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Motorista descobre família morando no motor ao abrir capô de carro

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em Gatos

Um simples giro de chave no motor quase terminou em tragédia, mas se transformou em uma emocionante história de resgate animal.

No Mississippi (EUA), a norte-americana Avery Hood encontrou algo que nunca imaginou, uma ninhada inteira de gatinhos vivendo escondida no capô de seu carro.

Dias antes da descoberta, Avery e sua amiga Andrea Moore haviam tentado localizar os filhotes em uma área de mata fechada.

Moradores da região já alimentavam a gata-mãe, mas ninguém conseguia alcançar os gatinhos, que se escondiam em um ponto profundo da floresta. A dupla se mobilizou para resgatá-los, mas sem sucesso.

“Brinquei com a mãe pedindo para que ela trouxesse seus bebês até mim, mas nunca pensei que ela realmente faria isso”, contou Avery ao portal The Dodo.

Para surpresa da protetora, a gata percorreu duas ruas movimentadas e, no feriado de Dia do Trabalho, apareceu na porta da casa de Avery.

Minutos depois, ao ligar o carro, a mulher percebeu um pequeno gatinho preto saindo assustado debaixo do veículo. Foi nesse momento que ela decidiu abrir o capô, e encontrou mais dois filhotes escondidos no motor.

Com paciência e muito cuidado, Avery conseguiu retirar os filhotes, que miavam de medo enquanto eram retirados do espaço apertado e perigoso.

A cada minuto crescia o receio de que algum dos gatinhos tivesse se perdido na travessia da rua.

Quando pensava já ter todos os filhotes, um vizinho ligou avisando que outro gatinho havia sido visto sozinho.

Aos poucos, a contagem aumentou até chegar a sete pequenos felinos, quatro já no carro e três localizados em seguida.

“Continuávamos encontrando mais. Não podíamos parar até ter certeza de que todos estavam seguros.”

Sem alternativas imediatas, Avery levou a mãe e os filhotes para dentro de casa. O banheiro se transformou em abrigo improvisado, equipado com toalhas, comida e petiscos. No início, a gata-mãe mostrou resistência.

“Mamãe não ficou nada feliz quando a peguei, mas logo se acalmou quando percebeu que eu estava devolvendo seus filhotes”, explicou.

Mesmo com quatro gatos vivendo em sua residência, ela não hesitou em acolher a nova família.

Com ajuda de sua amiga Andrea, que atua no resgate de animais de rua, as duas se revezaram para garantir que os gatinhos recebessem o cuidado necessário.

O trabalho não foi fácil: mais de 12 horas do feriado foram dedicadas exclusivamente ao resgate, incluindo a instalação de uma armadilha humana para capturar os últimos filhotes de forma segura.

Ao final do dia, todos estavam a salvo, a mãe e seus sete bebês descansavam juntos em segurança.

A sensação de alívio tomou conta.

“Ela é uma mãe muito boa, conseguiu manter todos os seus filhotes protegidos apesar de tantas dificuldades”, destacou Avery.

Recuperação e primeiros cuidados veterinários

Os gatinhos passaram alguns dias recuperando as energias, aconchegados em toalhas macias e brincando com brinquedos improvisados. Logo chegaram as primeiras consultas veterinárias.

O diagnóstico foi animador: todos estavam saudáveis, com cerca de nove semanas de vida, idade em que começam a explorar o ambiente e revelar suas personalidades.

O único contratempo foi um arranhão na testa de um dos filhotes, tratado rapidamente com antibióticos.

A mãe, com menos de um ano de idade, também passou no exame clínico e mostrou estar em boas condições.

O próximo passo para essa família felina é a transferência para um abrigo de confiança, onde poderão receber acompanhamento até estarem prontos para adoção.

Para Avery, o processo foi exaustivo, mas recompensador.

“[A mãe] agora está calma e já confia em nós. Ela também merece uma segunda chance”, afirmou emocionada.

A família felina do Mississippi transformou um feriado comum em uma jornada de superação.

De um motor de carro para um lar temporário cheio de afeto, esses sete gatinhos agora têm a chance de um futuro seguro.

Para Avery, a experiência reforçou sua missão de ajudar animais em situação de risco.

“Eles estão começando a brincar, a mostrar suas personalidades. Cada dia é uma nova descoberta”, disse.

Por que é importante controlar a reprodução de gatos?

Uma gata pode ter em média 3 a 4 gestações por ano, já que o intervalo entre uma cria e outra pode ser de apenas 3 a 4 meses.

Cada ninhada costuma trazer de quatro a sete filhotes, mas esse número pode variar e, em alguns casos, ultrapassar essa média.

Considerando esse ritmo, uma única felina pode gerar até 20 filhotes em apenas um ano, o que multiplica rapidamente a população felina.

A gestação das gatas é relativamente curta, durando cerca de 60 a 65 dias. Isso significa que, sem intervenção, a reprodução é contínua e quase incontrolável.

A cada nova ninhada, aumentam também as chances de filhotes sem lar, sujeitos ao abandono, atropelamentos, doenças infecciosas e até maus-tratos. Esse cenário reforça a urgência da castração como medida preventiva.

O controle reprodutivo não beneficia apenas a comunidade, mas também a própria saúde da felina.

A castração reduz os riscos de câncer de mama e infecções uterinas, além de minimizar o estresse do cio.

Do ponto de vista social, ajuda a conter a superpopulação de gatos de rua e garante que os animais já existentes tenham mais oportunidades de encontrar lares responsáveis e amorosos.

Beatriz é jornalista formada pela Universidade de Passo Fundo, com especialização em Escrita Criativa e Editoração pela Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera. Apaixonada por narrativas envolventes e pelo universo pet, ela também possui certificação em Storytelling para Marketing Digital pela Santander Open Academy, o que complementa sua habilidade de transformar histórias reais em conteúdos informativos e inspiradores. Dedica-se à produção de reportagens que valorizam a convivência ética e afetiva entre humanos e animais de estimação, promovendo empatia, informação de qualidade e o respeito aos animais.