Em dia de despedida, cachorrinha de abrigo se agarra no pescoço de protetora e se nega a soltar

Por
em Proteção Animal

Em 17 de julho, a ativista da causa animal Patrícia Regina resgatou uma cachorrinha que estava há dias sofrendo com um prolapso retal, a filhote foi encaminhada às pressas para cirurgia que felizmente foi bem sucedida.

“Graças ao resgate rápido, ela foi levada para a cirurgia e agora se recupera bem.”, escreveu na legenda do Instagram.

Duas semanas após o resgate e a cirurgia, ela já estava pronta para adoção. No entanto, a cena que se seguiu foi de cortar o coração da ativista e de todos os seus seguidores.

No dia 1º de agosto a nova família deveria ir buscá-la, mas ela não estava pronta para se despedir da mulher que salvou sua vida e a cuidou com tanto amor e carinho.

“Chegou o dia de ir para a sua nova família, mas olha o que ela fez… me agarrou”, escreveu Patrícia no novo vídeo.

A filhotinha estava no colo da protetora a abraçando pelo pescoço como se pedisse para ficar, pedindo para que Patrícia não a deixasse ir.

O momento emocionou e obteve mais de 4 milhões de visualizações, 241 mil curtidas e 9 mil comentários.

Alguns internautas, como Gracilete, pediram que a protetora ficasse com ela.

“Meu Deus eu não dava. Que coisa linda, ela lhe adotou”.

No entanto, outros relataram que, ao adotar seus pets, também presenciaram uma cena parecida.

“O meu Zé Raimundo também ficou agarrado na protetora, ele tinha sido resgatado. Isso é medo de sair desse lugar seguro e de amor para ir para um lugar desconhecido. Medo de voltar a sofrer maus-tratos...Hoje ele nos ama muito e nós somos o porto seguro dele.”.
“Quando fui adotar a minha Mel, ela se agarrou na protetora. O olhar de medo da separação, do porto seguro. Devagarzinho fui fazendo carinho, falando baixo e consegui que viesse para o meu colo. Enfim, 8 anos comigo, feliz, amada. Eu, digitando, ela dormindo ao meu lado. Nunca esquecerei aquele momento mas sabia que ela seria amada e que a protetora, a verdadeira heroína, logo poderia fazer mais um resgate e salvar, com certeza, mais uma vida.”.

Apesar de relatos positivos, o coração da ativista falou mais alto e logo ela retornou às redes sociais para contar que decidiu ficar com a cachorrinha.

O vídeo mais recente, de 16 de setembro, mostra uma diferença enorme no comportamento da pet.

Se antes ela apareceu triste e com medo de ir para outro lar, agora ela sorri e demonstra a felicidade em ter sido adotada por Patrícia.

Confira abaixo:

O Amo Meu Pet entrou em contato com Patrícia para obter mais informações sobre sua jornada na causa animal.

"Sou da causa animal desde os meus 8 anos de idade. Hoje tenho 45. Essa cachorrinha foi encontrada na rua com prolapso retal, e as trompas saíram para fora do reto. Ela passou por cirurgia e precisava de um lar temporário por 15 dias por conta da medicação e dos cuidados pós-operatórios. Ninguém havia se oferecido para cuidar dela, então eu me disponibilizei para cuidar dela durante esses 15 dias.", explicou em entrevista.

Ela também ressaltou que se emocionou com a reação de Luna, como foi batizada, e que por isso, decidiu não entregá-la.

"Quando os 15 dias terminaram, tiramos fotos, postamos e conseguimos encontrar uma moça interessada em adotá-la. Mas, no dia em que fui entregá-la, ela se agarrou a mim. Então me sentei com ela no colo, chorando bastante, e decidi não entregá-la. Foi um sinal de que ela me ama por eu ter cuidado dela. E então resolvi ficar com esse amor verdadeiro para mim.", finalizou.

Tratamento para prolapso retal em cães: sintomas, procedimentos e recuperação

Segundo a Wag Walking o prolapso retal em cães é uma condição grave em que parte do intestino se projeta para fora do ânus.

Esse problema pode afetar animais de qualquer idade ou raça, mas é mais comum em filhotes com menos de seis meses, pois são mais suscetíveis a parasitas intestinais.

Obstruções provocadas por tumores, hérnias ou até corpos estranhos também podem desencadear a doença, geralmente após esforço excessivo para defecar.

O sintoma é facilmente identificado, pois o órgão interno fica visível. O prolapso pode ser incompleto, aparecendo apenas durante o esforço, ou completo, quando o tecido permanece para fora do corpo.

No início, a cor é vermelho vivo, mas se o tecido não for recolocado rapidamente, pode escurecer, indicando necrose, o que coloca a vida do animal em risco.

Como funciona o diagnóstico e o tratamento

O diagnóstico é feito por exame físico. O veterinário insere um dedo ou instrumento no reto para descartar a intussuscepção ileocólica prolapsada, condição ainda mais grave.

Se confirmado o prolapso, o tratamento varia conforme a gravidade.

Nos casos em que o tecido ainda está viável, é possível reposicionar manualmente o intestino com lubrificação e fixá-lo com uma sutura em bolsa.

Já quando há necrose, a cirurgia se torna obrigatória, com remoção da parte comprometida e reposicionamento do reto.

Procedimentos como colopexia, ressecção retal, anastomose e celiotomia podem ser necessários.

Prognóstico e eficácia

A recuperação depende do estado do tecido e da rapidez no atendimento. Quando o prolapso é tratado logo no início, o prognóstico tende a ser positivo.

Porém, casos que exigem amputação intestinal apresentam taxa de recuperação mais baixa e risco maior de recorrência.

Cuidados na recuperação

Após o procedimento, o cão é monitorado até a recuperação da anestesia. O uso de anestésicos locais ajuda a evitar esforço durante a evacuação. Suturas de fixação costumam ser retiradas em até cinco dias.

O tratamento pode incluir antibióticos, laxantes e antiparasitários, além de uma dieta com alimentos úmidos e de fácil digestão.

É comum que o animal apresente diarreia nesse período, por isso passeios frequentes são recomendados para evitar desconforto.

Custos do tratamento

O valor do tratamento do prolapso retal em cães varia conforme a gravidade. Intervenções manuais têm custo menor, enquanto cirurgias de emergência, especialmente quando há ressecção intestinal, podem elevar significativamente o preço final.

Beatriz é jornalista formada pela Universidade de Passo Fundo, com especialização em Escrita Criativa e Editoração pela Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera. Apaixonada por narrativas envolventes e pelo universo pet, ela também possui certificação em Storytelling para Marketing Digital pela Santander Open Academy, o que complementa sua habilidade de transformar histórias reais em conteúdos informativos e inspiradores. Dedica-se à produção de reportagens que valorizam a convivência ética e afetiva entre humanos e animais de estimação, promovendo empatia, informação de qualidade e o respeito aos animais.