Aos 14 anos, cão salsicha ganha nova família e vive os melhores anos de sua vida: “Ele merece”
Por Ana Carolina Câmara em CãesPor 14 anos, Weenie, um adorável cachorrinho da raça dachshund, popularmente conhecido como salsichinha, viveu rodeado de cuidado e carinho em seu lar.
Com a chegada da velhice, porém, surgiram problemas de saúde e necessidades especiais que exigiam cuidados contínuos. Seu tutor, embora o amasse, não tinha condições financeiras de arcar com todos os custos do tratamento.
Com muito pesar, tomou a difícil decisão de entregá-lo a um abrigo local, acreditando que lá ele poderia receber a atenção e os cuidados que tanto precisava em seus últimos anos.
E foi exatamente o que aconteceu. Hoje, Weenie tem 16 anos e vive na cidade litorânea de Malibu, no sul da Califórnia, desfrutando de dias de tranquilidade, amor e merecido conforto ao lado de quem decidiu lhe dar uma nova chance.
O pequeno, antes marcado pela incerteza, agora aproveita uma rotina cheia de passeios, cuidado e muitas risadas, provando que nunca é tarde para recomeçar.
O recomeço de Weenie
Quando Sara viu um post nas redes sociais com a fotinho de Winnie e sua descrição, sentiu na hora que ele era especial. Algo naquele olhar doce despertou nela o desejo de ajudar e oferecer o lar seguro que ele tanto precisava.
Winnie tem a doença de Cushing, uma condição hormonal em que o corpo produz cortisol em excesso. Isso faz com que ele beba mais água, urine com frequência, sinta mais fome e possa perder pelos ou ficar com a barriguinha inchada. Com acompanhamento veterinário e medicação adequada, ele pode levar uma vida estável e confortável.
Além disso, Winnie estava com o pelo todo raspado por causa do tratamento contra pulgas, o que deixava seu corpinho ainda mais frágil.
Mesmo assim, nada disso impediu que Sara se apaixonasse por ele. Pelo contrário, cada detalhe só reforçou sua vontade de acolher aquele pequeno guerreiro e mostrar que ele finalmente tinha encontrado seu lugar no mundo.
Desde que chegou à sua nova casa, Winnie demonstrou gratidão e rapidamente se apaixonou por sua tutora e o seu namorado. Não importa se Sara sai por apenas 20 minutos ou por uma hora inteira, a saudade que ele sente é sempre enorme.
E sua recepção ao vê-la chegar nunca muda: Winnie corre até a porta com o rabinho abanando, olhos brilhando e aquela felicidade que só um cão que finalmente encontrou seu lar para sempre consegue demonstrar.
Cada reencontro é uma festa, como se ele quisesse lembrar, todos os dias, o quanto ela se tornou importante em sua vida.
Esse comportamento faz Sara refletir que, possivelmente, quando foi entregue ao abrigo, Winnie passou dias se perguntando onde estava sua família e por que tinha sido deixado para trás.
Hoje, ao ver o quanto ele valoriza cada retorno, ela entende o quanto aquele pequeno coração carregava de saudade e incerteza, e o quanto agora ele finalmente se sente amado e seguro.
Sara contou ao GeoBeats Animals que sempre sonhou em adotar um cão idoso, e quando viu Weenie, sentiu imediatamente que ele era o escolhido. Ela sabia que poderia oferecer a ele não apenas um lar, mas os melhores últimos anos de sua vida.
Infelizmente, nos abrigos de animais, cães idosos são frequentemente ignorados, mesmo sendo os que mais precisam de cuidado, paciência e um lar cheio de amor.
A atitude de Sara mostra como a adoção de um animal sênior pode transformar duas vidas ao mesmo tempo.
Quando alguém decide abrir o coração para um cão idoso, oferece não só conforto em seus últimos anos, mas também a chance de sentir novamente que pertence a uma família.
Winnie, por sua vez, pode até ser um cão idoso, mas tem a energia e a alegria de um verdadeiro filhote. Cada dia ao lado dele é uma prova de que a idade nunca apaga a vontade de viver, brincar e amar.
Repercutiu
A história de Weenie foi contada em vídeo e compartilhada no perfil do Instagram @geobeatsanimals no dia 31 de outubro.
Em poucas horas, a publicação alcançou milhares de visualizações e gerou uma onda de comentários cheios de carinho, empatia e identificação.
Muitas pessoas se emocionaram ao descobrir a trajetória do salsichinha, que perdeu sua família após 14 anos por motivos de saúde e dificuldades financeiras.
Entre os comentários, uma internauta desabafou: “Não consigo imaginar o quão doloroso foi para a família anterior dele ter que abandoná-lo depois de 14 anos porque não tinham condições de cuidar dele.”
Outra pessoa compartilhou sua própria experiência: “Adotamos uma dachshund que foi abandonada quando tinha 12 anos. Uma história longa e triste, mas ela viveu conosco até os 21 anos. Ela era uma ótima cachorra — tão fofa, inteligente e divertida.”
Outros seguidores refletiram sobre a realidade de muitas famílias: “A pobreza é implacável e deixa as pessoas sem dignidade ou humanidade. Mesmo assim, sua antiga família conseguiu agir com nobreza, entregando-o aos cuidados de protetores. Parabéns a eles e a você por lhe oferecerem saúde e paz.”
E, entre tantas mensagens emocionadas, um comentário resumiu bem o sentimento geral: “Obrigada por salvá-lo. Os bebês mais velhos são tão importantes quanto os mais novos!”
Assista:
Que Winnie viva muitos anos cercado de amor, cuidado e alegrias, aproveitando cada novo dia como a segunda chance preciosa que recebeu.
Cães idosos
Adotar um cão idoso é um gesto de amor. Embora muitos passem despercebidos nos abrigos, eles carregam consigo uma doçura única, marcada por anos de experiência, gratidão e um coração pronto para amar novamente.
Diferente dos filhotes, que exigem mais energia e treinamento, os cães idosos já conhecem a rotina da casa, são tranquilos, pacientes e se adaptam facilmente a novos lares.
Muitos deles chegam aos abrigos por motivos que fogem ao controle de suas famílias, como problemas financeiros, doenças ou falecimento do tutor.
Isso faz com que esses animais, mesmo após uma vida inteira de fidelidade, enfrentem a solidão e a incerteza. Mas basta um olhar, um toque ou um gesto de carinho para que eles mostrem o quanto ainda têm a oferecer.
Ao adotar um cão sênior, você se torna o capítulo mais bonito da história dele. Oferece conforto, dignidade e amor em uma fase da vida em que isso se torna essencial.
E, em troca, recebe uma companhia leal, tranquila e cheia de gratidão. Adotar um idosinho é mudar o final da vida dele — e o começo da sua também.
Redatora e apresentadora do Canal Amo Meu Pet.
Com formação em Design de Produtos e especialização em Design de Interiores pela Universidade de Passo Fundo, a Ana encontrou sua verdadeira paixão ao unir criatividade, comunicação e o amor pelos animais.
Apaixonada por contar histórias que tocam o coração, ela estudou Escrita Criativa com o escritor Samer Agi e participa do programa JournalismAI Discovery, organizado pela Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres e a Iniciativa de Notícias do Google, buscando se aprofundar no universo digital.
Hoje, dedica-se a produção de conteúdos que informam, emocionam, conscientizam e arrancam sorrisos.
