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Conheça Bulbassauro, o cachorro que sofre de carência em estado terminal

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em Cães

Bulbassauro chegou ao abrigo Ajuda Animal, em São Paulo, ainda bebê, junto com seus irmãos de ninhada, carinhosamente apelidados de “pokémons”.

Desde o início, o pequeno já conquistava corações com seus ‘olhos de pidão’, pelúcia favorita sempre por perto e um comportamento que misturava drama e fofura.

Em 19 de agosto, o abrigo apresentou o filhote nas redes sociais e, com tanto carisma, parecia impossível que o filhote não fosse “capturado” logo.

Mas, mesmo acumulando curtidas, corações e comentários apaixonados, ninguém se voluntariava para levá-lo para casa.

O ‘diagnóstico’ grave

Foi aí que o abrigo resolveu mostrar algo ‘sério’ que estava acontecendo com o filhote.

“Tá vendo esse rostinho de boa saúde? Pois é, fachada. Porque por dentro ele tá na UTI, internado por amor. O diagnóstico oficial é carência em estágio terminal”, disse o abrigo em um vídeo no Instagram.

O único tratamento possível que poderia salvá-lo seria uma família, cafuné ilimitado e “alguém que aguente esse drama todo”.

Com a publicação, muitas pessoas ficaram encantadas pelo filhote. Mas, mesmo assim, as feirinhas de adoção seguiam sem final feliz.

No fim de setembro, o abrigo revelou que o dengoso já havia participado de seis feirinhas sem ser escolhido.

Mas, se o amor parecia difícil de chegar, Bulbassauro fazia questão de deixar clara a sua lista de exigências para futuros tutores: gostar de lambeijos, de dormir de conchinha, dar banana de sobremesa e beijinho de bom dia e boa noite.

Tudo isso, claro, acompanhado de muitas sessões de “carinho na pancinha”.

Diante de tantos detalhes, era impossível não se apaixonar ainda. E, finalmente, no dia 28 de setembro, a notícia que todos esperavam chegou: Bulbassauro foi adotado junto com sua irmã Evee. Dois pokémons capturados de uma só vez, garantindo final feliz duplo.

O remédio que também cura humanos

Se para Bulba a cura foi uma família, para os humanos a adoção também pode ser um antídoto — desta vez contra a solidão, o estresse e até a depressão.

Estudos mostram que conviver com animais de estimação melhora a saúde mental de diversas formas.

  • Amor incondicional:

Cães e gatos não julgam, não criticam, não guardam rancor. Eles simplesmente amam. Essa presença constante funciona como um ‘porto seguro emocional’, como destaca o Founders Green Animal Hospital.

Em dias difíceis, o simples fato de um animal esperar na porta ou pedir colo já é suficiente para aliviar sentimentos de tristeza ou ansiedade.

  • Redução do estresse:

Pesquisas comprovam que acariciar um animal diminui o cortisol, o hormônio ligado à tensão, e aumenta a ocitocina, o famoso “hormônio do amor”.

  • Rotina e responsabilidade:

Horários de alimentação, passeios e brincadeiras ajudam a estruturar o dia, o que é especialmente importante para quem enfrenta quadros de depressão. O simples compromisso de levantar da cama para cuidar do pet pode ser um ótimo incentivo para seguir em frente.

  • Fator social:

Passear com um cachorro costuma render novas conversas e amizades, fortalecendo o senso de comunidade. Sem falar no incentivo à atividade física, já que os passeios diários se transformam em terapia ao ar livre.

Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.