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'Pai adotivo': Cachorro que cresceu junto com gata hoje a ajuda com seus filhotes e até os coloca para dormir

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em Mundo Animal

Quando Izzy resgatou uma gatinha nas ruas das Filipinas, talvez ela não imaginava que estaria dando início a uma linda história de amizade improvável.

A felina recebeu o nome de Enola, e pouco tempo depois foi surpreendida por um novo parceiro de vida: o cachorro Mycroft, que cresceu ao lado dela.

O que ninguém poderia prever é que, tempos depois, Mycroft se tornaria um “pai adotivo” exemplar.

Família ampliada

Enquanto a amizade entre os dois pets aumentava, algo a mais crescia na barriga de Enola. A gatinha estava grávida!

Izzy não fazia ideia de como seu cão reagiria aos filhotes, mas o que aconteceu foi simplesmente emocionante.

O dia da descoberta

Quando Mycroft conheceu os filhotes, ele ficou inicialmente confuso.

“Primeiro, nós apresentamos os gatinhos a ele. Ele simplesmente congelou. Não sabia o que fazer”, relembra, em um vídeo ao The Dodo.

O cão permaneceu parado, em silêncio, tentando processar a cena.

Mas assim que percebeu que aqueles pequenos seres eram filhos de Enola, sua melhor amiga, tudo mudou.

“Eventualmente, quando percebeu que eram filhotes da Enola, ele ficou super feliz. Balançava o rabo, pulava para todos os lados”, conta Izzy.

A partir desse instante, Mycroft assumiu uma nova função dentro da casa: protetor número um dos gatinhos.

O “pai adotivo” da turma

A dedicação de Mycroft foi além do esperado. Ele passou a cuidar dos filhotes como se fossem seus próprios bebês!

“Ele é muito protetor com eles. Quando começaram a engatinhar, se certificava de que não caíssem ao subir as escadas. E se aconchegava com eles sempre que estavam dormindo”, descreve Izzy.

Hoje, o que era uma surpresa, se tornou rotina.

Além de ter ajudado Enola a criar sua própria ninhada, Mycroft também auxilia Izzy no acolhimento de outros gatinhos resgatados que precisam de um lar temporário.

O cão não hesita em assumir o papel de “babá” sempre que novos filhotes chegam.

Veja o vídeo publicado pelo The Dodo:

Amor sem barreiras de espécie

De acordo com a escritora Jenny Holland, autora do livro Unlikely Friendships (Amizades Improváveis), adoções entre espécies são mais comuns do que se imagina.

À National Geographic, ela contou que já houve registros de cadelas que amamentaram esquilos, galinhas que chocaram patinhos e até macacos em cativeiro que tratavam gatos como filhotes.

Segundo a especialista, esse comportamento ainda intriga os pesquisadores.

“Eu queria poder entrar na mente desses animais e perguntar! Mas podemos fazer algumas suposições fundamentadas com base no que sabemos sobre os cérebros dos animais”, explica.

Uma das motivações, segundo ela, é o instinto. Animais são naturalmente programados para proteger filhotes, garantindo a sobrevivência da espécie.

A especialista em comportamento animal Jill Goldman acrescenta que mães recém-paridas, por exemplo, estão especialmente predispostas a acolher órfãos, graças aos altos níveis de ocitocina, o chamado “hormônio do amor”.

Outro fator é o benefício mútuo: a companhia, o afeto e até a proteção que o novo membro traz para o grupo pode servir como ‘moeda de troca’.

Mas mesmo fora desse contexto, o cuidado pode surgir de algo ainda mais simples: a busca por vínculo e afeto.

Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.