Durante passeio no shopping, cachorrinho sofre seu primeiro preconceito e caso revolta internautas
Por Larissa Soares em Cães
Latour ainda está descobrindo o mundo. Filhote de american bully cinza, com aquela carinha irresistível de bebê que dá vontade de apertar, ele adora brincar e conhecer gente nova.
Mas, infelizmente, mesmo tão pequeno e inocente, já sofreu o primeiro preconceito por causa da sua raça.
O tutor, Andrade, compartilhou o episódio nas redes sociais e logo o vídeo viralizou.
“Meu camarada sofreu o primeiro preconceito da vida dele. A gente veio no shopping que tem um parcão para os cachorros brincarem, bem tranquilo. Eu trago ele desde cedo pra todo mundo conhecer ele, pra ele não ficar com medo”, contou ele, no vídeo.
Mas, naquele dia, uma mulher falou que iria embora só por causa dele. Segundo Andrade, a moça disse ter medo de “pitbulls”.
“Primeiro que ele não é pitbull e, segundo, não tem porque ter medo de pitbull, porque geralmente o problema são os donos, não os cães. E ele é super tranquilo!”, explicou.
Para piorar a ironia, quando Latour foi tentar brincar, quem partiu para morder foi o outro cãozinho, não o “assustador” bully.
Reações nas redes
A cena mexeu com os internautas, que se derreteram pela carinha triste de Latour e se indignaram com o preconceito.
“Ele é um bebezinho”, comentou um seguidor.
“Como pode com essa carinha de neném?”, escreveu outro.
“Disse tudo… o problema comportamental costuma estar nos outros…”, reforçou uma internauta.
Já outra pessoa brincou:
“Eu não deixaria ele brincar! Porque estaria fazendo carinho nele”.
A importância da socialização precoce
Apesar da situação chata, Andrade estava fazendo exatamente o que todo tutor responsável deve fazer: socializar o filhote desde cedo.
De acordo com a veterinária comportamental Wailani Sung, em artigo publicado no Pet MD, o período entre 3 e 12 semanas de vida é crucial para a socialização.
É nessa fase que o cérebro do filhote está mais aberto para aprender sobre o mundo, se acostumar com sons, cheiros, pessoas e outros animais.
“Filhotes que não são expostos a experiências variadas nesse período tendem a se tornar cães mais ansiosos e medrosos na vida adulta, o que pode gerar problemas de comportamento”, explica.
Por isso, levar o filhote para passeios, deixá-lo interagir com pessoas diferentes, conhecer ambientes variados e brincar com outros cães vacinados é fundamental. Essa bagagem o ajuda a se tornar um adulto equilibrado e confiante.
Dicas para socializar um filhote:
- Leve-o para caminhadas curtas em horários diferentes do dia.
- Apresente-o a superfícies variadas: grama, concreto, areia, cascalho.
- Promova encontros controlados com cães saudáveis e vacinados.
- Mostre-o a pessoas de todas as idades e perfis.
- Encerre a experiência se ele se mostrar desconfortável. Forçar pode causar o efeito contrário.
No caso de Latour, Andrade já estava no caminho certo. Mesmo com o preconceito alheio, o filhotinho seguirá crescendo com boas experiências e muitos fãs online torcendo por ele.
Você pode acompanhar o crescimento de Latour no TikTok (@latoureandarde).
O pitbull que só queria nadar
Ano passado, outro episódio só reforçou o quanto o preconceito contra “cães de cara de mau” costuma ser injusto.
Em uma cachoeira nas Filipinas, turistas se assustaram quando viram um enorme pitbull entrando na água.
Mas a verdade não era assustadora, mas sim, fofa: o cão, chamado Rambo, só queria se divertir. Animadíssimo, ele correu para mergulhar e curtir o banho de cachoeira.
Bastou alguns segundos para todos perceberem que não havia ameaça nenhuma, só alegria.
Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.