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Gato desaparecido há 7 anos não para de ronronar após reencontrar seu 'pai'

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em Gatos

Durante sete anos, ninguém sabia ao certo onde Bayou estava. O gato laranja com um olho turvo sumiu durante uma tempestade na Califórnia (EUA) em 2018.

Sua família o procurou incansavelmente colando cartazes, publicando nas redes sociais, andando pelo bairro noite após noite. Mas nada.

Aos poucos, o casal precisou aceitar que seu amado gatinho talvez nunca mais voltasse, embora a esperança seguisse guardada em silêncio.

Só que Bayou não estava pronto para encerrar essa história.

O resgate

Bayou foi encontrado recentemente vivendo sob uma ponte, em uma estrada remota de exploração madeireira.

Magro, faminto e com aparência de gato de rua, ele se aproximou dos trabalhadores da construção em busca de comida.

Primeiro ganhou macarrão, depois um saco de ração levado por Jenifer Bird, protetora do grupo Felines of Philo.

E foi ali, com o focinho enterrado no saco de comida, que Bayou mostrou que ainda tinha muito amor para oferecer.

“Ele estava faminto, magro e parecia um gato velho. Mas ficou imediatamente amigável e feliz em me ver”, contou Jenifer ao portal The Dodo.

Ao escanear o microchip, Jenifer descobriu que aquele gato não era um desconhecido qualquer.

O código levava ao Heavenly Angels Animal Rescue, em Nova York, que em 2013 havia resgatado Bayou de uma casa de acumuladores.

Na época, ele foi adotado por um casal apaixonado que se mudou com ele para a Califórnia.

Bayou vivia dias ensolarados debaixo dos limoeiros e se esparramava no quintal como um pequeno leão. Até que a tempestade de 2018 o assustou e fez com que ele desaparecesse por sete anos.

O reencontro

Jenifer conseguiu localizar a antiga família pelas redes sociais. Quando recebeu a notícia, o casal não conteve as lágrimas: seu menino estava vivo.

Em agosto, aconteceu o reencontro emocionante e Bayou, que havia passado semanas em recuperação, ronronava sem parar ao reconhecer seu ‘pai’.

Caso parecido

Em 2022, o caso do gato Sam também emocionou a internet. O gato havia desaparecido 11 anos antes, após se assustar com um cachorro e fugir para a rua.

Sua tutora, Jennifer Ravenel, tentou de tudo para encontrá-lo, mas os anos foram passando e a dor da perda precisou ser aceita.

Até que um abrigo da Carolina do Sul escaneou o microchip de um gato de rua e lá estava o nome de Jennifer. Quando recebeu a ligação, ela largou tudo o que estava fazendo e correu para reencontrar Sam.

Mais velho, mais magro e marcado pela vida nas ruas, ele ainda era o mesmo gato carinhoso.

Ao ser colocado no colo de Jennifer, começou a amassar pãozinho no ar, como se entendesse: “finalmente, em casa”.

O papel fundamental do microchip

Se Bayou e Sam puderam voltar para suas famílias, isso só foi possível graças ao microchip.

O dispositivo, do tamanho de um grão de arroz, é implantado sob a pele do pet e armazena informações essenciais, como nome, idade, cor e, principalmente, os dados de contato do tutor.

De acordo com a Petlove, o microchip funciona como uma espécie de “RG” do animal. Ao ser escaneado em clínicas ou abrigos, o número aparece em um banco de dados e permite localizar os responsáveis.

É importante lembrar que o microchip não é um rastreador com GPS. Ele não mostra a localização em tempo real, mas é a ferramenta mais segura para reunir pets perdidos com suas famílias.

“Sem o microchip, esse reencontro maravilhoso provavelmente nunca teria acontecido”, reforçou Aldwin Roman, vice-presidente da Sociedade Animal de Charleston, no caso do gato Sam.

No Brasil, diversas cidades já oferecem microchipagem gratuita em mutirões de castração, como em São Paulo. Em lugares como Rio de Janeiro e Jundiaí, a implantação é obrigatória. Além disso, para viagens internacionais, o dispositivo é exigido em vários países, como União Europeia, Japão e Uruguai.

O procedimento é simples, rápido e indolor, feito por veterinários com uma aplicação semelhante à de uma vacina.

Depois da implantação, cabe ao tutor manter os dados sempre atualizados para garantir que, em caso de fuga, a identificação seja eficaz.

Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.