante que esta cachorrinha não goste de gatos, mas ela decidiu aceitar os pequenos leões africanos em sua família. Ela tem um filhote, menor do que os leõezinhos, e leite suficiente, já que no passado chegou a alimentar oito filhotes”, explicou Viktor.
Assista:
O gesto da cadela não só garantiu a sobrevivência dos leõezinhos, como também revelou a força universal da maternidade. Casos de animais criando filhotes de outras espécies são raros, mas quando acontecem, encantam o mundo por mostrarem que o cuidado e o instinto de proteção podem ser mais fortes que qualquer diferença.
Agora, graças a essa mãe adotiva incomum, os pequenos leões têm uma chance real de crescer fortes e saudáveis. A história rapidamente chamou atenção, não apenas pelo inusitado, mas também como um lembrete de que a natureza pode ser surpreendentemente generosa.
Mais um caso
Em Coomera, na Austrália, uma amizade improvável conquistou corações ao redor do mundo. A pit bull Peggy, de apenas um ano, surpreendeu ao criar um laço inquebrável com uma ave da espécie pega, batizada de Molly.
Tudo começou quando Juliette e Reece Wells, tutores da cadela, encontraram Molly caída no chão durante um passeio.
Fraca e ferida, a ave foi acolhida pela família, que recebeu orientações de um especialista para garantir sua recuperação.
Em apenas uma semana, Molly estava mais forte. E foi nesse período que nasceu a conexão com Peggy.
Mesmo com portas e janelas abertas para que retornasse à natureza, Molly se recusou a ir embora. Ela passou a seguir a cadela por todos os cantos, como se fosse de fato parte da família.
Para espanto de todos, Peggy desenvolveu uma gravidez psicológica e chegou a produzir leite, acreditando que Molly era sua filhote.
Hoje, as duas são inseparáveis. Brincam, dormem juntas e até parecem ter uma “linguagem própria”. Para Juliette, que acompanha essa relação de perto, trata-se de um verdadeiro vínculo mãe e filha, construído a partir de carinho, instinto e confiança.
Veja:
Redatora e apresentadora do Canal Amo Meu Pet.
Com formação em Design de Produtos e especialização em Design de Interiores pela Universidade de Passo Fundo, a Ana encontrou sua verdadeira paixão ao unir criatividade, comunicação e o amor pelos animais.
Apaixonada por contar histórias que tocam o coração, ela estudou Escrita Criativa com o escritor Samer Agi e participa do programa JournalismAI Discovery, organizado pela Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres e a Iniciativa de Notícias do Google, buscando se aprofundar no universo digital.
Hoje, dedica-se a produção de conteúdos que informam, emocionam, conscientizam e arrancam sorrisos.