Cachorro teimoso insistia para fazer xixi no quintal de casa - minutos depois, tutores precisaram chamar socorro

Por
em Cães

Bruiser já não é mais um cãozinho cheio de energia como antes, mas isso não significa que ele tenha deixado de lado seu jeitinho marcante.

Como todo bom idoso, ele já sabe exatamente o que gosta e, principalmente, o que não gosta. E uma das suas maiores exigências é seguir à risca sua rotina.

“Bruiser é teimoso e não gosta de mudanças”, contou Nicole Michell, sua tutora, ao The Dodo.

Essa personalidade firme acabou levando o cão a uma situação um tanto… desagradável.

O incidente

Nicole e seu namorado haviam viajado recentemente e pediram a um amigo que dormisse na casa para fazer companhia a Bruiser, de 13 anos, que mora com eles no interior de Nova York (EUA).

Acontece que os fundos da casa estavam em reforma. O casal construía um novo deck, justamente no espaço onde Bruiser sempre fazia suas necessidades.

Para evitar confusões, Nicole orientou que o amigo levasse o cão pela frente da casa para o “banheiro improvisado”. Mas Bruiser não concordou nem um pouco com o plano.

“Ele não queria sair pela porta da frente”, lembrou Nicole.

Como um cão de 45 quilos não é fácil de convencer, o pet sitter tentou dar um jeitinho e levou Bruiser até os fundos mesmo, tomando cuidado com os buracos cavados para a obra.

Só que Bruiser, incomodado com a coleira e sem a liberdade de sempre, resolveu resistir.

Em meio à teimosia, ele puxou para o lado errado e, em um segundo de descuido, sua pata escorregou.

Bruiser caiu dentro de um dos buracos, ficando literalmente entalado como uma rolha em garrafa.

O pet sitter entrou em pânico, já que não conseguia tirá-lo sozinho. Nicole recebeu a ligação aflita e rapidamente pediu reforço.

Em pouco tempo, membros do controle animal local e da Companhia de Bombeiros Voluntários de Baldwin chegaram para ajudar no resgate.

“Do momento em que ele caiu até o momento em que saiu, foi um pouco menos de uma hora e meia”, explicou Nicole.

Para alívio de todos, Bruiser saiu ileso da aventura. Um pouco sujo, é verdade, mas sem nenhum arranhão. A, ainda, agindo como se nada tivesse acontecido.

“Ele estava 100% bem, só sujo. Não mancava”, disse a tutora.

Depois do susto, Bruiser voltou à sua rotina, como se nada tivesse acontecido. Os buracos foram tampados, e a família respira aliviada sabendo que o episódio terminou bem.

“Ficamos muito gratos [por todos que ajudaram]!”, disse Nicole. “Alguns bombeiros voluntários até entraram em contato comigo no dia seguinte para saber como Bruiser estava.”

A teimosia dos cães idosos

Para muitos cães de idade avançada, a teimosia costuma aparecer com força. Mas isso, na verdade, não é apenas birra.

Segundo o American Kennel Club (AKC), cães mais velhos podem ficar confusos ou desorientados, mesmo em locais familiares.

Por isso, manter uma rotina previsível é essencial, pois além de ajudar a reduzir a ansiedade, também traz segurança.

Pequenas alterações na rotina de um cão idoso podem gerar grande desconforto. Eles podem estranhar móveis em novos lugares, caminhos diferentes ou até barulhos incomuns. Por isso, sempre que possível, é importante manter os hábitos de forma consistente.

Como cuidar de um cão idoso

Além da rotina previsível, há outros pontos importantes para manter o bem-estar de cães na terceira idade. A RSPCA (Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals) lista alguns cuidados essenciais:

  • Mais descanso: cães idosos precisam de um local tranquilo, com uma caminha macia e aconchegante, longe de correntes de ar. Isso ajuda a aliviar dores articulares comuns nessa fase.
  • Banheiro acessível: eles podem precisar urinar com mais frequência. Ter fácil acesso ao espaço de higiene é fundamental para evitar acidentes e estresse.
  • Ambiente adaptado: pisos lisos podem causar escorregões, então tapetes e carpetes ajudam a dar mais segurança.
  • Exercícios leves: mesmo mais lentos, cães idosos ainda precisam de passeios curtos e frequentes, que estimulam corpo e mente.
  • Atenção ao comportamento: mudanças como desorientação, rigidez ao se mover ou alteração no sono devem ser avaliadas por um veterinário.

Manter tudo acessível também ajuda muito, já que cães mais velhos podem não ter energia para grandes deslocamentos.

Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.