Homem sai de casa e vê filhote muito diferente montado nas costas de seu cão golden retriever

Na casa de Steve Lamplough, nos arredores de Portland, na Austrália, o contato com a vida selvagem já faz parte da rotina.

Coalas sobem e descem a enorme árvore de eucalipto no quintal, pássaros fazem serenata de madrugada e os cães correm felizes pelos dois hectares de terreno. Nada de muito surpreendente. Até semana passada.

Foi quando Denni, uma golden retriever de 9 anos, apareceu com um novo acessório nas costas. Não, não era uma capa de super-heroína. Nem uma mochila. Muito menos um casaco.

Era um filhote de coala, firme e forte, agarrado no pelo dourado como se tivesse encontrado sua mamãe.

Steve ouviu os latidos, saiu para ver o que estava acontecendo e, quando chamou os cães, Denni veio correndo, radiante.

E lá estava o coala, montado em seu ‘cavalo’ dourado.

“No começo, não acreditei no que vi”, contou Steve ao The Dodo.

Mas Denni parecia orgulhosa e o coala, confortável. Ninguém estava estressado. Só uma golden feliz da vida por apresentar seu novo amigo ao dono.

Enquanto isso, Steve não sabia se ria ou se tentava entender como ia convencer aquele bebê marsupial a largar o pelo da cadela.

"Foi tão engraçado vê-la correr, enquanto o coala parecia um jóquei balançando para cima e para baixo", disse.

Com delicadeza, fez Denni sentar, foi até os dois e soltou o coala, garrinha por garrinha. Ele levou o bebê até a árvore mais próxima e, minutos depois, lá estava a mãe, pronta para o reencontro.

Os goldens e seus amigos

Quem conhece a raça, sabe: esses cães nasceram para fazer amigos.

Penny, por exemplo, uma golden que mora no Canadá, se esforçou ao máximo para conquistar o coração das… galinhas.

Sua tutora flagrou a cena da janela: Penny balançando o rabo, saltitando, insistindo em brincar com as aves. As galinhas, desconfiadas, recuavam, mas ela persistia.

No fim, ela não só ganhou a amizade das galinhas, como ainda virou babá de pintinhos.

Outro exemplo é o golden Charlie, de Massachusetts, EUA, que tem como melhor amigo um coelho chamado Roger.

Certa vez, os dois foram flagrados cavando juntos no quintal. Ele, com suas patadas poderosas de um cão de grande porte, combinado com a escavação relâmpago do coelho, resultou em um jardim transformado em queijo suíço.

O mais curioso é perceber que, para os goldens, não importa a raça ou espécie. Nem mesmo se é algo vivo ou não.

Leo, um golden retriever de três anos que mora no Colorado (EUA), ficou chateadíssimo ao tentar brincar com uma estátua, sem sucesso.

Mas, em defesa dele, a estátua era de um homem pronto para arremessar uma bolinha. Leo, coitado, precisou aprender a lidar com a frustração na prática.

Já o golden Arlo só queria receber um carinho do Papai Noel. Mas, como era apenas uma decoração natalina, Arlo acabou ficando desapontado.

Com o golden retriever é assim: se houver a chance de amizade, eles tentam. Sem medo, sem preconceito, sem cálculo.

Apenas com a disposição natural de dizer: “vem cá, tem espaço no meu coração”. E talvez seja isso que os torna tão encantadores.