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Prestes a fechar cafeteria, funcionário adota gatinho que implorava por ajuda; dias depois, novo dilema surge

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em Gatos

No início do ano, Yassine Harouchi trabalhava em uma cafeteria em Casablanca, no Marrocos, quando notou um pequeno visitante circulando pelo local.

Um gatinho minúsculo, claramente de rua, entrou na cafeteria e decidiu que não sairia de lá sozinho.

“Ele pulava no colo de todo mundo. Não deixava ninguém trabalhar”, contou Yassine em entrevista ao The Dodo.

O problema é que a cafeteria estava prestes a fechar e o dono do estabelecimento não queria saber de gato perambulando por lá.

O visitante estava prestes a ser expulso do local, mas Yassine sabia que aquilo poderia ser uma sentença cruel. Estava frio, chovia e aquele bebê não tinha para onde ir.

Foi então que ele tomou a decisão:

“Eu pensei: ‘Ok, sabe de uma coisa? Não se incomode. Ele vai ficar comigo’”, relembrou.

O começo da história de amor

Yassine, que já é envolvido em resgates de gatos com a iniciativa The Yass House, levou o filhote ao veterinário. Lá, veio o diagnóstico de uma infecção respiratória superior.

Foram nove dias de quarentena, cuidados e remédios, até que finalmente o pequeno estava pronto para recomeçar.

Com a saúde recuperada, sua personalidade começou a florescer: brincalhão, cheio de energia e claramente em busca de companhia.

Mas o destino ainda tinha mais planos.

Romeu e Julieta

Apenas uma semana depois, Yassine encontrou outra gatinha em situação parecida: sozinha na rua, em um dia frio e chuvoso.

E, mesmo com aquele pensamento inicial de “ah… mais um não!”, o coração falou mais alto.

A segunda gatinha foi resgatada, levada ao veterinário e, em seguida, apresentada ao primeiro. E o resultado não poderia ser mais fofo.

Em questão de dias, os dois estavam inseparáveis. Brincavam juntos, dormiam abraçados e até se lambiam como se sempre tivessem se conhecido.

“Eles se apaixonaram imediatamente”, contou Yassine.

Foi assim que os gatinhos receberam o nome de Romeu e Julieta.

Em busca do ‘felizes para sempre’

Hoje, Romeu e Julieta não fazem nada separados. Eles se tornaram o típico casal felino que se diverte junto, compartilha o mesmo espaço para dormir e, claro, apronta juntos.

Agora, os dois procuram uma família disposta a adotá-los em dupla. Afinal, como separar um casal que já deixou claro que a vida só faz sentido quando estão lado a lado?

“Se há uma família que adora brincar com gatos, Romeu e Julieta é para ela”, disse Yassine.

Por que adotar em dupla é tão especial

Romeu e Julieta são um bom exemplo de como dois gatos podem transformar a vida um do outro. Segundo informações do BARC (Blacktown Animal Rehoming Centre), adotar dois gatinhos pode trazer inúmeros benefícios.

Apesar da fama de independentes, os gatos não são animais totalmente solitários. Dentro de casa, eles prosperam quando têm companhia.

Um felino sozinho pode se sentir entediado e até desenvolver problemas comportamentais ou de saúde, como ganho de peso por falta de estímulo.

Quando adotados em dupla, a realidade é outra:

  • Eles se entretêm mutuamente, brincando e gastando energia.
  • Um serve de exemplo para o outro, o que facilita até o aprendizado de bons comportamentos.
  • A estimulação mental é constante, prevenindo destruições causadas por tédio.
  • Eles têm um companheiro de carinho para quando o tutor não está em casa.
  • Até na hora das refeições isso ajuda: gatos mais exigentes tendem a se motivar a comer quando veem o outro comendo.

E se você já tem um gato adulto, dois filhotes são melhores do que um só. Isso porque eles gastam energia brincando entre si, sem sobrecarregar o gato mais velho.

Além de tudo isso, adotar dois gatos significa salvar duas vidas.

Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.