Cão ‘fiapo de bombril’ que foi abandonado nas ruas a própria sorte hoje desfila pelas ruas da Europa
Por Larissa Soares em Aqueça o coraçãoO Brasil é o berço do vira-lata caramelo, do cachorro fiapo de manga e, agora, de uma nova e glamourosa variação: o fiapo de bombril.
E o grande representante dessa nova categoria atende por um nome de Passoca.
Com seus 8 anos e 3 quilos de puro charme ou de “fiapos muito bem distribuídos”, como brincam os tutores, o pequeno Passoca tem conquistado corações pelo mundo afora.
Afinal, ele trocou as calçadas quentes do Brasil pelas ruas ensolaradas da Europa, onde desfila de carrinho de bebê como um astro.
Do abandono à fama internacional
A história de Passoca começou de forma triste. Ainda filhote, ele foi abandonado nas ruas, entregue à própria sorte.
Ninguém imaginava que aquele pequeno fiapo acinzentado, de pelos desgrenhados, um dia seria o precursor de uma nova “raça” — inventada, é claro, pela internet.
Resgatado e adotado, o cãozinho ganhou uma vida nova e um passaporte europeu. Foi em seu novo lar que seus tutores decidiram registrar nas redes o dia a dia do peludo, incluindo seus penteados e o visual sempre eletrizante.
Em um dos vídeos, os internautas ficaram hipnotizados pela textura do pelo de Passoca, que parece ter saído direto de um rolo de Bombril.
“Meu Deus!! Esse é o fiapo de manga mais fiapento que eu já vi”, disse um internauta.
“Eu já vi cachorro fiapo de manga, mas fiapo de Bombril é a primeira vez kkkkkkkk”, brincou outro.
O apelido pegou, e o fiapo de Bombril nasceu.
Pouco depois, outro vídeo viralizou. Nele, Passoca aparece desfilando de carrinho de bebê pelas ruas da Europa, exibindo com orgulho seus pelinhos grisalhos e rebeldes.
A legenda dizia:
“No Brasil abandonado à sorte, hoje desfila pelas ruas da Europa em pleno verão… de carrinho de bebê, claro! Afinal, não vai queimar as belas patinhas.”
Nos comentários, os internautas se renderam de vez:
“Mil e uma utilidades.”
“Lindo demais, como Bombril é item essencial, toda casa deveria ter um.”
“A minha também é dessa raça (fiapo de Bombril)… com pelagem estilo fiapo esfarrapado e em 50 tons de cinza.”
“Aaaa caraaaa quero um fiapo de Bombril agora.”
Passoca agora representa com orgulho todos os cães que desafiam escovas, tesouras e a gravidade.
Você pode seguir Passoca no Instagram (@passoca.thedog)
A estética do fiapo
Os “fiapos” são, na verdade, cães sem raça definida (SRD) com pelos que seguem regras próprias. São arrepiados, desordenados e incrivelmente carismáticos.
O apelido “fiapo de manga” surgiu há alguns anos, quando internautas começaram a comparar esses peludos com os fiapos que ficam presos ao caroço da fruta.
O visual bagunçado, combinado ao olhar doce e personalidade brincalhona, rapidamente transformou o termo em um elogio.
O menor fiapo de manga do mundo
Um dos representantes mais inusitados da categoria ‘fiapo’ vive nos Estados Unidos e se chama Squeem. Esse cãozinho pesa menos que um pacote de arroz.
Resgatado pela Sociedade Humanitária do Oregon, Squeem parece uma mistura de chihuahua com hamster, podendo assim representar a categoria “menor fiapo de manga possível”.
Seu pelo é tão arrepiado que parece flutuar no ar, e suas orelhas, desproporcionais, dão a impressão de que ele capta sinais de outra galáxia.
O fiapo de manga gigante (ou lobisomem?)
No outro extremo do espectro fiapudo, temos Arlo e Merlin, dois cães enormes que vivem no Reino Unido.
Quando a tutora, Claudia, publicou um vídeo mostrando os “bebês” espremidos no sofá, os internautas ficaram chocados com o tamanho e com o visual desgrenhado.
“Que raça é essa???”, perguntou um seguidor.
“Fiapo de manga gigante”, respondeu outro.
“Fiapo de jaca”, sugeriu um terceiro.
“Lobisomem”, decretou um quarto.
Na verdade, eles são Irish Wolfhounds, ou Lébreus Irlandeses, a maior raça de cães do mundo. Mas fiapo gigante é uma definição bem mais divertida.
Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.
